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quinta-feira, junho 29, 2023

Luar



Luar - Fez tanto luar que eu pensei em teus olhos antigos e nas tuas antigas palavras. O vento trouxe de longe tantos lugares em que estivemos que tornei a viver contigo enquanto o vento passava.

(Cecília Meireles)

A Lua é o único satélite natural da Terra e o quinto maior do Sistema Solar. É o maior satélite natural de um planeta no sistema solar em relação ao tamanho do seu corpo primário tendo 27% do diâmetro e 60% da densidade da Terra, o que representa 181 da sua massa.

Entre os satélites cuja densidade é conhecida, a Lua é o segundo mais denso, atrás de Io. Estima-se que a formação da Lua tenha ocorrido há cerca de 4,51 mil milhões de anos, relativamente pouco tempo após a formação da Terra.

Embora no passado tenham sido propostas várias hipóteses para a sua origem, a explicação mais consensual atualmente é a de que a Lua tenha sido formada a partir dos detritos de um impacto de proporções gigantescas entre a Terra e um outro corpo do tamanho de Marte.

A Lua encontra-se em rotação sincronizada com a Terra, mostrando sempre a mesma face visível, marcada por mares vulcânicos escuros entre montanhas cristalinas e proeminentes crateras de impacto.

É o mais brilhante objeto no céu a seguir ao Sol, embora a sua superfície seja na realidade escura, com uma refletância pouco acima da do asfalto. A sua proeminência no céu e o seu ciclo regular de fases tornaram a Lua, desde a antiguidade, uma importante referência cultural na língua, em calendários, na arte e na mitologia.

A influência da gravidade da Lua está na origem das marés oceânicas e ao aumento do dia sideral da Terra.

A sua atual distância orbital, cerca de trinta vezes o diâmetro da Terra, faz com que no céu o satélite pareça ter o mesmo tamanho do Sol, permitindo-lhe cobri-lo por completo durante um eclipse solar total.

A Lua é o único corpo celeste para além da Terra no qual os seres humanos já pisaram. O Programa Lunar, da União Soviética, foi o primeiro a atingir a Lua com sondas não tripuladas em 1959.

O programa Apollo, do governo dos estados Unidos, permitiu a realização das únicas missões tripuladas até hoje ao satélite, desde a primeira viagem tripulada em 1968 pela Apollo 8, até seis alunagens tripuladas entre 1969 e 1972, a primeira das quais a Apollo 11.

Estas missões recolheram mais de 380 quilogramas de rochas lunares que têm sido usadas no estudo sobre a origem, história geológica e estrutura interna da Lua.

Após a missão Apollo 17, em 1972, a Lua foi visitada apenas por naves espaciais não tripuladas, como pela última sonda do programa soviético Lunokhod. Desde 2004, Japão, China, índia, Estados Unidos e a Agência Espacial Europeia enviaram sondas espaciais ao satélite natural.

Estas naves espaciais têm contribuído para confirmar a descoberta de água gelada em crateras lunares permanentemente escuras nos polos e vinculada ao regolito lunar. Missões tripuladas futuras para a Lua, foram planejadas, através de esforços de governos e do financiamento privado.

A Lua permanece, conforme acordado no Tratado do espaço Exterior, livre para todas as nações que queiram explorar o satélite para fins pacíficos.

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