Prefiro
viver menos, mas plenamente, dedicando-me ao que amo e me faz feliz, do que
prolongar uma existência moldada pelas expectativas alheias ou pelos desejos
dos outros.
Para
mim, a quantidade de anos não se sobrepõe à qualidade de vida. E qualidade,
neste caso, significa abraçar o que me é aprazível, sem me privar das
experiências que dão sentido à minha jornada.
Essa
escolha reflete uma filosofia de vida que valoriza a autenticidade, a liberdade
e a busca por um propósito que ressoe com minha essência.
Minha
filosofia de vida é inspirada pela ideia de que somos os únicos responsáveis
por construir um caminho que nos realize. Como já dizia o filósofo
existencialista Jean-Paul Sartre, “o homem está condenado a ser livre”, o que
implica que nossas escolhas definem quem somos.
Escolher
viver de acordo com o que me apaixona, mesmo que isso signifique enfrentar
incertezas ou desaprovação, é um ato de liberdade. É rejeitar a ideia de que a
vida deve seguir um roteiro pré-definido - carreira estável, conquistas
materiais, aprovação social - e, em vez disso, buscar o que me faz sentir vivo.
Para
alguns, isso pode ser pintar, escrever, viajar ou ensinar; para mim, é a soma
de momentos em que me sinto alinhado com meus valores mais profundos.
Essa
visão também se conecta ao estoicismo, que ensina que a verdadeira felicidade
está no que podemos controlar: nossas atitudes, escolhas e intenções.
Não
controlo o tempo que terei, mas posso decidir como viverei cada dia.
Recentemente, conheci a história de uma amiga que, aos 40 anos, deixou um
emprego corporativo para abrir uma pequena livraria.
Ela
enfrentou críticas e dificuldades financeiras, mas encontrou propósito em
compartilhar histórias e criar um espaço de conexão para sua comunidade.
Essa
coragem de priorizar o significado acima da segurança ilustra o que acredito:
uma vida bem vivida é aquela em que o coração e a mente estão em harmonia.
Os
acontecimentos do mundo atual reforçam essa filosofia. Crises globais, mudanças
rápidas e a fragilidade da vida nos lembram que o tempo é finito e que
postergar nossos sonhos é um risco que não vale a pena correr.
Inspirado
por pensadores como Epicuro, que defendia a busca pelo prazer simples e pela
ausência de sofrimento, decidi priorizar o que me traz alegria genuína: seja
uma caminhada ao amanhecer, aprender algo novo ou passar tempo com quem amo.
Esses momentos, por mais simples que sejam, são os alicerces de uma vida plena.
Viver
com qualidade, para mim, é também um exercício de autoconhecimento. É entender
o que realmente importa e ter a coragem de dizer “não” ao que não ressoa com
minha essência, enquanto digo “sim” às oportunidades que me desafiam a crescer.
Como
Sócrates nos ensinou, “uma vida não examinada não vale a pena ser vivida”.
Refletir sobre meus desejos, medos e valores me permite traçar um caminho que
seja autenticamente meu, mesmo que isso signifique divergir das expectativas
alheias.
Essa
filosofia não é sobre rejeitar responsabilidades ou buscar prazeres imediatos,
mas sobre encontrar equilíbrio entre o que sou e o que quero ser.
É um
compromisso diário de viver com integridade, de fazer escolhas que honrem minha
singularidade e de construir uma existência que, mesmo que mais breve, seja
profundamente significativa.
Afinal,
a verdadeira realização está em sermos fiéis a nós mesmos, deixando um legado
não de conquistas materiais, mas de uma vida vivida com coragem, propósito e
amor.
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