Vivemos uma era em que as pessoas sentem
necessidade de se definirem. Tudo precisa de um nome, de um rótulo. Todos precisam escolher lados, escolher o que serem, pois ninguém sabe quem é.
O sistema econômico exige
definições profissionais com títulos e registro nos respectivos órgãos. OAB,
CRC, CRM, CRP etc. É compreensível essa exigência sistêmica por questões de
segurança jurídica e de relações se trabalho. Mas, outras áreas, principalmente
no que se diz respeito à personalidade e identidade, estão sendo banalizadas e
classificadas de forma limitada.
A
necessidade de definição sexual é assustadora. É preciso dar um título: Hetero,
gay, bi, trans... Não basta a experiência e prazer, seja com quem for, é
preciso pertencer a um grupo. Uma área da vida que deveria ser particular tem
sido exposto e provocado confusões imensas na sociedade.
As ideologias políticas
são como prateleiras da verdade. Espelham a insatisfação pessoal com a vida em
geral nos "lados" da política. O resultado é uma disputa de torcida
superficial e meramente ilustrativa. A racionalidade é abandonada, a
necessidade de se afirmar é fortalecida.
A religião é uma
miscelânea de tudo isso. Os homens se destroem em nome de um ser imaginário que
creem para suas regras morais. É claro que, todos são livres para
acreditarem no que quiserem. A questão é: Qual o limite intersocial dessa
crença?
Isso é só um esboço de
pensamentos de cabeceira de cama. Talvez seja mera mecânica existencial. Talvez
tudo deva ser assim mesmo. Talvez seja assim nossa evolução (ou extinção).
Lucas Abreu
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