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quarta-feira, janeiro 31, 2024

Razões políticas na Reforma Protestante



A Reforma Protestante foi iniciada por Martinho Lutero, embora tenha sido motivada primeiramente por razões religiosas, também foi impulsionada por razões políticas e sociais.

Os conflitos políticos entre autoridades da Igreja Romana e governantes das monarquias europeias, tais governantes desejavam para si o poder espiritual e ideológico da Igreja e do papa, muitas vezes para assegurar o direito divino dos reis;

Práticas como a usura eram condenadas pela ética católica romana; assim, a burguesia capitalista que desejava altos lucros econômicos, sentir-se-ia mais "confortável" se pudesse seguir uma nova ética religiosa, adequada ao espírito capitalista, necessidade que foi atendida pela ética protestante e conceito de Lutero de que o homem é justificado pela fé, sem as obras da lei (Reforma 3:28) (Sola fide).

Algumas causas econômicas para a aceitação da Reforma foram o desejo da nobreza e dos príncipes de se apossar das riquezas da igreja romana e de ver-se livre da tributação papal que, apesar de defender a simplicidade, era a instituição mais rica do mundo. 

Também no Sacro Império, a pequena nobreza estava ameaçada de extinção em vista do colapso da economia senhorial. Muitos desses pequenos nobres desejavam as terras da igreja. Somente com a Reforma, estas classes puderam expropriar as terras.

Durante a Reforma no Sacro Império, as autoridades de várias regiões do Sacro Império Romano-Germânico pressionadas pela população e pelos luteranos, expulsavam e até assassinavam sacerdotes católicos das igrejas, substituindo-os por religiosos com formação luterana.

Lutero era radicalmente contra a revolta camponesa iniciada em 1524 pelos anabatistas liderados por Thomas Munzer, que provocou a Guerra dos Camponeses.

Münzer comandou massas camponesas contra a nobreza imperial, pois propunha uma sociedade sem diferenças entre ricos e pobres e sem propriedade privada. Lutero por sua vez defendia que a existência de "senhores e servos" era vontade divina, motivo pelo qual eles romperam. 

Lutero escreveu posteriormente: "Contras as hordas de camponeses (...), quem puder que bata, mate ou fira, secreta ou abertamente, relembrando que não há nada mais peçonhento, prejudicial e demoníaco que um rebelde".

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