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sábado, outubro 14, 2023

Em nome de Deus! - O Papa Sorriso, morreu quando fazia apenas 33 dias que fora eleito.


*Uma investigação em torno do assassinato de João Paulo I. 

Tarde da noite de 28 de setembro ou cedo na manhã de 29 de setembro de 1978, o Papa João Paulo I, Albino Luciani, conhecido como o Papa Sorriso, morreu quando fazia apenas 33 dias que fora eleito.

A causa da morte - sem o laudo pericial de uma autópsia - foi anunciado pelo Vaticano à imprensa mundial como tendo sido um "infarto do miocárdio". 

David Yallop começou a investigar essa morte a pedido de pessoas residentes na Cidade do Vaticano, inconformadas com o silêncio que pesava sobre as verdadeiras circunstâncias a respeito da descoberta do corpo do Papa. 

Durante a contínua e intensa pesquisa que realizou nos três anos seguintes, Yallop iria descobrir - como Albino Luciani havia descoberto durante seu pontificado - a existência de uma cadeia de corrupção, ligando figuras de proa nos círculos financeiros, políticos, clericais e do crime numa conspiração de âmbito mundial.

Um feroz inimigo da corrupção, a despeito de seu modo humilde e cortês, Albino Luciani não chegou a viver para colocar em ordem a casa que agora chefiava.

O novo Papa havia iniciado uma revolução. Havia ordenado uma investigação no Banco do Vaticano, e especificamente nos métodos empregados pelo seu Presidente, o Bispo Paul Marcinkus.

Ele estava a ponto de efetuar uma radical mudança de postos no staff do Vaticano e havia discutido uma lista de remoções com o seu Secretário de Estado, o Cardeal Jean Villot (cujo nome constava da lista), na última noite da sua vida.

Essa lista tinha relação direta com outra em poder do Papa - uma lista de clérigos dentro do Vaticano que pertenciam à Maçonaria - fato que por si só justificava imediata excomunhão da Igreja Católica Romana.

Luciani sabia também de um informal e ilegal ramo da Maçonaria, chamado P2, que se estendendo muito além dos limites da Itália, na sua acumulação de riqueza e poder, havia certamente penetrado no Vaticano, envolvendo padres, bispos e até mesmo cardeais.

Causava, porém, alarme talvez ainda maior o fato de que Luciani estava planejando adotar uma posição liberal na controvertida questão do controle da natalidade. 

Em flagrante contraste com a impressão mais tarde dominante da inflexibilidade do Papa com respeito a esse tópico, Luciani havia de fato planejado receber no mês seguinte uma delegação do Congresso americano enviada pelo Departamento de Estado para discutir a questão do controle populacional.

Seis homens em particular tinham razões poderosas para quererem controlar as atividades do Papa João Paulo I. Além do Bispo Marcinkus e do Cardeal Villot, no Vaticano, o banqueiro siciliano Michele Sindona estava em Nova York resistindo às tentativas do Governo Italiano de conseguir sua extradição a rede de irregularidades no Banco do Vaticano, que a nova investigação do Papa iria inevitavelmente revelar, incluía a "lavagem" do dinheiro da Máfia, com isso levando o assunto de volta a Sindona, através de suas antigas ligações com Roberto Calvi.

Em Chicago, o chefe da mais rica arquidiocese do mundo, Cardeal Cody, estava a pique de ser removido pelo novo Papa. Sobre pelo menos três desses homens pairava a sombra de um outro, Licio Gelli - o "Titereiro", que controlava a loja maçônica P2 e através dela controlava a Itália.

As revelações de David Yallop mostram em detalhes as atividades financeiras criminosas que levaram ao suborno, chantagem e, indo além em mais de uma oportunidade, ao assassinato. 

Yallop está convencido de que o assassinato era o destino que aguardava o Papa João Paulo I, Albino Luciani, e apresenta neste livro as provas de sua convicção.

O primeiro livro de David Yallop, To Encourage the Others (Para Encorajar os Outros), levou o Governo Britânico a reabrir um caso de homicídio, cujo processo estava oficialmente encerrado na justiça havia 20 anos.

O livro provocou acalorados debates na TV inglesa, na Câmara dos Lordes e pronunciamento de diversos escritores, restando ao fim da polêmica a convicção pública de que houvera um grave erro judiciário.

Seu segundo livro, The Day the Laughter Stopped (O Dia em que o Riso Parou), foi aclamado nos dois lados do Atlântico como a biografia definitiva e a reabilitação póstuma do comediante do cinema mudo Roscoe (Fatty) Arbuckle, que ficou conhecido no Brasil com o apelido de Chico Bóia.

Essa obra esclareceu o mistério de um homicídio praticado havia 50 anos. Deliver Us From Evil (Livrai-nos do Mal) foi estimulado pelo desejo de Yallop de pôr um homem na cadeia, o tristemente célebre Estripador de Yorkshire, homicida que durante mais de cinco anos zombou dos esforços da polícia britânica para identificá-lo.

As conclusões do autor, certíssimas, resultaram na prisão do criminoso, após uma série horrenda de crimes em que as vítimas foram sempre mulheres. Pouco depois disso, David Yallop, nascido católico romano, foi solicitado a investigar a morte do Papa João Paulo I.

Feliz aquele que pegar em teus filhos e der com eles nas pedras.” – Salmos, 137:9

 *Prefacio do livro de David Yallop “Em Nome de Deus,” uma investigação sobre a verdadeira causa da morte de João Paulo I. É uma verdadeira máfia esse Vaticano.


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