O Teatro
romano de Palmira é um teatro na antiga cidade de Palmira, no Deserto
Sírio. O edifício, nunca completamente concluído, foi construído no século
II d.C.
As
ruínas foram restauradas no século XX e antes da Guerra Civil Síria (iniciada
em 2011) era o local onde se realizavam os espetáculos do Festival de Palmira
de Cultura e Artes. O teatro ocupava o centro de uma praça situada a sudoeste
da principal avenida da cidade, a Grande Colunata.
A
praça, com 82 por 104 metros, tinha uma colunata semicircular e
estava ligada ao portão sul da muralha por uma curta rua. A cávea,
inacabada, tem 92 metros de diâmetro e consiste apenas numa cávea inferior
(cavea ima) que rodeia diretamente a orquestra.
A cávea
está organizada em 11 cunei (cunhas), cada uma com 12 filas e
está virada para norte-nordeste, em direção ao cardo máximo. O ádito máximo
(aditus maximus) do teatro, a entrada principal, tem 3,5 m de largura e
conduz a uma orquestra com pavimento de pedra com um diâmetro de 20,3 m.
A
orquestra é delimitada por um muro circular com um diâmetro de 23,5 m. As
paredes do proscênio estão decoradas com dez nichos curvos e nove
nichos circulares, colocados alternadamente.
O palco
mede 45,5 por 10,5 m e é acessível por duas escadarias. O cenário (scaenae
frons) tem a aparência da fachada de um palácio e tinha cinco portas: a
entrada principal, ou regia, com a forma de um largo nicho curvado.
Duas
portas de convidados (hospitalis) em cada um dos lados da regia, com a
forma de dois nichos retangulares pouco profundos; e duas portas suplementares,
em cada um dos lados do palco.
Sabe-se
da existência de uma estátua de Nero no nicho da regia, mandada
colocar pelo próprio. As colunas do palco são de ordem coríntia. Até à
década de 1950, o teatro estava enterrado em areia.
Foi
então desenterrado e começaram os trabalhos de restauro. No início de
julho de 2015 a imprensa mundial divulgou que pelo menos desde 27 de maio que o
antigo teatro tinha sido usado para execuções públicas, realizadas por
adolescentes sob as ordens do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL),
que desde maio controlava a área.
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