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quinta-feira, fevereiro 22, 2024

Castelo de Plessis-Bourré - França


 

O Castelo de Plessis-Bourré é um castelo do Vale do Loire, na França, que se situa no território da comuna de Écuillé, no departamento de Maine-et-Loire, quinze quilómetros ao norte de Angers e a meio caminho entre os vales do Mayenne e do Sarthe.

Construído entre 1468 e 1472 por Jean Bourre, um confidente de Luís XI, figura entre os mais notáveis castelos do Loire, tendo sofrido poucas modificações quanto à sua arquitetura desde a sua construção, há mais de quatro séculos.

O castelo foi classificado como monumento histórico no dia 1 de junho de 1931, juntamente com a sua lagoa, os fossos e as avenidas. Hoje, o Château du Plessis-Bourre é detido por diferentes membros da família de Reille-Soult da Dalmácia e gerido por Bruno e Antoinette de Sauvebeuf. Está aberto ao público para visitas.

Jean Bourré (1426-1506), grand argentier (tesoureiro) e principal confidente do rei da França Luís XI, fez a aquisição do domínio de Plessis-le Vent, propriedade da família de Sainte-Maureen, no dia 26 de novembro de 1462.

O novo proprietário, que já mandara erguer o Castelo de Langeais entre 1465 e 1467, mandou construir o castelo atual sobre esse antigo solar. Graças à sua riqueza, os trabalhos de construção progrediram rapidamente de modo que se pudesse mudar para o novo edifício em 1473.

Mais tarde, Charles Bourré foi camareiro do rei, senhor de Vaux e de Beaumont. O castelo recebeu a visita de dois reis de França no século XV:

Luís XI, no dia 17 de abril de 1473, aquando dum périplo a Notre-Dame de Béhuard;

Carlos VIII, no dia 10 de junho de 1487, acompanhado da sua irmã mais velha, a regente Anne de Beaujeu.

Em 1751, o castelo foi comprado pela família de Ruillé, tendo Jean-Guillaume de Ruillé sido executado em 1794.

Em 1850, o castelo estava à venda. Ninguém estava interessado na compra e o edifício estava em risco de ser transformado em pedreira de tufo quando o Mestre Avenant, notário em Angers, ansioso por preservar o lugar, decidiu comprá-lo em 1851.

Em 1911 foi comprado por Henri Vaïsse, sobrinho de Claude-Marius Vaisse, prefeito e senador de Lyon sob o Segundo Império, apelidado de "Haussmann Lyonnais". Quando da morte de Henri Vaïsse, este legou o castelo ao seu sobrinho François Reille-Soult, Duque da Dalmácia, deputado de Tam, que o abriu ao público e criou o circuito de visita.

Atualmente, o castelo ainda é uma propriedade privada habitada, pertencente a diferentes descendentes François Reille-Soult da Dalmácia.

Arquitetura

O espaço arranjado em volta do castelo cria a ilusão que o edifício sai das águas que o rodeiam.

Devido aos seus grandes fossos, que são franqueados por uma ponte de quarenta e quatro metros de comprimento, e a uma arquitetura claramente defensiva, com dupla ponte levadiça, torre de menagem e caminho de ronda, é uma fortaleza, mas também uma residência de recreio.

É esta particularidade que lhe confere as qualidades dum castelo dito de transição porque testemunha a chegada do Renascimento (altas janelas com mainéis, grandes salões), conservando as características de praça forte (quatro torres maciças, fossos, ponte levadiça e caminho de ronda).

Particularidade arquitetônica, os fossos não banham diretamente os muros da fortaleza, existindo um pequeno terraço, com uma largura de três metros, que permitia aos artilheiros tomar posição em volta de todo o castelo.

No lado exterior, o castelo parece uma fortaleza. As quatro alas com torres arredondadas nas esquinas foram construídas sobre uma grande superfície retangular cercada pelas águas.

A mais forte das torres é a torre de menagem, de quarenta e quatro metros de altura, cujo desenho com ameias e piso saliente foi inspirado nas torres do Castelo de Langeais. Uma plataforma com três metros de largura situada em redor do castelo foi usada para o posicionamento da artilharia em caso de ataque.

No século XVII, foi levantada a já referida ponte de pedra sobre o fosso, estendida entre a área de serviço e a entrada do castelo, a qual era protegida por uma ponte levadiça dupla e mata-cães.

A ala de entrada e as alas laterais foram reduzidas em altura, de forma que a ala traseira, com três pisos, domina sobre a ala principal. Águas-furtadas e a torre das escadas poligonal surgem como ênfases adicionais ao conjunto.

A esposa de Jean Bourre, Marguerite de Feschal, esteve ativamente envolvida na criação e decoração de Plessis. No interior, destaca-se sobre todos os outros o grande Salão Luís XI, cujo curioso planejamento é decorado com motivos florais. A Sala do Parlamento, com o seu pavimento original, serviu como sala de jantar para ocasiões especiais.

Está coberta por uma abóbada de nervuras e a sua principal característica é uma poderosa lareira. A sala mais importante do castelo é a Sala dos Guardas, situada no primeiro andar, com um teto de madeira pintado único na França.

Este contém vinte e quatro imagens situadas em ambos os lados da viga central, as quais representam figuras de animais com um particular significado simbólico, assim como a representação de esquemas figurativos juntamente com provérbios, textos satíricos e versos divertidos e ousados.

 

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