Jürgen Stroop (nascido Josef) nasceu em
Detmold, Alemanha no dia 26 de setembro de 1895. Foi um SS-Gruppenfuhrer das
Waffen-SS nazista e comandante responsável pela repressão ao Levante do
Gueto de Varsóvia, ocorrido em agosto de 1943 na capital da Polônia ocupada
durante a Segunda Guerra Mundial.
Stroop era filho de um policial e com apenas uma
educação elementar foi trabalhar como aprendiz num cartório de
registro de terras em sua cidade natal de Detmold até a Primeira Guerra Mundial.
Durante a guerra se alistou no exército alemão
aonde chegou à patente de sargento, voltando ao seu trabalho anterior ao fim do
conflito. Passando a integrar a SS em 1932, Stroop serviu em diversas
funções antes da Segunda Guerra chegando ao posto de SS-Standartenführer em
1938.
Com a invasão da Polônia no ano seguinte, ele comandou
a SS na cidade de Gniezno. Em maio de 1941, por razões ideológicas, mudaria seu
nome de Josef (o nome de Stalin) para Jürgen.
Em abril de 1943, Heinrich Himmler entregou
a Stroop, agora SS-Gruppenführer, o comando das SS e da polícia na
cidade de Varsóvia. Um veterano da Primeira Guerra, Stroop tinha estado
envolvido em operações contra guerrilheiros soviéticos na Ucrânia e
possuía experiência em contra insurgência.
Em agosto, ele entraria para a história num dos mais
celebres episódios da guerra, quando comandou a repressão nazista ao Levante do
Gueto de Varsóvia, onde milhares de judeus poloneses se insurgiram de armas na
mão contra as condições de fome, opressão e lento extermínio em que viviam
e foram aniquilados pelas tropas das SS, enquanto velhos, mulheres e crianças
foram deportados para os campos de concentração.
Após um início de combates em que os alemães foram
surpreendidos pela forte resistência armada dos judeus, sendo obrigados a
recuar, Stroop invadiu o gueto com artilharia, canhões e
milhares de soldados, explodindo e demolindo edifícios, casas, sinagogas e
colocando fogo em todo o complexo, matando todos os resistentes e deportando os
sobreviventes.
Depois de demolir completamente o gueto
transformando-o em terra arrasada, enviou um relatório a Himmler, comunicando
que o “Gueto de Varsóvia não mais existe”. Este documento, conhecido como
“Relatório Stroop”, seria usado contra ele no Julgamento de Nuremberg.
Após este episódio brutal de demonstração de força,
Stroop foi transferido para a Grécia como comandante SS e chefe de
polícia, mas seus métodos eram tão violentos que a administração local se
recusou a colaborar com ele, proibindo a polícia de cooperar com as tropas
alemães o que causou sua transferência para a área do Reno até o fim da
guerra.
Ao fim da guerra, Stroop foi preso pelos
Aliados e transferido de volta para a Polônia, onde foi julgado e condenado
como genocida e criminoso de guerra, sendo executado em Varsóvia em 6 de março
de 1952.
Enquanto esperava a execução na prisão, Stroop foi
ironicamente colocado na mesma cela que Kazimierz Moczarski, um
ex-combatente da resistência polonesa em Varsóvia que sobreviveu à guerra e
agora era um prisioneiro político do governo comunista da Polônia; das
conversas trocadas entre os dois, Moczarski escreveria o livro Conversas
com um Carrasco ("Rozmowy z katem")
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