A
verdade na ciência refere-se à compreensão mais precisa e precisa que os
cientistas têm sobre o mundo natural com base em evidências empiricamente
verificáveis.
A
ciência busca descobrir e descrever leis e princípios que governam o
funcionamento do universo, e essas descobertas são consideradas verdadeiras
dentro do contexto da teoria científica atual.
No
entanto, é importante notar que a ciência não busca a verdade absoluta ou
final, mas sim uma compreensão cada vez mais precisa e refinada do mundo natural.
As
teorias científicas estão sempre sujeitas a revisão e ajustes à medida que
novas evidências são coletadas e novas descobertas são feitas. Portanto, o que
é considerado verdade na ciência pode mudar ao longo do tempo à medida que
nosso conhecimento se expande e se aprofunda.
Em
resumo, a verdade na ciência é uma representação atualizada e confiável do
mundo natural com base em evidências e métodos científicos, mas está sempre
sujeita a revisão e ajustes à medida que nossa compreensão evolui.
Já no campo da filosofia o tema torna-se muito
mais amplo com múltiplas perspectivas e nuances de pensamentos tais quais
descritos como ''formas'' que a verdade se apresenta as seguintes:
Correspondência:
A
teoria da correspondência afirma que uma afirmação é verdadeira quando
corresponde ou se adequa aos fatos do mundo. Em outras palavras, a verdade é
uma relação entre uma proposição e o estado de coisas que ela descreve. Por
exemplo, a afirmação "o céu é azul" é verdadeira se o céu de fato for
azul.
Coerência:
A
teoria da coerência sugere que a verdade está relacionada à consistência
interna de um conjunto de afirmações ou crenças. Se as afirmações se encaixam
logicamente umas nas outras, então elas são consideradas verdadeiras. Essa
abordagem é frequentemente aplicada na filosofia da lógica e da epistemologia
Pragmatismo:
O
pragmatismo, associado a filósofos como William James e Charles Peirce,
argumenta que a verdade está vinculada à utilidade prática das crenças. Em
outras palavras, uma afirmação é verdadeira se funcionar bem na prática e levar
a resultados desejados. A ênfase aqui está no valor das crenças para a ação
humana.
Relativismo:
O
relativismo sustenta que a verdade é relativa e depende do contexto cultural,
social ou individual. De acordo com essa perspectiva, o que é considerado
verdadeiro pode variar de uma cultura para outra ou de uma pessoa para outra.
Princípio da Pragmática:
Filósofos
como Richard Rorty argumentam que não há uma verdade objetiva ou absoluta. Em
vez disso, a verdade é moldada pelas práticas linguísticas e sociais, e as
crenças verdadeiras são aquelas que são socialmente aceitas em uma determinada
comunidade.
É
importante se ater ao fato de que essas percepções da verdade tendem a destoar
muito mas em suma elas acabam sendo em última instancia derivações de uma mesma
raiz/origem, que é a afirmação de que algo é ou não factível e ''verdadeiro''
por mais redundante que isso possa soar.
Considerando
tudo isso, provavelmente de todas a ideia de valor epistêmico relacionadas a
verdade a mais polemica seja a da verdade absoluta, que seria em suma uma
verdade evidentemente inegável, muitos associam isso a ideia de um deus
absoluto como uma verdade, mas debater essa questão passa longe de ser algo de monopólio
religioso.
Como
ateu, reconheço a existência das verdades empíricas e temporais das ciências naturais,
mas não vejo de forma alguma como seria possível negar a existência de verdades
absolutas.
Por
exemplo, a afirmação "2 + 2 = 4" é universalmente verdadeira,
independentemente do contexto ou da perspectiva, ou o clássico argumento logico
de que seria contradição performativa a própria afirmação de não existirem
verdades absolutas, já que por si só a afirmar já se pressupõe que essa
afirmação fosse uma verdade, a priori.
O Tema
da verdade é muito interessante não é ''verdade''?
A/D
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