Esta é Dona Maria do Carmo
Gerônimo, a última escrava do Brasil. Ela nasceu em Carmos de Minas, a 5 de
março de 1871, poucos meses antes da aprovação da Lei do Ventre Livre, e morreu
em 14 de junho de 2000, aos 129 anos de idade.
Ela foi escrava até os 17
anos, sendo libertada quando Sua Alteza Imperial a Princesa Isabel de Bragança
- neta de Dom Pedro IV de Portugal e bisneta de Dom João VI - sancionou a Lei
Áurea, em 13 de maio de 1888.
A partir de então, Dona
Maria trabalhou por 60 anos como empregada doméstica para o historiador Dr.
José Armelim Bernardo Guimarães.
Em 1997 ela participou de
uma missa rezada por Sua Santidade o Papa São João Paulo II no Rio de Janeiro.
Ela é oficialmente
reconhecida pelo RankBrasil, entidade estatal responsável pela realização de
rankings nacionais, como a segunda brasileira mais velha da história e a última
cidadã brasileira a ter sido legalmente escravizada.
O documento utilizado como
prova de sua idade foi sua certidão de batismo na Paróquia de Nossa Senhora do
Carmo, na cidade de Campanha, datada de 21 de março de 1871, com o carimbo de
Antônio Affonso de Carvalho, Presidente da Província de Minas Gerais entre 27
de outubro de 1870 e 21 de abril de 1871.
Bem debilitada, ela parou
de falar dois anos antes de sua morte que se deu no ano de 2000.
Dias antes de seu
falecimento, chamou uma funcionária da casa onde vivia e balbuciou baixinho uma
frase: "Viva Isabel Redentora".
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