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domingo, outubro 08, 2023

Agnosticismo

Isaac Asimov, escritor e bioquímico nascido na Rússia

Agnosticismo é uma crença de que a capacidade humana é incapaz de saber se existem ou não divindades, pois elas são muito além da compreensão humana.

Para uma pessoa agnóstica, é impossível saber se existem ou não divindades, pois elas transcendem a realidade e a lógica, se conformando com a ignorância humana.

Em alguns sentidos, o agnosticismo é o meio entre o ateísmo e teísmo; nesse sentido, um agnóstico nem desacredita ou acredita em divindades e muito menos afirma que Deus(es) existe ou não existe.

Existem 3 tipos de agnósticos, os ateístas (Não creem na existência de divindades, mas não afirma que elas não existem), os teístas (Creem na existência de divindades, mas não afirmam que elas existem) e o agnóstico forte, sem ser pseud. como o agnóstico teísta ou ateísta.

Thomas Henry Huxley, um biólogo inglês, cunhou a palavra "agnóstico", em 1869. Pensadores e trabalhos escritos anteriores, no entanto, promoveram pontos de vista agnósticos.

Entre estes, podem-se apontar Protágoras, um filósofo grego do século V a.C. e o mito da criação Nasadiva Sukta no Rig Veda, um antigo texto sânscrito. 

Desde que Huxley cunhou o termo, muitos outros pensadores têm escrito extensivamente sobre o agnosticismo.

A origem da palavra "agnóstico" vem do grego a-gnostos, que significa "não-conhecimento" ou "aquele que não conhece". A palavra é formada com o prefixo de privação (ou de negação) a- anteposto a gnostos (conhecimento). 

Gnostos provinha da raiz pré-histórica gno-, que se aplicava à ideia de saber e que está presente em numerosos vocábulos da língua portuguesa, tais como cognição, ignorância, ignoto, entre outros.

Uso

Muitas pessoas usam, erroneamente, a palavra agnosticismo com o sentido de um meio-termo entre teísmo e ateísmo, ou ainda, que se trata de uma pessoa sem posicionamento sobre crenças.

Teísmo e ateísmo separam aqueles que acreditam em divindades daqueles que não acreditam em divindades.

O agnosticismo separa aqueles que acreditam que a razão humana não pode compreender a existência de divindades ou o mundo sobrenatural ou espiritual.

Alguém que admita ser impossível de compreender ou saber sobre a existência ou inexistência de divindades é, portanto, agnóstico. Ela pode ser ateísta ou teísta ou só agnóstico forte.

Pirro de Èlis (c. 360 a.C. - 270 a.C.) filósofo grego nascido em Élida, fundador da escola filosófica, o ceticismo, uma doutrina prática, também conhecida como pirronismo, que se caracterizava por negar ao conhecimento humano a capacidade de encontrar certezas.

Filósofo de teorias complicadas, acompanhou Alexandre, o Grande (356-323 a.C.), na conquista do Oriente, ocasião em que entrou em contato com os faquires da Índia.

Estudou filosofia com o atomista Anaxarco de Abdera, durante e após esta expedição (334-325 a.C.) e iniciou-se no magistério (324 a.C.), na cidade de Élida.

Ao estudar sobre os discursos filosóficos de sua época, concluiu que todas as doutrinas eram capazes de encontrar argumentos igualmente convincentes para a razão.

Desdobrou sua filosofia em três questões: qual a natureza das coisas, como devemos portar-nos ante elas e o que obtemos com esse comportamento.

Para ele toda intenção de ir além das aparências está condenada ao fracasso pelas deficiências dos sentidos e pela fraqueza da razão. Seu principal seguidor foi o escritor satírico Timón de Fliunte (320-230 a.C.). Seus ensinamentos exerceram influência sobre a Média e a Nova Academia.

Dentro do século XVII voltaram à atualidade em razão da reedição dos livros de Sexto Empírico (150-220), que codificara as obras doutrinárias da escola cética no século III da era cristã.

Nas palavras de Huxley, sobre a reunião da Sociedade Metafísica, "eles estavam seguros de ter alcançado uma certa gnose - tinham resolvido de forma mais ou menos bem-sucedida o problema da existência, enquanto eu estava bem certo de que não tinham, e estava bastante convicto de que o problema era insolúvel."

Desde essa época o termo "agnóstico" também tem sido usado para descrever aquele que não acredita que essa questão seja intrinsecamente incognoscível, mas por outro lado crê que as evidências pró e contra Deus ainda não são conclusivas, ficando pragmático sobre o assunto.

Se existem ou existiram deuses é considerada uma questão que não pode ser finalmente respondida, ou que no mínimo não foi suficientemente investigada antes que possa considerar satisfatoriamente respondida, pois muitas coisas tidas como relacionadas podem ser frequentemente independentes.

Mesmo com a comprovação e aceitação científica da ancestralidade comum universal e do mecanismo de seleção natural, não é possível afirmar que deuses não existam; isso apenas impede a interpretação fundamentalista de diversos relatos de criação. 

Ao mesmo tempo, uma hipotética refutação científica da ancestralidade comum universal, Big-bang e outros eventos da história do universo, ou mesmo uma eventual comprovação de algo como a vida após a morte, também não seriam provas da existência de algum deus em particular ou de deuses de modo geral.

O agnóstico opõe-se à possibilidade de a razão humana conhecer entidades nas linhas gerais dos conceitos de "deus" e outros seres e fenômenos sobrenaturais (gnose tem a sua origem etimológica na palavra grega que significa «conhecimento»). 

Para os agnósticos, assim como não é possível provar racionalmente a existência de deuses e do sobrenatural, é igualmente impossível provar a sua inexistência. Isso não é necessariamente visto como problema, já que nenhuma necessidade prática os impele a embrenhar em tal tarefa estéril.


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