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sexta-feira, abril 12, 2024

A Rota da Seda


 

A Rota da Seda, era uma extensa rede de rotas que conectava a Ásia meridional e central, facilitando o comércio de seda e outras mercadorias entre o Oriente e a Europa e o Médio Oriente.

Essas rotas eram percorridas por caravanas terrestres e embarcações oceânicas, criando um importante vínculo comercial entre o Extremo Oriente e a Europa.

Estima-se que essas rotas tenham sido estabelecidas a partir da Ásia e desempenharam um papel fundamental no comércio intercontinental até a descoberta das rotas marítimas para a Índia.

A Rota da Seda ligava Chang'an (atual Xi'an), na China, a Antioquia, na Ásia Menor, e sua influência se estendia até a Coreia e o Japão. Essa rota comercial constituiu a maior rede comercial da Antiguidade e da Idade Média.

As rotas da seda não apenas desempenharam um papel significativo no desenvolvimento e florescimento de grandes civilizações, como o Egito Antigo, a Mesopotâmia, a China, a Pérsia, a Índia e até Roma, mas também foram fundamentais para o advento do mundo moderno.

O termo "Rota da Seda" é uma tradução do alemão Seidenstraße, cunhado pelo geógrafo alemão Ferdinand von Richthofen no século XIX. Desde cerca de 200 a.C., muitas caravanas já percorriam essas antigas rotas.

No passado remoto, os chineses dominavam a arte da produção da seda a partir da fibra branca dos casulos dos bichos-da-seda, mantendo esse conhecimento como um segredo bem guardado.

Quando entraram em contato com as cidades do Ocidente ao longo da rota, encontraram mercados dispostos a pagar preços elevados pela seda. Esse intercâmbio comercial não apenas enriqueceu os envolvidos, mas também promoveu uma troca cultural significativa, expandindo suas concepções sobre o mundo.

Um exemplo notável dessa interação é o viajante, mercador e comerciante veneziano Marco Polo que percorreu a Rota da Seda no século XIII, deixando um legado duradouro em suas narrativas sobre as terras e culturas que encontrou ao longo do caminho.

A rota da seda continental se divide em rotas do norte e do sul devido à presença de centros comerciais no norte e no sul da China. A rota norte atravessa o Leste Europeu, com mercadores estabelecendo cidades na Bulgária, e segue pela península da Crimeia, mar Negro e mar de Mármara, alcançando os Bálcãs e, por fim, Veneza.

Por sua vez, a rota sul percorre o Turcomenistão, a Mesopotâmia e a Anatólia, dividindo-se em ramificações que levam a Antioquia, no sul da Anatólia, e ao Egito e Norte da África.

A última conexão ferroviária à rota da seda contemporânea, a via Almaty-Urunqui, foi concluída em 1992. Por outro lado, a rota da seda marítima estende-se da China meridional, abrangendo territórios atuais como Filipinas, Brunei, Sião e Malaca, até destinos como Ceilão, Índia, Pérsia, Egito, Itália, Portugal e até Suécia.

Em 7 de agosto de 2005, o Departamento do Patrimônio Histórico de Hong Kong propôs a Rota da Seda Marítima como Patrimônio da Humanidade. (Estudos Históricos)

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