Divina!
És uma feiticeira de condão perigoso, cujo poder mágico me modificou
totalmente, porque já não resta nada de o ser que eu era antes. Das minhas
paixões, das minhas dedicações, das minhas ânsias, das minhas abominações.
Nada
que não seja uma cobiça grandiosa, uma sede ávida de ti.
O
prazer de imaginar a vista do que ainda não vi, de imaginar o gozo do que ainda
não gozei...
Querida,
por ti, pelo teu amor, pela tua atenção, por um dos teus afagos, por um dos
teus maneios, sinto ferver no sangue o germe de todas as bravuras e de todas as
abjeções.
Por
ti poderei ser santo ou delinqüente, porque é tua a minha carne, como minha
alma.
Te
amo! Desde que ti vi pela primeira vez...
Lembra-se
daquela noite em que me apareceste envolta em brancas espumas?
Francisco Silva Sousa
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