“A minha coisa foi um ato de justiça: roubei um beijo de você, porque você estava há meses roubando meu sono.”
Mario Benedetti
Mario Benedetti nasceu em Paso de
los Toros, Uruguai no dia 14 de setembro de 1920. Foi um poeta, escritor e
ensaísta uruguaio.
Integrante da Geração de
45, a qual pertencem também Idea Vilariño e Juan Carlos Onetti, entre
outros, é considerado um dos principais escritores uruguaios, tendo começado a
carreira literária em 1949 e ganhando projeção em 1956, ao publicar Poemas
de Oficina, uma de suas obras mais conhecidas. Benedetti escreveu mais de
80 livros de poesia, romances, contos e ensaios, assim como roteiros para cinema.
Era filho de Brenno Benedetti e
Matilde Farugia, de origem italiana, que o batizaram como Mario Orlando Hardy
Hamlet Brenno Benedetti Farrugia. Devido ao trabalho do pai, a família se mudou
para Tacuarembó quando Mario tinha dois anos, mas aos quatro anos de idade sua
família mudou-se novamente, desta vez para Montevidéu.
Inicia seus estudos no Colégio
Alemão de Montevidéu, onde ficou até 1933. Permaneceu apenas um ano e em
seguida partiu para o Liceu Miranda. Mas problemas financeiros
acabam por forçar seus estudos a seguir de maneira autodidata.
Com 14 anos, começou a trabalhar
em uma empresa de autopeças. Trabalhou também no comércio, trabalhou como
mensageiro, empregado de imobiliária, estenógrafo e funcionário público.
Em 1938 mudou-se para Buenos
Aires, na Argentina, onde permaneceu até 1941. Em 1945 passou a fazer
parte da equipe de redação do semanário Marcha, de Montevidéu, onde
permaneceu até 1974, ano em que o semanário foi fechado pelo governo de Juan
Maria Bordaberry. Em 1953 publica Quién De Nosostros. Em
1954 foi nomeado diretor literário do semanário.
Em 17 de maio de 2009, pouco
depois das 18hs, Benedetti morreu em sua casa em Montevidéu, aos 88 anos. Seu
corpo foi velado no Palácio Legislativo e o governo decretou luto oficial,
com um sepultamento com honras de estado.
O cortejo fúnebre foi liderado
por membros da Federação de Estudantes Universitários do Uruguai e da Central
de Trabajadores (PIT-CNT), entre outras personalidades e amigos do escritor, e
centenas de cidadãos. Ele foi sepultado no Cemitério Central de Montevidéu.
Poucos anos após sua morte, a
obra de Benedetti volta com força e ganha reconhecimento. Na Espanha, o
Instituto Cervantes organizou um congresso internacional, Cien años de
Mario Benedetti, realizado em Alicante em 2020. No Uruguai, a Fundação Mario
Benedetti, executora de seu patrimônio intelectual, organizou uma exposição de
pinturas e duas palestras sobre o autor.
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