Os Jardins do Vaticano - A fronteira entre Itália e
Vaticano é a linha que limita os territórios da Itália e do Vaticano,
em Roma.
É a segunda mais curta fronteira
internacional terrestre do mundo no total entre dois estados, apenas suplantada
pela fronteira de Gibraltar.
O território do Vaticano é definido no
anexo I do tratado de Latrão de 1929. Fica na colina do Vaticano, no noroeste
de Roma, enclave no rione (bairro) do Borgo (burgo
medieval), do qual fazia parte até 1929.
Conforme o artigo 5 do tratado
estipula: “A Santa Sé procurará fechar o acesso, colocando vedações nas
partes abertas (da fronteira), salvo na Praça de São Pedro.”, O traçado é o
dos muros primitivos que fecham a cidade do Vaticano e que datam
parcialmente do pontificado do Papa Leão IV (847-855).
A leste, a fronteira passa na fachada
exterior das colunatas de Bernini englobando a Praça de São Pedro, onde a
segurança em caso de incidente é responsabilidade da polícia italiana.
A Basílica de São Pedro é
livremente acessível pela praça. A fronteira tem cinco pontos de acesso:
1) a porta de bronze, na entrada
do palácio pontifício;
2) o Arco dos Sinos, frente à
basílica;
3) a entrada da sala de
audiências, perto do Palácio do Santo Ofício;
4) a Porta de Santa Ana, na via
di Porta Angelica;
5) a entrada dos Museus do
Vaticano, na viale Vaticano, mais a norte.
Os Jardins da Cidade do Vaticano
Os Jardins da Cidade do
Vaticano conhecidos informalmente como Jardins do Vaticano (Giardini
Vaticani) na Cidade do Vaticano.
São jardins urbanos privados e
parques que cobrem mais da metade do país, localizados no oeste do território e
propriedade do Papa.
Nele estão localizados alguns
edifícios como o da Rádio Vaticano e o Palácio do Governo.
Os jardins cobrem aproximadamente
23 hectares, maior parte da Colina do Vaticano. O ponto mais alto está a 60
metros acima do nível do mar.
Muros de pedra limitam o jardim a
norte, sul e oeste. Os jardins e parques foram estabelecidos durante a era da
Renascença e Barroca e são decorados com fontes e esculturas.
Geralmente não está aberto para o
público, mas visitas guiadas estão disponíveis para um número limitado de
pessoas.
Os jardins também guardam 16 imagens marianas veneradas mundialmente, que foram designadas pelo Papa, que é dono dos jardins.
História
A tradição diz que o jardim foi
fundado no local onde Imperatriz Santa Helena ordenou que fosse espalhado
o solo sagrado trazido do Monte Calvário, para simbolicamente unir o sangue de
Jesus Cristo com o dos mártires cristãos mortos aqui pela perseguição do
Imperador Nero.
Os jardins remontam do período
medieval, quando os pomares e vinhas se estendiam ao norte do Palácio
Apostólico Papal.
Em 1279, o Papa Nicolau III
(Giovanni Gaetano Orsini, 1277 — 1280) mudou a residência papal do Palácio de
Latrão de volta para o Vaticano e fechou a área com muros. Ele
plantou um pomar (pomerium), um gramado (pratellum) e
um jardim (viridarium).
O lugar recebeu um re-paisagismo
no começo do século XVI, durante o pontificado do Papa Júlio II. O design
original de Donato Bramante foi dividido em três novos pátios, o
"Cortili di Belvedere", o "della Biblioteca" e
o "della Pigna", com o estilo de paisagismo da
Renascença.
Também no estilo renascentista,
construiu um grande labirinto retangular de desenho formal, formado por buxus e
cercado por pinheiro-manso, e cedro-do-líbano. No local do claustro de
Nicolau III, Bramante construiu um grande muro retilíneo.
Atualmente, os jardins estão
espalhados por 23 hectares (230 mil metros quadrados), eles contêm uma
variedade de fortificações medievais, construções e monumentos desde o século
IX até os dias de hoje, entre canteiros floridos de cores vibrantes, gramados
verdes e uma floresta remanescente de 3 hectares.
Há também uma variedade de fontes
que refrescam os jardins, uma gruta dedicada à Nossa Senhora de Lourdes, e uma
oliveira doada pelo governo de Israel.
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