O Nome da Rosa é um
romance histórico do escritor italiano Umberto Eco (1932-2016),
lançado em 1980 que o tornou conhecido mundialmente. Em 1981, esta obra
ganhou o Prêmio Strega. Em 1986, foi adaptado ao cinema dirigida por
Jean-Jacques Annaud.
Titulo
Muita atenção tem sido
dada para o mistério sobre a que o título do romance se refere. Na verdade, Umberto
Eco afirmou que sua intenção era encontrar um "título que dá liberdade de
interpretação ao leitor".
Em uma outra versão da
história, quando ele tinha acabado de escrever o romance, Eco apressadamente
sugeriu dez nomes e pediu a alguns de seus amigos para escolher um, eles então
escolheram O nome da Rosa.
Sugeriu-se que Eco tenha
se inspirado nas referências de Borges, que disse: '"...quem viu o Zahir
pronto verá uma rosa: o Zahir é a sombra da rosa e o rasgo do Velo". "O nome da rosa"
era uma expressão usada na Idade Média para denotar o
infinito poder das palavras.
Síntese
Itália,1327. O frei
William de Baskerville recebe a missão de investigar a ocorrência de heresias
em um mosteiro beneditino. Porém a morte de sete monges em sete dias, em
circunstâncias insólitas, muda o rumo da investigação.
Primeiro romance do
autor, publicado em 1980 tornou-se um sucesso de vendas, fazendo com que o
italiano, conceituado professor de semiótica, alcançasse prestigio
internacional como romancista.
Marcada pela ironia de
Eco, a narrativa é repleta de mistérios com símbolos secretos e manuscritos
codificados.
Eco retratou um episódio
fictício, que ocorre durante a Idade Média, em que o riso é dado como proibido. O
enredo d'O Nome da Rosa gira em torno das investigações de uma série de
crimes misteriosos, cometidos dentro de uma abadia medieval.
Com ares de Sherlock
Holmes, o investigador, o frade franciscano William de Baskerville, assessorado
pelo noviço Adso de Melk, vai a fundo em suas investigações, apesar da
resistência de alguns dos religiosos do local.
Até que então desvenda as
causas dos crimes, estando ligadas à manutenção de uma biblioteca que mantém em
segredo obras apócrifas, obras que não seriam aceitas em consenso pela igreja
cristã da Idade Média, como é a obra risonha criada por Eco e atribuída romanescamente
a Aristóteles. A aventura de Guilherme de Baskerville é desta forma uma
aventura quase quixotesca.
Trecho do Livro
Quando o abade cego
pergunta ao investigador William de Baskerville: ′′Que almejam
verdadeiramente?"
Baskerville responde: ′′
Eu quero o livro grego, aquele que, segundo vocês, nunca foi escrito. Um livro
que só trata de comédia, que odeiam tanto quanto risos.
Provavelmente é o único
exemplar conservado de um livro de poesia de Aristóteles. Existem muitos livros
que tratam de comédia. Por que esse livro é precisamente tão perigoso?"
O abade responde: ′′
Porque é de Aristóteles e vai fazer rir ".
Baskerville replica: ′′ O
que há de perturbador no fato de os homens poderem rir?"
O abade: ′′O riso mata o
medo, e sem medo não pode haver fé. Aquele que não teme o demônio não precisa
mais de Deus".
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