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sábado, agosto 05, 2023

Eu creio...



Dos medos nascem as coragens. Os sonhos anunciam outra realidade possível, e os delírios, outra razão. Somos o que fazemos para transformar o que somos. A identidade não é uma peça de museu, quietinha na vitrine, mas sempre assombrosa síntese das contradições nossas de cada dia. Nessa fé, fugitiva, eu creio.

(Eduardo Galeano)

Crenças são estados mentais em que se assume que algo é verdadeiro ou provável. Elas são expressas linguisticamente por meio de afirmações.

Há discordância sobre quais são as características essenciais das crenças: os representacionalistas identificam crenças com atitudes proposicionais em relação a representações, enquanto os funcionalistas veem seu papel causal como essencial e os interpretacionistas se concentram na dependência da interpretação de outra pessoa.

O conceito de crença se aplica a diferentes tipos de atitudes mentais, que podem ser classificadas usando algumas distinções básicas. As crenças ocorrentes são conscientes ou causalmente ativas de outra maneira, enquanto as crenças deposicionais estão atualmente inativas.

As crenças plenas implicam a aceitação sem reservas de que algo é verdadeiro, enquanto as crenças parciais incluem um certo grau de certeza com respeito à probabilidade. Em seu significado principal, crença é considerada como crença-de-que, ou seja, como uma atitude mental em relação a uma proposição ou um estado de coisas.

Isto contrasta com o uso como crença-em que geralmente se refere à confiança em uma pessoa ou a uma atitude em relação à existência de algo. Este sentido desempenha um papel central na crença religiosa com respeito à crença em Deus.

Há várias teorias sobre como o conteúdo de uma crença depende do conteúdo de outras crenças mantidas pela mesma pessoa. Os atomistas negam tais relações de dependência, os molecularistas as restringem a crenças intimamente relacionadas, enquanto os holistas sustentam que elas podem existir entre quaisquer crenças.

Os externalistas assumem que as crenças de uma pessoa dependem de sua relação com os arredores, enquanto os internalistas sustentam que são determinadas apenas pelo que ocorre na cabeça dessa pessoa.

As crenças desempenham um papel central na epistemologia, onde o conhecimento tem sido tradicionalmente definido como crença verdadeira justificada.

Concepções

Várias concepções das características essenciais das crenças foram propostas, mas não há consenso sobre qual é a correta. O representacionalíssimo é a posição tradicionalmente dominante.

Em sua forma mais comum, sustenta que as crenças são atitudes mentais em relação a representações, que são geralmente identificadas com proposições. Estas atitudes fazem parte da constituição interna da mente que mantém a atitude.

Esta visão contrasta com o funcionalismo, que define as crenças não em termos da constituição interna da mente, mas em termos da função ou do papel causal desempenhado pelas crenças.

Segundo o disposicionalismo, as crenças são identificadas com disposições para se comportar de certas maneiras. Esta visão pode ser vista como uma forma de funcionalismo, que define crenças em termos do comportamento que tendem a causar.

O interpretacionismo constitui outra concepção, que ganhou popularidade na filosofia contemporânea. Sustenta que as crenças de uma entidade são, em certo sentido, dependentes ou relativas à interpretação que outra pessoa faz dessa entidade.

O representacionalismo tende a ser associado a um dualismo mente-corpo. As considerações naturalistas contra este dualismo estão entre as motivações para escolher uma das concepções alternativas. 

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