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sábado, dezembro 23, 2023

O Teatro romano de Palmira



O Teatro romano de Palmira é um teatro na antiga cidade de Palmira, no Deserto Sírio. O edifício, nunca completamente concluído, foi construído no século II d.C. 

As ruínas foram restauradas no século XX e antes da Guerra Civil Síria (iniciada em 2011) era o local onde se realizavam os espetáculos do Festival de Palmira de Cultura e Artes. O teatro ocupava o centro de uma praça situada a sudoeste da principal avenida da cidade, a Grande Colunata.

A praça, com 82 por 104 metros, tinha uma colunata semicircular e estava ligada ao portão sul da muralha por uma curta rua. A cávea, inacabada, tem 92 metros de diâmetro e consiste apenas numa cávea inferior (cavea ima) que rodeia diretamente a orquestra.

A cávea está organizada em 11 cunei (cunhas), cada uma com 12 filas e está virada para norte-nordeste, em direção ao cardo máximo. O ádito máximo (aditus maximus) do teatro, a entrada principal, tem 3,5 m de largura e conduz a uma orquestra com pavimento de pedra com um diâmetro de 20,3 m.

A orquestra é delimitada por um muro circular com um diâmetro de 23,5 m. As paredes do proscênio estão decoradas com dez nichos curvos e nove nichos circulares, colocados alternadamente. 

O palco mede 45,5 por 10,5 m e é acessível por duas escadarias. O cenário (scaenae frons) tem a aparência da fachada de um palácio e tinha cinco portas: a entrada principal, ou regia, com a forma de um largo nicho curvado.

Duas portas de convidados (hospitalis) em cada um dos lados da regia, com a forma de dois nichos retangulares pouco profundos; e duas portas suplementares, em cada um dos lados do palco. 

Sabe-se da existência de uma estátua de Nero no nicho da regia, mandada colocar pelo próprio. As colunas do palco são de ordem coríntia. Até à década de 1950, o teatro estava enterrado em areia.

Foi então desenterrado e começaram os trabalhos de restauro. No início de julho de 2015 a imprensa mundial divulgou que pelo menos desde 27 de maio que o antigo teatro tinha sido usado para execuções públicas, realizadas por adolescentes sob as ordens do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL), que desde maio controlava a área.


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