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domingo, dezembro 03, 2023

Alegoria da Caverna - Platão


Alegoria da Caverna, Platão - Imagine um grupo de pessoas dentro de uma caverna, acorrentadas na mesma posição desde que nasceram, forçadas a olhar para a parede à sua frente. Vamos chamar esse grupo de “Acorrentados”.

Os Acorrentados não tinham o conhecimento do mundo externo ou mesmo do que existia ao seu lado: sua realidade se resumia ao que podiam ver projetado na parede. Não sabiam, portanto, do fogo que ardia atrás deles, ou da mureta entre eles e o fogo.

Pessoas atravessavam o caminho, carregando estátuas e outros objetos em frente ao fogo. Os Acorrentados viam as sombras dos objetos projetadas na parede à sua frente, que tomavam como sendo reais.

Devido à sua inabilidade de olhar para trás e ver o que se passava, não podiam aprender a verdade. Sua realidade era uma grande ilusão.

Platão argumenta que mesmo que um dos Acorrentados fosse libertado e pudesse ver o fogo e as estátuas às suas costas, a dor e a cegueira temporária causada pela luz seriam tão severas que ele retornaria ao seu lugar de costume.

Esse Acorrentado acreditaria que as sombras na parede eram mais reais do que a nova Verdade, que o cegava tão intensamente.

A alegoria traz consigo uma moral: o conhecimento tem um preço que nem todos querem pagar. Aprender requer coragem e tolerância, já que pode levar a uma profunda e dolorosa mudança de perspectiva.

É bem mais fácil nos apegarmos aos nossos valores, a uma visão acomodada e confortável da realidade, do que mudar.

Platão argumenta que se o Acorrentado fosse carregado para fora da caverna e exposto diretamente à luz do Sol, aproximando-se assim da Verdade, ficaria tão cego pela luz do conhecimento que imploraria para voltar às sombras confortáveis da parede da caverna.

Para Platão o confronto com a Verdade é um ato heroico.

Fonte: A ilha do Conhecimento, pg. 51/52 – Marcelo Gleiser. Imagem: https://www.estudopratico.com.br Ciências e afins.

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