Prisão, Julgamento e
execução de Giordano Bruno - Em Roma, o julgamento de Bruno durou oito anos, durante os quais
ele foi preso, por último, na Torre de Nola.
Alguns documentos
importantes sobre o julgamento estão perdidos, mas outros foram preservados e
entre eles um resumo do processo, que foi redescoberto em 1999.
As numerosas acusações
contra Bruno, com base em alguns de seus livros, bem como em relatos de
testemunhas, incluíam blasfêmia, conduta imoral e heresia em matéria de
teologia dogmática.
Envolvia algumas das
doutrinas básicas da sua filosofia e cosmologia. Luigi Firpo lista estas
acusações feitas contra Bruno pelo tribunal local.
Sustentar opiniões
contrárias à fé católica e contestar seus ministros; Sustentar opiniões
contrárias à fé católica sobre a Trindade, a divindade de Cristo e a
encarnação; Sustentar opiniões contrárias à fé católica sobre Jesus como
Cristo;
Sustentar opiniões
contrárias à fé católica sobre a virgindade de Maria, mãe de Jesus; Sustentar
opiniões contrárias à fé católica tanto sobre a Transubstanciação quanto a
Missa.
Reivindicar a existência de
uma pluralidade de mundos e suas eternidades; Acreditar em metempsicose e
na transmigração da alma humana em brutos, e; Envolvimento com magia
e adivinhação.
Giovanni Mocenigo
(1558-1623), membro de uma das mais ilustres famílias venezianas, encontrou
Bruno em Frankfurt em 1590 e convidou-o para ir a Veneza, a pretexto de
lhe ensinar mnemotécnica, a arte de desenvolver a memória, em que Bruno era
perito.
Segundo Will Durant, Bruno
estava havia muitos anos na lista dos procurados pela Inquisição, ansiosa por
prendê-lo por suas doutrinas subversivas, mas Veneza gozava da fama de proteger
tais foragidos, e o filósofo sentiu-se encorajado a cruzar os Alpes e
regressar.
Como Mocenigo quisesse usar
as artes da memória com fins comerciais, segundo alguns, ou esperasse obter de
Bruno ensinamentos de ocultismo para aumentar seu poder, prejudicar seus
concorrentes e inimigos, segundo outros, Bruno se negou a ensiná-lo.
Segundo Durant, Mocenigo,
católico piedoso, assustava-se com "as heresias que o loquaz e incauto
filósofo lhe expunha", e perguntou a seu confessor se devia denunciar
Bruno à Inquisição.
O sacerdote recomendou-lhe
esperar e reunir provas, no que Mocenigo assentiu; mas quando Bruno anunciou
seu desejo de regressar a Frankfurt, o nobre denunciou-o ao santo Oficio.
Mocenigo trancou-o num quarto e chamou os agentes da Inquisição para
levarem-no preso, acusado de heresia.
Bruno foi transferido para
o cárcere do Santo Ofício de San Domenico de Castello, no dia 23 de maio de
1592. No último interrogatório pela Inquisição do Santo Ofício, não abjurou e,
no dia 8 de fevereiro de 1600, foi condenado à morte na fogueira.
Obrigado a ouvir a sentença
ajoelhado, Giordano Bruno teria respondido com um desafio: Maiori
forsan cum timore sententiam in me fertis quam ego accipiam ("Talvez
sintam maior temor ao pronunciar está sentença do que eu ao ouvi-la").
A execução de sua sentença
ocorreu no dia 17 de fevereiro de 1600. Na ocasião teve a voz calada por um
objeto de madeira posto em sua boca.
Essa é mais um relato da
bondade dos representantes de deus aqui na Terra, queimar pessoas vivas era uma
das diversões de papas, bispos, padres e todos da Igreja de deus.
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