Propaganda

sábado, dezembro 09, 2023

Prisão, Julgamento e execução de Giordano Bruno


 Julgamento de Giordano Bruno

Prisão, Julgamento e execução de Giordano Bruno - Em Roma, o julgamento de Bruno durou oito anos, durante os quais ele foi preso, por último, na Torre de Nola.

Alguns documentos importantes sobre o julgamento estão perdidos, mas outros foram preservados e entre eles um resumo do processo, que foi redescoberto em 1999. 

As numerosas acusações contra Bruno, com base em alguns de seus livros, bem como em relatos de testemunhas, incluíam blasfêmia, conduta imoral e heresia em matéria de teologia dogmática.

Envolvia algumas das doutrinas básicas da sua filosofia e cosmologia. Luigi Firpo lista estas acusações feitas contra Bruno pelo tribunal local.

Sustentar opiniões contrárias à fé católica e contestar seus ministros; Sustentar opiniões contrárias à fé católica sobre a Trindade, a divindade de Cristo e a encarnação; Sustentar opiniões contrárias à fé católica sobre Jesus como Cristo;

Sustentar opiniões contrárias à fé católica sobre a virgindade de Maria, mãe de Jesus; Sustentar opiniões contrárias à fé católica tanto sobre a Transubstanciação quanto a Missa.

Reivindicar a existência de uma pluralidade de mundos e suas eternidades; Acreditar em metempsicose e na transmigração da alma humana em brutos, e; Envolvimento com magia e adivinhação.

Giovanni Mocenigo (1558-1623), membro de uma das mais ilustres famílias venezianas, encontrou Bruno em Frankfurt em 1590 e convidou-o para ir a Veneza, a pretexto de lhe ensinar mnemotécnica, a arte de desenvolver a memória, em que Bruno era perito.

Segundo Will Durant, Bruno estava havia muitos anos na lista dos procurados pela Inquisição, ansiosa por prendê-lo por suas doutrinas subversivas, mas Veneza gozava da fama de proteger tais foragidos, e o filósofo sentiu-se encorajado a cruzar os Alpes e regressar.

Como Mocenigo quisesse usar as artes da memória com fins comerciais, segundo alguns, ou esperasse obter de Bruno ensinamentos de ocultismo para aumentar seu poder, prejudicar seus concorrentes e inimigos, segundo outros, Bruno se negou a ensiná-lo. 

Segundo Durant, Mocenigo, católico piedoso, assustava-se com "as heresias que o loquaz e incauto filósofo lhe expunha", e perguntou a seu confessor se devia denunciar Bruno à Inquisição.

O sacerdote recomendou-lhe esperar e reunir provas, no que Mocenigo assentiu; mas quando Bruno anunciou seu desejo de regressar a Frankfurt, o nobre denunciou-o ao santo Oficio. Mocenigo trancou-o num quarto e chamou os agentes da Inquisição para levarem-no preso, acusado de heresia.

Bruno foi transferido para o cárcere do Santo Ofício de San Domenico de Castello, no dia 23 de maio de 1592. No último interrogatório pela Inquisição do Santo Ofício, não abjurou e, no dia 8 de fevereiro de 1600, foi condenado à morte na fogueira.

Obrigado a ouvir a sentença ajoelhado, Giordano Bruno teria respondido com um desafio: Maiori forsan cum timore sententiam in me fertis quam ego accipiam ("Talvez sintam maior temor ao pronunciar está sentença do que eu ao ouvi-la").

A execução de sua sentença ocorreu no dia 17 de fevereiro de 1600. Na ocasião teve a voz calada por um objeto de madeira posto em sua boca.

Essa é mais um relato da bondade dos representantes de deus aqui na Terra, queimar pessoas vivas era uma das diversões de papas, bispos, padres e todos da Igreja de deus.



Giordano Bruno 

0 Comentários: