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sábado, fevereiro 25, 2023

Categorizações sociais

Vivemos uma era em que as pessoas sentem necessidade de se definirem. Tudo precisa de um nome, de um rótulo.  Todos precisam escolher lados, escolher o que serem, pois ninguém sabe quem é.

O sistema econômico exige definições profissionais com títulos e registro nos respectivos órgãos. OAB, CRC, CRM, CRP etc. É compreensível essa exigência sistêmica por questões de segurança jurídica e de relações se trabalho. Mas, outras áreas, principalmente no que se diz respeito à personalidade e identidade, estão sendo banalizadas e classificadas de forma limitada.

A necessidade de definição sexual é assustadora. É preciso dar um título: Hetero, gay, bi, trans... Não basta a experiência e prazer, seja com quem for, é preciso pertencer a um grupo. Uma área da vida que deveria ser particular tem sido exposto e provocado confusões imensas na sociedade.

As ideologias políticas são como prateleiras da verdade. Espelham a insatisfação pessoal com a vida em geral nos "lados" da política. O resultado é uma disputa de torcida superficial e meramente ilustrativa. A racionalidade é abandonada, a necessidade de se afirmar é fortalecida.

A religião é uma miscelânea de tudo isso. Os homens se destroem em nome de um ser imaginário que creem para suas regras morais. É claro que, todos são livres para acreditarem no que quiserem. A questão é: Qual o limite intersocial dessa crença?

Isso é só um esboço de pensamentos de cabeceira de cama. Talvez seja mera mecânica existencial. Talvez tudo deva ser assim mesmo. Talvez seja assim nossa evolução (ou extinção).

Lucas Abreu



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