O Parque
Arqueológico do Solstício, localizado no interior do município de Calçoene, no
litoral norte do estado brasileiro do Amapá, é um sítio arqueológico de
arte rupeste de interesse histórico e turístico conhecido por abrigar
o Observatório Astronômico de Calçoene.
O
sítio, já conhecido pela comunidade científica desde os anos 1950 constitui-se
de pelo menos 127 rochas dispostas em formato circular, no topo de uma colina. Supõe-se
que tenha sido construído como um antigo observatório astronômico pelos
antigos povos indígenas que habitavam a região.
O
círculo megalítico tem 30 m de diâmetro, com pedras de granito com
até 4 m de comprimento. Assemelha-se a um outro círculo megalítico
encontrado na Guiana Francesa, cuja datação indica ter mais de 2 000
anos de idade.
Provavelmente
foi construído há mais de mil anos, e usado por pelo menos 300 anos. O círculo
de Calçoene foi apelidado de "Stonehenge do Amapá", numa referência a
Stonehenge, na Inglaterra. As escavações no local, executadas por
arqueólogos, estão sendo feitas desde 2006.
Baseando-se
nas características de fragmentos cerâmicos encontrados nas redondezas do sítio
arqueológico, arqueologistas estimam que a idade do mesmo esteja entre 500 e
2 000 anos.
Um dos
blocos de pedra do círculo megalítico foi posicionado de maneira que o Sol,
durante o solstício de inverno do hemisfério norte, que ocorre em torno do
dia 21 de dezembro, fique a pino sobre este, de maneira que sua sombra
desapareça. Além disso, o posicionamento desta rocha é tal que a projeção de
sombras durante todo o dia é diminuta.
É este
alinhamento de um dos blocos de rocha com o solstício de dezembro que
levou os arqueologistas a acreditar que o local tenha sido no passado um
observatório astronômico, e que ao observar o círculo megalítico de Calçoene
está na verdade a contemplar os resquícios de uma cultura avançada.
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