A Reforma Protestante foi
iniciada por Martinho Lutero, embora tenha sido motivada primeiramente por razões
religiosas, também foi impulsionada por razões políticas e sociais.
Os conflitos políticos
entre autoridades da Igreja Romana e governantes das monarquias europeias, tais
governantes desejavam para si o poder espiritual e ideológico da Igreja e do
papa, muitas vezes para assegurar o direito divino dos reis;
Práticas como a
usura eram condenadas pela ética católica romana; assim, a burguesia
capitalista que desejava altos lucros econômicos, sentir-se-ia mais
"confortável" se pudesse seguir uma nova ética religiosa, adequada ao
espírito capitalista, necessidade que foi atendida pela ética protestante e
conceito de Lutero de que o homem é justificado pela fé, sem as obras da lei
(Reforma 3:28) (Sola fide).
Algumas causas econômicas
para a aceitação da Reforma foram o desejo da nobreza e dos príncipes de se
apossar das riquezas da igreja romana e de ver-se livre da tributação papal
que, apesar de defender a simplicidade, era a instituição mais rica do
mundo.
Também no Sacro Império, a
pequena nobreza estava ameaçada de extinção em vista do colapso da economia
senhorial. Muitos desses pequenos nobres desejavam as terras da igreja. Somente
com a Reforma, estas classes puderam expropriar as terras.
Durante a
Reforma no Sacro Império, as autoridades de várias regiões do Sacro Império
Romano-Germânico pressionadas pela população e pelos luteranos, expulsavam
e até assassinavam sacerdotes católicos das igrejas, substituindo-os por
religiosos com formação luterana.
Lutero era radicalmente
contra a revolta camponesa iniciada em 1524 pelos anabatistas liderados por
Thomas Munzer, que provocou a Guerra dos Camponeses.
Münzer comandou massas
camponesas contra a nobreza imperial, pois propunha uma sociedade sem
diferenças entre ricos e pobres e sem propriedade privada. Lutero por sua
vez defendia que a existência de "senhores e servos" era
vontade divina, motivo pelo qual eles romperam.
Lutero escreveu posteriormente: "Contras as hordas de camponeses (...), quem puder que bata, mate ou fira, secreta ou abertamente, relembrando que não há nada mais peçonhento, prejudicial e demoníaco que um rebelde".
0 Comentários:
Postar um comentário