Propaganda

This is default featured slide 1 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.This theme is Bloggerized by Lasantha Bandara - Premiumbloggertemplates.com.

This is default featured slide 2 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.This theme is Bloggerized by Lasantha Bandara - Premiumbloggertemplates.com.

This is default featured slide 3 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.This theme is Bloggerized by Lasantha Bandara - Premiumbloggertemplates.com.

This is default featured slide 4 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.This theme is Bloggerized by Lasantha Bandara - Premiumbloggertemplates.com.

This is default featured slide 5 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.This theme is Bloggerized by Lasantha Bandara - Premiumbloggertemplates.com.

terça-feira, outubro 18, 2022

Tipos de hipotermia

Tipos de hipotermia - A hipotermia pode ser classificada em três tipos: a aguda, subaguda e crônica.

A aguda é a mais perigosa, onde há uma brusca queda da temperatura corporal (em segundos ou minutos), por exemplo, quando a pessoa cai em um lago com gelos.

A subaguda já acontece em escala de horas, comumente por permanecer em ambientes frios por longos períodos de tempo.

A crônica é comumente causada por uma enfermidade.

Os sintomas dos três tipos de Hipotermia;

Leve (35 a 33 °C); sensação de frio, tremores, letargia motora, espasmos musculares. A pele fica fria, as extremidades do corpo apresentam tonalidade cinzenta ou levemente arroxeada (cianótica). A pessoa tem confusão mental.

Moderada (33 a 30 °C); os tremores começam a desaparecer, a pessoa tende a ficar muito sonolenta, prostrada, quase inconsciente, rigidez muscular, alterações na memória e na fala, entre outros.

Grave (menos de 30 °C); a pessoa fica imóvel e inconsciente, as pupilas se dilatam e a frequência cardíaca diminui, se tornando quase imperceptível. Se o paciente não for devidamente tratado, a morte é inevitável.

Etapas

Primeira etapa

A temperatura corporal cai de 1 a 2 graus Celsius abaixo da temperatura normal. A pessoa tem arrepios, a respiração se torna rápida, as mãos ficam adormecidas com dificuldade de utilizá-las para efetuar tarefas.

Segunda etapa

A temperatura corporal cai de 2 a 4 graus Celsius abaixo da temperatura normal. Os arrepios são mais intensos, os movimentos são lentos. As extremidades ficam azuladas, há um pouco de confusão. Apesar disto a vítima está consciente.

Terceira etapa

Em geral os arrepios cessam, surgem sinais de amnésia, impossibilidade de usar as mãos, diminuição do pulso e respiração. Diminuição da atividade celular. Falha dos órgãos vitais. Morte clínica.


 

Thales Pan Chacon - Antes de ser Ator estudou Arquitetura

Thales Pan Chacon - Antes de ser Ator estudou Arquitetura - Thales Pan Chacon nasceu em São Paulo no dia 23 de novembro de 1956. Foi um ator, bailarino e coreografo brasileiro.

Estudou na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, mas não terminou o curso, que abandonou em 1978. Nesta época, já se dedicava ao teatro.

Foi para a Bélgica, onde foi aluno de Maurice Béjart. Na volta, participou da montagem de Chorus Line, dirigido por Walter Clark. No teatro, trabalhou ainda no musical Gardel, uma Lembrança (1987) e protagonizou Theatro Musical Brazileiro (1995).

Ainda no palco, atuou em Trilogia da LoucaO DráculaDescalços no ParqueGilda - Um Projeto de VidaNo Coração do Brasil e Fedra, na qual foi responsável também pela coreografia da peça.

Conheceu o reconhecimento profissional do grande público ao atuar ao lado de Fernanda Torres em Eu sei que vou te amar, filme pelo qual Fernanda ganhou o prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes Festival de Cannes. A popularidade o levou às telenovelas, principalmente às da Rede Globo.

Em 1993, foi internado com quadro grave de pneumonia, mas se restabeleceu e voltou a trabalhar após algum tempo. Seu último trabalho foi no filme La Serva Padrona, da diretora, amiga e ex-esposa Carla Camurati, que também o tinha dirigido em Carlota Joaquina - Princesa do Brazil e no curta A Mulher Fatal Encontra O Homem Ideal.

Faleceu em sua casa, no bairro do Higienópolis, no dia 2 de outubro de 1997, pouco antes de completar 41 anos, vítima do vírus da AIDS, doença que havia contraído dez anos antes, quando estava ensaiando a ópera La Serva Padrona.



segunda-feira, outubro 17, 2022

Big Rip - Grande Ruptura

Big Rip - Grande RupturaBig Rip, em português Grande Ruptura, é uma hipótese, apresentada inicialmente em 2003, que diz que se a expansão do universo atingir uma velocidade acima do nível crítico, causará o deslocamento de todos os tipos de matéria, e então as galáxias se isolariam, e depois de alguns bilhões de anos os próprios átomos se desintegrariam.

A chave desta hipótese é a quantidade de energia escura no Universo. Se o Universo contém suficiente energia escura, poderia terminar tendendo a uma desagregação de toda a matéria.

O valor chave é w, a razão (quociente) entre a pressão da energia escura e sua densidade energética, variável fundamental nas equações de estado do universo e seu comportamento no futuro. Para w ←1, o Universo acabaria por se desagregar. Primeiro, as galáxias se separariam entre si, logo a gravidade seria demasiadamente fraca para manter integrada cada galáxia.

Aproximadamente três meses antes do "fim", os sistemas solares perderiam sua coesão gravitacional. Nos últimos minutos, se dissipariam estrelas e planetas, os átomos e mesmo os bárions (formados pelos quarks) não compensariam com suas interações internas a expansão do universo e seriam destruídos uma fração de segundo antes do "fim do tempo".

Diferentemente do Big Crunch, na qual tudo se condensa em um só ponto, no Big Rip o Universo se converterá em partículas subatômicas mínimas dispersas que permaneceriam para sempre separadas, sem coesão gravitacional nem energia alguma. Por essa razão, diz-se que ocorreria a morte do tempo, já que nada aconteceria e o tempo pareceria sempre estagnado.

Os autores desta hipótese, entre eles Robert Caldwell do Dartmouth Colega, calculam que o fim do Universo, tal como conhecemos, ocorreria em aproximadamente 3,5 × 1010 anos (35 bilhões de anos) depois do Big Bang. Como o universo atual possui cerca de 14 bilhões de anos, restam aproximadamente 2,1 × 1010 anos (21 bilhões de anos). 



 

Ernest Hemingway

Ernest Miller Hemingway nasceu em Oak Park, cidade localizada no estado americano de IIIinois no dia 21 de julho de 1899. Foi um escritor norte-americano. Trabalhou como correspondente de guerra em Madri durante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939).

Esta experiência inspirou uma de suas maiores obras, Por Quem os Sinos Dobram. Ao fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), se instalou em Cuba. Em 1953, ganhou o Prêmio Pulitzer de Ficção, e em 1954, ganhou o prêmio Nobel de Literatura. Suicidou-se em Ketchum, em Idaho, em 1961.

Ainda muito jovem, quando a Grande Guerra (1914-1918) assombrava o mundo, decidiu ir à Europa pela primeira vez. Hemingway havia terminado o segundo grau em Oak Park e trabalhado como jornalista no jornal The Kansas City Star.

Tentou alistar-se no exército, mas foi preterido por ter um problema na visão. Decidido a ir à guerra, conseguiu uma vaga de motorista de ambulância na Cruz Vermelha. Na Itália, apaixonou-se pela enfermeira Agnes Von Kurowsky, que viria a ser sua inspiração para a criação da heroína de Adeus às Armas (1929) – a inglesa Catherine Barkley.

Atingido por uma bomba, retornou para Oak Park, que, no entanto, depois do que havia visto na Itália, tornara-se monótona demais para ele.

Voltou então à Europa (Paris) em 1921, recém-casado com Elizabeth Hadley Richardson, seu primeiro casamento, com quem teve um filho. Na ocasião, trabalhava para a revista canadense Toronto Star Weekly e, em início de carreira, se aproximou de outros principiantes Ezra Pound: (1885 – 1972), Scott Fitzgerald (1896 – 1940) e Gertrud Stein (1874 – 1946). Hemingway era parte da comunidade de escritores expatriados em paris conhecida como “geração perdida”, nome inventado e popularizado por Gertrude Stein.

A vida e a obra de Hemingway têm intensa relação com a Espanha, país onde viveu por quatro anos. Uma breve, mas marcante passagem para o escritor americano, que estabeleceu uma relação emotiva e ideológica com os espanhóis.

Em Pamplona, em meados do século XX, fascinou-se pela touromaquia, chegando a tourear como amador, experiência que abordaria no seu livro O Sol Também Se Levanta (1926).

O seu segundo casamento (1927) foi com a jornalista de moda Pauline Pfeiffer, com quem viria a ter dois filhos. Em 1928, o casal decidiu morar em Key West, na Flórida. Em Key West, no entanto, o escritor sentiu falta da vida de jornalista e correspondente internacional. Ao mesmo tempo, o casamento com Pauline se tornou instável. Nessa época, conheceu Joe Russell, dono do Sloppy Joe's Bar e companheiro de farra.

Já na década de 1930, resolveu partir com o amigo para uma pescaria. Dois dias em alto-mar que terminaram em Havana, capital cubana, para onde passou a voltar anualmente na época da pesca ao marlim (entre os meses de maio e julho).

Na cidade, hospedava-se no Hotel Ambos Mundos, em plena Habana Vieja, bairro mais antigo da cidade, que se tornou o lar do escritor e o cenário que comporia sua história e a da própria ilha pelos próximos 23 anos. Duas décadas de turbulências que teriam, como desfechos, a revolução socialista e o suicídio do escritor.

Em Cuba, o escritor se apaixonou por Jane Mason, que era casada com o diretor de operações da Pan American Airways. Hemingway e Jane se tornaram amantes. Em 1936, novamente se apaixonou: desta feita pela destemida jornalista Martha Gellhom, motivo do segundo divórcio, confirmando o que predissera seu amigo, Scott Fitzgerald, quando eles se conheceram em Paris: "Você vai precisar de uma mulher a cada livro".

Assim, Hemingway partiu para a Espanha, onde Martha já estava, e, em meio à guerra, os dois viveram um romance que resultou no seu terceiro casamento. Ao cobrir a Guerra Civil Espanhola como jornalista do North American Newspaper Alliance, não hesitou em se aliar às forças republicanas contra o fascismo, o que viria a ser o tema do livro Por Quem os Sinos Dobram (1940), considerada sua obra-prima. 

Quando a república espanhola caiu e a Europa vivia o prenúncio de um conflito generalizado, Hemingway retornou para Cuba com Martha.

Em Cuba, durante a Segunda Guerra Mundial, Hemingway montou uma rede de informantes com a finalidade de fornecer, ao governo dos Estados Unidos, informações sobre os espanhóis simpatizantes do fascismo na ilha.

Também passou a patrulhar o litoral a bordo de seu iate Pilar na busca de possíveis submarinos alemães. Porém a Agência Federal de Investigação estadunidense via com desconfiança a colaboração de Hemingway, por considerá-lo um simpatizante do comunismo.

Em 1946, o escritor casou-se pela quarta e última vez: desta vez com Mary Welsh, também jornalista, mas tímida e disposta a viver ao lado de um Hemingway cada vez mais instável emocionalmente. 

Levando uma vida turbulenta, Hemingway casou-se quatro vezes, além de ter tido vários relacionamentos românticos. Em 1952, publicou “O Velho e o Mar”, com o qual ganhou o Prêmio Pulitzer de Ficção (1953). 

Foi laureado com o Nobel de Literatura de 1954 devido ao seu "domínio da arte da narrativa, mais recentemente demonstrado em O Velho e o Mar, e pela influência que exerceu no estilo contemporâneo.

Ao longo da vida do escritor, o tema suicídio aparece em escritos, cartas e conversas com muita frequência. Seu pai suicidou-se em 1929 por problemas de saúde e financeiros. Sua mãe, Grace, dona de casa e professora de canto e ópera, o atormentava com a sua personalidade dominadora.

Ela enviou-lhe, pelo correio, a pistola com a qual o seu pai havia se matado. O escritor, atônito, não sabia se ela queria que ele repetisse o ato do pai ou que guardasse a arma como lembrança. 

Aos 61 anos e enfrentando problemas de hipertensão, diabetes, depressão e perda de memória, Hemingway decidiu-se pela primeira alternativa: era, também, portador de hemocromatose, a qual está relacionada à depressão, hipertensão e diabetes.

Todas as personagens deste escritor se defrontaram com o problema da "evidência trágica" do fim. Hemingway não pôde aceitá-la. A vida inteira jogou com a morte, até que, na manhã de 2 de julho de 1961, em Ketchum, em Idaho, tomou um fuzil de caça e disparou contra si mesmo. Encontra-se sepultado no Cemitério de Ketchum, em Ketchum, no Condado de Blaine, em Idaho, nos Estados Unidos.

 


Embriaga-te

Devemos andar sempre bêbedos. Tudo se resume nisto: é a única solução. Para não sentires o tremendo fardo do Tempo que te despedaça os ombros e te verga para a terra, deves embriagar-te sem cessar.

Mas com quê? Com vinho, com poesia ou com a virtude, a teu gosto. Mas embriaga-te.

E se alguma vez, nos degraus de um palácio, sobre as verdes ervas duma vala, na solidão morna do teu quarto, tu acordares com a embriaguez já atenuada ou desaparecida, pergunta ao vento, à onda, à estrela, à ave, ao relógio, a tudo o que se passou, a tudo o que gemeu, a tudo o que gira, a tudo o que canta, a tudo o que fala, pergunta-lhes que horas são: "

São horas de te embriagares! Para não seres como os escravos martirizados do Tempo, embriaga-te, embriaga-te sem cessar! Com vinho, com poesia, ou com a virtude, a teu gosto.

 
Charles Baudelaire



domingo, outubro 16, 2022

A vida dupla de Joana de Leeds - A Papisa


 

A vida dupla de Joana de Leeds - A Papisa - Joana de Leeds nascida na Grã-Bretanha no século XIV, foi uma freira inglesa que, em algum ponto de 1318, fingiu sua própria morte e fugiu do convento de St. Clement, em York. Teria ido para Beverley, onde passou a viver com um homem.

Para poder fugir sem levantar suspeitas, Joana fingiu ter uma doença fatal e criou uma boneca de si mesma, que suas colegas sepultaram em solo sagrado.

Quando o arcebispo de York, William Melton, soube do esquema da freira, escreveu às autoridades religiosas de Beverley, explicando a armação de Joana, exigindo que ela fosse devolvida imediatamente ao convento de St. Clement. Não há registros de seu retorno ou de ações posteriores do arcebispo.

Sobre Joana

Pouco ou quase nada se sabe sobre Joana. Sabe-se que ela era freira residente no convento de St. Clement de York, uma ordem beneditina, nos primeiros anos do século XIV. O que se sabe sobre sua vida é uma anotação feita pelo Arcebispo de York, William Melton, nos registros de seu arcebispado.

Em 1318, cansada de sua vida enclausurada e isolada, Joana disse estar com uma doença mortal e fingiu sua própria morte, criando uma boneca com sua aparência, que depois tomou o lugar de seu cadáver. 

Várias de suas colegas de convento a ajudaram na empreitada, ainda que não se saiba se fizeram voluntariamente ou se também foram enganadas por ela.

Acreditando, ou fingindo acreditar, na morte da freira, suas colegas a sepultaram em solo consagrado, segundo o arcebispo Melton. 

Não se sabe com certeza os motivos para a fuga de Joana, mas o arcebispo escreveu que se devia aos "prazeres da carne" e que por isso ela era incapaz de manter a castidade e o celibato, sendo imprópria para a ordem monástica e suas exigências de voto de pobreza.

“Cansada da vida dentro das paredes de seu convento, uma freira fez o que alguém desiludido com seu trabalho faria: ela fingiu sua morte, fez uma efígie realista ser enterrada em seu lugar e fugiu para viver uma vida de luxúria carnal.”

Joana acabou sendo descoberta em Beverley, vivendo "indecentemente" com um homem, segundo o arcebispo. Melton então orientou seu retorno ao convento. Ela foi considerada uma apóstata por fugir voluntariamente de suas obrigações. Em sua carta para o decano de Beverley, ele disse:

Com uma mente maliciosa simulando uma doença corporal, ela fingiu estar morta, sem temer pela saúde de sua alma, e com a ajuda de inúmeros cúmplices, malfeitores e malícia, criou um boneco à semelhança de seu corpo... [ela] não teve vergonha em ter seu enterro em um espaço sagrado... Ela perverteu seu caminho de vida de maneira arrogante para o caminho da luxúria carnal e para longe da pobreza e da obediência. Tendo quebrado seus votos e descartado o hábito religioso, ela agora vagueia livremente pelo notório perigo para sua alma e pelo escândalo de toda a sua ordem.”

Não se sabe se Joana voltou ou não para St. Clement. É possível que o arcebispo tenha considerado que ele cumpriu seu dever ao exigir que Joana voltasse sem realmente tomar medidas para garantir que isso acontecesse.

Joana não foi a primeira freira a fugir de St. Clement. Em 1301, outra freira, conhecida apenas por Cecília, conheceu um grupo de homens nos portões do priorado. Ela teria arrancado seu hábito, colocado uma roupa comum e fugiu para Darlington, onde viveu com um homem chamado Gregory de Thornton por cerca de três anos.

Outro escândalo assolou o convento em 1310. Joana de Saxton foi punida pelo arcebispo William Greenfield por algum delito desconhecido, mas que envolveria imoralidade.

A punição da freira foi diminuída quando ele escreveu à abadessa, Agnes de Mathelay, estabelecendo algumas condições para a futura conduta de Saxton. 

Entre as restrições, ela não podia deixar o claustro sem a companhia de outras freiras. Não podia receber visitas e nem poderia ter contato com a Lady de Walleys.

Caso Walleys visitasse o priorado, Sexton deveria estar ausente. 

She Wolf (Loba)

“She Wolf” (Loba). A expressão foi utilizada no teatro inglês para classificar rainhas de origem francesa que se envolveram em um mundo dominado por nobres e reis: o da política. Ao longo das gerações, a memória coletiva cristalizou o imaginário de mulheres liderando exércitos e conselhos de ministros como algo não natural. 

Para que essa ideia pudesse parecer mais aceitável nos anais da História, suas figuras foram masculinizadas e destituídas de qualquer traço de feminilidade que pudesse denotar fraqueza. Do contrário, eram retratadas como abominações, cujas más intenções supostamente contribuíram para deflagrar guerra civil. 

Contudo, pesquisas recentes na área dos estudos de gênero e sexualidade contribuíram para desconstruir tal interpretação, apresentando personalidades como Matilda da Inglaterra, Eleanor de Aquitânia, Isabella da França ou Maria I da Inglaterra como construtoras do caminho que possibilitou a ascensão de outras rainhas à política britânica.

Pejorativamente chamadas de “female kings” – ou reis-fêmeas, termo equivalente a rainha reinante – essas soberanas passaram por difíceis provações até estabelecer um modelo de governo no qual o feminino não era visto como franqueza, e sim como parte de sua forma de conduzir os negócios públicos. 

Helen Castor, autora do livro “She Wolves” e do documentário de mesmo nome, aponta a imperatriz Matilda, filha do rei Henrique I, como a primeira “loba” da Inglaterra. O conceito popularizado por Shakespeare foi utilizado pela escritora para classificar princesas que não se limitaram ao papel social esperado de uma consorte da realeza. 

O caminho pavimentado por Matilda, Eleanor de Aquitânia, Isabella de França e Margarida de Anjou possibilitou que soberanas como Maria I e Elizabeth I da Inglaterra assumissem sucessivamente o trono, na qualidade de rainhas reinantes e governassem durante um momento em que a política era considerada um privilégio masculino e as mulheres eram relegadas aos papeis de reprodutoras e donas do lar.

Texto de Renato Drummond Tapioca Neto

Imagem: pintura de John William Waterhouse


Canal do Panamá

O canal do Panamá é um canal artificial de navios com 77,1 quilômetros de extensão, localizado no Panamá e que liga o oceano Atlântico (através do mar do Caribe) ao oceano Pacífico. O canal atravessa o istmo do Panamá e é uma travessia chave para o comércio marítimo internacional.

Há bloqueios e eclusas em cada extremidade da travessia para levantar os navios até o lago Gatún, um lago artificial criado para reduzir a quantidade de trabalho necessário para a escavação do canal e que está localizado 26 metros acima do nível do mar.

Os bloqueios iniciais tinham 33,5 metros de largura. Uma terceira faixa de eclusas, mais larga, foi construída e entre 2007 e 2016.

A França começou a construir o canal em 1880, mas teve que parar devido a problemas de engenharia e pela alta taxa de mortalidade de trabalhadores por doenças tropicais.

Os estados Unidos assumiram o projeto em 1904 e levaram uma década para concluir o canal, que foi inaugurado oficialmente em 15 de agosto de 1914. Um dos maiores e mais difíceis projetos de engenharia já realizados, o Canal do Panamá reduziu muito o tempo de viagem para se cruzar os oceanos Atlântico e Pacífico de navio, o que permitiu evitar a longa e perigosa rota do cabo Horn, no extremo sul da América do Sul, através da passagem de Drake ou do estreito de Magalhães.

A passagem mais curta, mais rápida e mais segura para a Costa Oeste dos Estados Unidos e para os países banhados pelo Pacífico, permitiu que essas regiões se tornassem mais integradas à economia mundial. O tempo aproximado para cruzar o canal varia entre 20 e 30 horas.

À época da construção, a posse do território onde está o canal era dos colombianos, depois, dos franceses e dos estadunidenses. Os Estados Unidos continuaram a controlar a Zona do Canal do Panamá até a assinatura dos Tratados Torrijos-Carter, em 1977, que passaram o controle da passagem ao Panamá.

Após um período de administração conjunta entre Estados Unidos e Panamá, o canal foi finalmente assumido pelo governo panamenho em 1999 e, agora, é gerenciado e operado pela Autoridade do Canal do Panamá, uma agência do governo do país.

O tráfego anual aumentou de cerca de 1000 navios, quando o canal foi inaugurado em 1914, para 14 702 embarcações em 2008, sendo que a última medição registrou um total de 309,6 milhões de toneladas movimentadas.

Até 2008, mais de 815 mil embarcações tinham passado pelo canal; os maiores navios que podem transitar do canal hoje são chamados de pós-panamax. A Sociedade Americana de Engenheiros Civis classificou o canal do Panamá como uma das sete maravilhas do mundo moderno.


 

 


Jardel Filho - A arte de representar

Jardel Filho - A arte de representar - Jardel Frederico de Bôscoli Filho nasceu em São Paulo no dia 24 de julho de 1927. Foi um ator brasileiro.

A arte de representar - em todas as suas facetas esteve presente na vida de Jardel todos os dias, do primeiro ao último. 

Nascido em família tradicional de artistas, seu pai foi o empresário teatral Jardel Jercolis e sua mãe a atriz Lídia Bôscoli, tendo seu parto acontecido em São Paulo durante uma temporada artística da companhia paterna naquela cidade.

Por dificuldades financeiras, sua mãe ficou mais de um mês na maternidade até que houvesse como pagar o parto e retornar ao Rio de Janeiro. 

Na adolescência tentou a carreira militar, mas o chamado do palco acabou por levá-lo ao teatro, onde estreou na Companhia Dulcina & Odilon, trabalhando a seguir com Bibi Ferreira e Henriette Morineau.

Sua primeira experiência de uma longa carreira cinematográfica - que como a de muitos seus colegas se desenvolveu paralela à televisão - foi em Dominó Negro em 1949.

Com a peça Jazebel, ganhou medalha de ouro da ABCT. Trabalhou na Companhia Cinematográfica Vera Cruz, para a qual fez, entre outros, filmes como Floradas na Serra e Uma Pulga na Balança.

Fez parte do elenco de trinta filmes, entre outros, Macunaíma, de Joaquim Pedro de Andrade, Pixote, a Lei do Mais Fraco, de Hector Babenco, Terra em Transe, obra-prima de Glauber Rocha e filme emblemático do Cinema NovoO Bom Burguês de Oswaldo Caldeira, em 1982 e Rio Babilônia de Neville D’Almeida que foi seu último trabalho no cinema e que estreou depois da morte do ator.

Versátil, trabalhou muito em televisão, onde atuou em 17 novelas e minisséries, como O Bofe, de Bráulio Pedroso, Verão Vermelho e O Bem-Amado, de Dias Gomes, O Homem que Deve MorrerFogo Sobre Terra e Coração Alado, todas de Janete Clair; Brilhante, de Gilberto Braga; O Espantalho de Ivani Ribeiro e Memórias de Amor, de Wilson Aguiar Filho.

Jardel, como Drº Juarez Leão, foi um personagem marcante para seus fãs. Um homem atormentado pela morte da mulher encontra em Telma a razão de continuar sendo médico e passa a lutar contra os desmandos de Odorico e sua obsessão de conseguir um defunto para inaugurar o cemitério de Sucupira.

Ele morreu em plena atividade, no dia 19 de fevereiro de 1983 no Rio de Janeiro vítima de um ataque cardíaco em sua casa numa manhã de sábado, quando gravava os últimos vinte capítulos da novela “Sol de Verão”, escrita por Manoel Carlos, na Rede Globo, fazendo com que o fim do folhetim fosse antecipado. Seu personagem Heitor saiu da trama com uma viagem repentina. Seu corpo foi enterrado no Cemitério São João Batista, em Botafogo.

Foi homenageado no ano de seu falecimento pelo então governador Chagas Freitas que batizou o recém-construído viaduto da rua Soares Cabral com seu nome.

Foi casado com a empresária Maria Augusta Nielsen e com as atrizes Márcia de Windsor, Glauce Rocha e Miriam Pérsia e deixou duas filhas, Tânia Tania Boscoli, também atriz, e Adriana de Boscoli, produtora, filha de Beth, sua última esposa, deixando como netos José Maria e Frederico de Boscoli.

  


sábado, outubro 15, 2022

Aposta de Pascal



“Não se pode provar que Deus existe. Mas se Deus existe, o crente ganha tudo (céu) e o descrente perde tudo (inferno). Se Deus não existe, o crente nada perde e o descrente nada ganha. Portanto, há tudo a ganhar e nada a perder ao acreditar em Deus.”

O argumento, formulado originalmente pelo filósofo francês Blaise Pascal, é pura intimidação. Não é um argumento a favor da existência de um deus: é um argumento a favor da crença, baseado em medo irracional. Com este tipo de raciocínio, deveríamos simplesmente escolher a religião que tivesse o pior inferno.

Não é verdade que o crente nada perde. Diminuímos esta vida ao preferir o mito de uma vida após a morte, e sacrificamos a honestidade à perpetuação de uma mentira. A religião exige tempo, energia e dinheiro, desviando recursos humanos valiosos do melhoramento deste mundo. O conformismo religioso, um instrumento de tiranos, é uma ameaça à liberdade.

Também não é verdade que o descrente nada ganha. Rejeitar a religião pode ser uma experiência libertadora positiva, ganhando perspectiva e liberdade para questionar. Os livres-pensadores sempre estiveram na linha da frente do progresso social e moral.

Que tipo de pessoa torturaria eternamente alguém que duvida honestamente? Se o seu deus é tão injusto, então os teístas correm tanto perigo como os ateus. Talvez deus tenha um gozo perverso em mudar de ideias e condenar toda a gente, crentes e descrentes por igual. Ou, invertendo a aposta, talvez deus só salve aqueles que têm coragem suficiente para não crer!

Pascal era um católico e supôs que a existência de deus significava o Deus cristão. No entanto, o Alá islâmico poderia ser o verdadeiro deus, o que torna a aposta de Pascal uma aposta mais arriscada do que se pretendia.

De qualquer modo, crer numa divindade com base no medo não produz admiração. Não se segue daí que tal ser mereça ser adorado. 

John Pascoe Grenfell

O Almirante John Pascoe Grenfell foi um militar inglês a serviço do Império do Brasil de 1823 a 1852.

Em 1823 acompanhou Thomas Cochrane ao Brasil, já no posto de comandante, juntamente com outros oficiais e soldados europeus, para tomar parte nas lutas da Guerra da Independência do Brasil na Bahia e no Pará (1822-1823).

Ofereceu mais uma vez os seus serviços ao Imperador, desta vez para combater os revoltosos republicanos da Confederação do Equador, em Pernambuco. Após derrotá-los, retornou ao Rio de Janeiro, onde, julgado em Conselho de Guerra, foi absolvido de seus crimes.

Grenfell foi acusado da tortura e morte de 257 prisioneiros nos porões do brigue "São José Diligente" na Província do Grão Pará durante conflitos entre portuguêses e brasileiros.

Embora posteriormente Grenfell tenha se defendido argumentando não ter ordenado o massacre no Brigue Palhaço, também nada fez para responsabilizar ou punir os responsáveis.

Depois com o Comandante Norton serviu na Guerra Cisplatina em 1826, tendo participado de combates em Buenos Aires, onde veio a perder o seu braço direito.

Retornou para a Inglaterra para restabelecer a sua saúde, voltando ao Brasil em 1828.

Em 1829 desposou Maria Dolores Masini em Montevidéu, com quem teve vários filhos.

Durante o Período Regencial foi destacado, em 1836, para reprimir a Revolução Farroupilha, no sul do país. Nomeado comandante das forças navais estacionadas no Rio Grande do Sul, comandou a esquadra imperial na Batalha do Fanfa, à frente de dezoito navios de guerra, escunas e canhoneiras. 

A esquadra bloqueou o lado sul da ilha enquanto que as tropas sob o comando de Bento Manuel fechavam o cerco por terra. Ao final da batalha renderam-se ou foram capturadas várias importantes lideranças farroupilhas: Bento Gonçalves, Tito Lívio Zambeccari, Pedro Boticário, José de Almeida Corte Real, José Calvet, entre outros.

Retornou ao Brasil quando da Guerra contra Oribe e Rosas, nomeado comandante-em-chefe das forças navais brasileiras na bacia do Rio da Prata, destacando-se na Passagem de Tonelero.

Em 1852 reassumiu as funções de cônsul na Inglaterra, onde veio a falecer

Brasil Imperial


 

Sull'amore

Quanto mais envelhecia, quanto mais insípidas me pareciam às pequenas satisfações que a vida me dava, tanto mais claramente compreendia onde eu deveria procurar a fonte das alegrias da vida. Aprendi que ser amado não é nada, enquanto amar é tudo.

O dinheiro não era nada, o poder não era nada. Vi tanta gente que tinha dinheiro e poder, e mesmo assim era infeliz.

A beleza não era nada. Vi homens e mulheres belos, infelizes, apesar de sua beleza.

Também a saúde não contava tanto assim. Cada um tem a saúde que sente.
Havia doentes cheios de vontade de viver e havia sadios que definhavam angustiados pelo medo de sofrer.

A felicidade é amor, só isto.

Feliz é quem sabe amar. Feliz é quem pode amar muito.

Mas amar e desejar não é a mesma coisa.

O amor é o desejo que atingiu a sabedoria.

O amor não quer possuir.

O amor quer somente amar.

 
Hermann Hesse 



 

sexta-feira, outubro 14, 2022

Caryl Chessman - O Bandido da Luz Vermelha

Caryl Chessman - O Bandido da Luz Vermelha - Caryl Whittier Chessman ou simplesmente Caryl Chessman foi um bandido com enorme astúcia que chegou a inspirar outros bandidos como aqui no Brasil João Acácio Pereira da Costa o bandido da Luz Vermelha.

Caryl Chessman nasceu em Saint Joseph, Michigan em 27 de maio de 1921. Foi um ladrão e praticantes de vários outros crimes que foi condenado à morte em 2 de maio de 1960, na câmara de gás.

Eu era muito criança ainda, mas lembro do meu pai falando da morte programada desse sujeito nos Estados Unidos. 

É a síndrome do bandido herói, pois havia uma comoção no mundo inteiro sem que ninguém lembrasse das vítimas do condenado.

O bandido aqui do Brasil que foi inspirado pelo americano, depois de cumprir a pena máxima, que é trinta anos, teve que ser solto e com poucos dias, foi assassinado em um bar na cidade que residia.

Lá vem então, os direitos humanos em favor dele: “o pobrezinho depois de trinta anos na prisão não sabia mais viver em comunidade.”

Ele estava na cadeia e lá também haviam outros e havia a comunidade dos presidiários, ele não estava no deserto sozinho. Comunidade também existe na prisão.

Voltando ao Caryl Chessman, ele ficou muito famoso na década de 1950, principalmente depois de ser preso, pois nesse período dispensou advogados, era estudante de direito e fez suas próprias defesas.

Escreveu de dentro da prisão obras de autobiográficas - 2455- Cela da Morte, A Lei Quer Que Eu Morra e um romance: O Garoto era Um Assassino.

Seus livros tiveram circulação mundial e deixando pessoas atônitas e provocando diversos sentimentos desde pena e até ódio extremo.