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sexta-feira, novembro 17, 2023

Milagres que não se repetem


Milagres que não se repetem - "O deus bíblico já fez, segundo o livro de Êxodo, chover maná (alimento produzido milagrosamente) para os israelitas durante sua estada no deserto rumo à terra prometida.

Pergunta: por que esse deus não faz chover pelo menos farinha nas regiões mais necessitadas do mundo?"

(Michael Albino)

É preciso ser muito ingênuo para acreditar nas besteiras que constar na “bíblia sagrada”. Essa conversa de maná talvez só uma criança fosse acreditar.

Milhões de pessoas, - inclusive crianças, - morrem de fome nos países africanos e em outros lugares do planeta. Nem deus e nem os seus representantes aqui fazem nada. Só nesse período de tempo existiu esses milagres e hoje nada acontece.

Segundo as escrituras, deus criou o homem a sua imagem e semelhança, então, gostaria de entender o motivo de outros quererem subjugar seu povo a ponto de eles serem obrigados a defender-se de ataques dessa natureza. Ele criou os bons e também os ruins?

O povo de Sodoma e Gomorra que ele destruiu foram criados por quem? Os que ele destruiu no dilúvio foi invenção de quem?

São perguntas que não existi resposta, mas os crentes sempre vão ter uma mais estupida ainda; uma explicação para tais acontecimentos.

E assim segue a humanidade tendo que conviver com esses mirabolantes acontecimentos e quer forçar aos outro a acreditarem.  

quarta-feira, novembro 08, 2023

Heresia na Igreja Católica



 

Começo esse texto dizendo que a igreja católica pode me excomungar mil vezes, minha vida continuará a mesma, tenho absoluta certeza. Sou e serei um herege e não sofreei nenhum castigo divino.

Historicamente, houve muitos que discordaram dos dogmas da Igreja. Eram considerados hereges quando se tornavam uma ameaça à unidade em torno da autoridade papal e porque propalavam ideias ou práticas contrárias à interpretação da Igreja Católica sobre a verdade ensinada por Jesus Cristo e contidas nos “Escritos Sagrados”.

A condenação máxima imposta pela Igreja é a pena de excomunhão.

É preciso esclarecer que a pena de excomunhão era aplicada e se uma pessoa ficasse mais de um ano excomungada era considerada herege e processada pela Igreja como tal. Geralmente este processo culminava com a sentença da entrega do herege ao braço secular.

Corroboram esse raciocínio, não apenas relatos históricos, como também o teor dos sermões realizados pelos padres que se referiam aos crimes dos hereges, bem como a presença de autoridades eclesiásticas aos autos-de-fé.

Há farta documentação histórica sobre os autos de fé e seus critérios, merecendo destaque a obra "Manual dos Inquisidores" de Nicolau Eymerich e posteriormente modificado, mais ou menos 200 anos após, por Francisco de La Pena.

É importante notar que a ação secular foi maior no período da Idade Média, sobretudo após a instalação do Santo Ofício, ou seja, a Inquisição.

Antes, porém, como é o ensinamento do Evangelho e, portanto, da própria Igreja, a execução de hereges pelo braço secular não era aprovada, como no caso da morte de Prisciliano que provocou protestos do Papa Siricio,

Santo Ambrósio e São Martinho de Tours também se pronunciavam contra a intervenção secular, considerando um crime fazê-lo.

Foi a partir de certas considerações conexas como a de Santo Agostinho de que a heresia constituía um atentado fundamental contra a sociedade cristã e que está deveria defender-se com moderação, e, sendo assim, aceitava a pena de morte em caso de perigo social evidente, que a ideia da pena pelas forças do Estado teve mais força.

Viva o amor infinito do Deus perfeito, que criou um bando de imperfeitos para serem depois, sacrificados pelos seus representantes.

Leia também: Paradoxo de Epicuro 

 

terça-feira, novembro 07, 2023

Testemunhas de Jeová - Religião ou Seita?



 

Testemunhas de Jeová - Religião ou Seita? - As Testemunhas de Jeová são uma denominação cristã milenarista e Restauracionista com crenças não trinitárias, que se diferem de grande parte do cristianismo.

O grupo afirma ter mundialmente 8.695.808 de aderentes envolvidos em evangelização, presença em convenções de mais de 15 milhões de pessoas e uma presença anual em seu Memorial de mais de 19,9 milhões. 

A denominação é dirigida pelo Corpo Governante, um grupo de anciões em Warwick, Nova Iorque, que determina todas as doutrinas com base em sua análise e interpretação da Bíblia. 

Eles preferem usar sua própria tradução, a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, embora também citem ocasionalmente outras versões. 

O grupo crê que a destruição do sistema do mundo atual em Armagedom é iminente, e que somente ao se estabilizar o Reino de Deus na Terra haverá solução para todos os problemas da humanidade.

As Testemunhas de Jeová emergiram dos Estudantes da Bíblia, grupo fundado no final da década de 1870 por Charles Taze Russell. Com a formação da Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, houve mudanças doutrinais e organizacionais significativas, chefiadas por Joseph Franklin Rutherford. 

O nome testemunhas de Jeová foi adotado em 1931 para diferenciá-los de outros grupos de Estudantes da Bíblia e simbolizar uma ruptura com o legado das tradições de Russell.

O grupo é conhecido por sua evangelização porta-a-porta, distribuindo publicações como A Sentinela e Despertai, e sua recusa ao serviço militar e a transfusão de sangue.

Eles consideram o uso do nome Jeová vital para a adoração apropriada. Rejeitam a Trindade, a imortalidade inerente da alma e o fogo do inferno, considerando-as doutrinas que não estão de acordo com os textos bíblicos. 

Também não há observância do natal, da Páscoa, aniversários e outros feriados e costumes que consideram ter origens pagãs e incompatíveis com o Cristianismo. Os membros comumente referem-se ao seu corpo de crenças como "a verdade", e consideram que sua vida está "na verdade". 

A sociedade secular é definida como moralmente corrupta e sob a influência de Satã, e limitam sua interação social com pessoas que não integram a comunidade. Ações disciplinares incluem a desassociação, isto é, a expulsão formal, e ostracismo, Indivíduos batizados que deixam oficialmente a igreja também sofrem rejeição social.

Membros desassociados podem retornar se mostrarem-se arrependidos.

A rejeição ao serviço militar e a recusa em fazer continência para as bandeiras nacionais fizeram com que as Testemunhas de Jeová tivessem conflitos com alguns governos.

Consequentemente, os integrantes têm sido perseguidos e suas atividades são banidas ou restringidas em alguns países. Processos criados pelo grupo resultaram em mudanças em diversas leis de direitos civis pelo mundo. 

Além disso, a organização tem recebido críticas em relação à sua tradução da Bíblia, doutrinas, tratamento de casos de abuso sexual de menores e alegada coerção de seus membros. As acusações são negadas pelos líderes, e algumas foram discutidas em tribunais e por especialistas em religião. 

domingo, novembro 05, 2023

O Martelo das Bruxas ou Malleus Maleficarum

 


O Martelo das Bruxas ou Malleus Maleficarum era o manual operacional da Inquisição, durante todo o período de funcionamento do Tribunal do Santo Ofício.

Os processos de bruxaria   tíveram como documento   norteador o Malleus Maleficarum (O Martelo das Feiticeiras), escrito em 1486 pelos frades dominicanos James Sprenger e Heinrich Kramer, a partir do Manual dos Inquisidores elaborado cem anos antes por Nicolás Eymirick.  

O Martelo das Feiticeiras - Malleus Maleficarum é uma das páginas mais terríveis do cristianismo. 

É difícil imaginar que, durante três séculos ele foi a Bíblia do inquisidor, e se transformou no apogeu ideológico e pragmático da Inquisição contra a bruxaria, atingindo intensamente as mulheres, entendendo também que a mulher era muito visada por causa do celibato.

Era a própria tentação para os inquisidores. Assim, para que a bruxaria fosse devidamente punida foi escrito o Malleus Maleficarum, as teses centrais eram que norteavam essa bíblia dos inquisidores erram:

 1) O demônio, com a permissão de Deus, procura fazer o máximo de mal aos homens a fim de apropriar-se do maior número possível de almas.

 2) E este mal é feito prioritariamente através do corpo, único “lugar” onde o demônio pode entrar, pois, “o espírito (do homem) é governado por Deus, a vontade por um anjo e o corpo pelas estrelas” (Parte I, Questão I). E pôr as estrelas é inferior aos espíritos e o demônio é um espírito superior, só lhe resta o corpo para dominar.

 3) E este domínio lhe vem através do controle e da manipulação dos atos sexuais. Pela sexualidade o demônio pode apropriar-se do corpo e da alma dos homens. Foi pela sexualidade que o primeiro homem pecou e, portanto, a sexualidade é o ponto mais vulnerável de todos os homens.

 4) E como as mulheres estão essencialmente ligadas à sexualidade, elas se tornam agentes por excelência do demônio (as feiticeiras). E as mulheres têm mais conivência com demônio “porque Eva nasceu de uma costela torta de Adão, portanto nenhuma mulher poder reta” (I,6).

 5) A primeira e a maior característica, aquela que dá todo o poder às feiticeiras, é copular com o demônio. Satã é, portanto, o senhor do prazer.

6) Uma vez obtida a intimidade como demônio, as feiticeiras são capazes de desencadear todos os males, especialmente a impotência masculina, a impossibilidade de livrar-se de paixões desordenadas, abortos, oferendas de crianças a Satanás, estrago das colheitas, doenças nos animais etc.

7) E esses pecados eram mais hediondos que os próprios pecados de Lúcifer quando da rebelião dos anjos e dos primeiros pais por ocasião da queda, porque agora as bruxas pecam contra Deus e o Redentor (Cristo), e, portanto, este crime é imperdoável e por isso só pode regatado com tortura e a morte.

O Malleus Maleficarum ou O Martelo das Feiticeiras está dividido em três partes:

Primeiramente ele traz como principal personagem o Demônio e relaciona seus poderes ligando suas ações com a bruxaria.

Por isso, que as mulheres eram o alvo mais desejado, visto que, a relação entre o Demônio e a Bruxa era a mais aceitável no caso dos pactos e relação sexual, como explica o manual.

A segunda parte encontra-se instruções para reconhecer e ao mesmo tempo eliminar a bruxaria, em todos os momentos do cotidiano das pessoas, em qualquer fato ocorrido: brigas; fenômenos da natureza; impotência sexual, entre outros.

A terceira e última parte encontra-se o relato dos julgamentos e sentenças. Tudo detalhado para não ser esquecido nenhum detalhe na hora de julgar algum (a) acusado(a), muito menos deixar de punir rigorosamente de acordo com o que regia o Malleus Maleficarum.

sábado, novembro 04, 2023

Paradoxo de Epicuro



 

Se Deus é omnipotente, omnisciente e benevolente. Então o mal não poderia continuar existindo. Para Deus e o mal continuarem existindo ao mesmo tempo é necessário que Deus não tenha uma das três características.

Se for omnipotente e omnisciente, então tem conhecimento de todo o mal e poder para acabar com ele, ainda assim não o faz. Então Ele não é bom.

Se for omnipotente e benevolente, então tem poder para extinguir o mal e quer fazê-lo, pois é bom. Mas não o faz, pois não sabe o quanto mal existe, e onde o mal está. Então Ele não é omnisciente.

Se for omnisciente e bom, então sabe de todo o mal que existe e quer mudá-lo. Mas isso elimina a possibilidade de ser omnipotente, pois se o fosse erradicava o mal. E se Ele não pode erradicar o mal, então por que chamá-lo de Deus?

Somente a ignorância da humanidade católica se apega a essa fé que não os leva a lugar nenhum. Quanto mais rezam pior fica as suas situações, mas acreditam que lhes falta merecimento.

Os pastores e padres quando precisam de dinheiro para suas organizações, pedem aos fiéis, quando os fiéis precisam de capital eles mandam pedir a deus e se não vier a graça, é por falta de fé.

Isso já seria o suficiente para que essas pessoas observassem que alguma coisa está errada. Ainda tem a desculpa que seu sofrimento na vida lhe credencia a uma eternidade no paraíso.

Assim caminha a humanidade nessa estrada sem retorno, onde quem mais acredita é quem menos tem, e são os que mais doam para as organizações religiosas.

A igreja católica é uma das instituições mais ricas do planeta, mas não ajuda aos povos famintos da África. Os pastores dos templos evangélicos decolam de jatinhos para suas fazendas ou para obrarem “milagres” em grandes cultos pelas paragens mais miseráveis.

Leia também: Heresia na Igreja Católica 

quinta-feira, novembro 02, 2023

O Sacrifício de Isaque


O Sacrifício de Isaque - Inquisição, Cruzadas, caça às bruxas... Esqueçam tudo isso! Para negar à religião a pretensão de ser o local privilegiado da moral, bem como ter a última palavra sobre questões dessa natureza, nenhum ateu precisa invocar esses episódios sangrentos que a história celebrizou.

O drama de Abraão e Isaque já é suficiente para nos ajudar a entender por que uma moral baseada na autoridade divina é um perigo para todos nós.

Relata o Gênesis que Jeová, sempre tão ávido de homenagens e salamaleques, ordenou certo dia a Abraão que sacrificasse Isaque, seu único filho, como prova de lealdade.

Qualquer pai decente, ao ouvir ordem tão abjeta, mandaria Deus para aquele lugar. Mas Abraão não mandou, e é preciso entender o porquê.

O problema aqui tem a ver com o primeiro mandamento, aquele que prescreve amar Deus sobre todas as coisas. A partir do instante em que se inventa um Deus, o compromisso fundamental de um homem já não é mais com sua família, com seus filhos ou com a humanidade, mas com o produto de sua loucura alojado no céu.

A satisfação da deidade torna-se mais importante do que a promoção do nosso bem-estar. Os interesses dela pairam acima dos nossos e, se lhe for agradável a imolação do nosso unigênito, não vacilaremos em fazê-lo.

É o que mostra o relato genésico do sacrifício de Isaque. O que há importante nele não é a intervenção salvadora de Jeová no último instante, mas a disposição de Abraão de levar adiante a ordem recebida. Ele teria ido até o fim com um sorriso no rosto.

Eis aí o grande perigo da religião. Uma moral baseada na autoridade divina só não é um problema quando o que é bom para Deus coincide com o que é bom para nós. Mas isso, como tragicamente sabemos, nem sempre acontece.

Com frequência, o que é bom para Deus é prejudicial para nós. Quando um muçulmano decapita um infiel, talvez Alá dê cambalhotas de alegria no céu, mas, para a espécie humana, isso é uma desgraça.

Imagino que a essa altura um cristão deva estar objetando: "Mas o meu Deus só prega coisas boas, como a caridade, o amor ao próximo, o perdão, a compaixão etc." Bem, isso não é totalmente verdadeiro, como provam as passagens bíblicas que sustentam o discurso de ódio contra os homossexuais pregados nas igrejas.

Mas, mesmo que fosse verdadeiro, ainda haveria uma armadilha: a moral ficaria condicionada às flutuações imprevisíveis do humor divino. Se amanhã Deus acordar com o pé esquerdo e ordenar aos cristãos que exterminem toda a humanidade, com exceção deles próprios, quem pode nos garantir que eles não fariam isso?

Se Abraão, para agradar a Deus, estava disposto a imolar o próprio filho, por que eles não nos matariam, a nós ateus? No fundo, nenhum cristão pode se considerar imune à possibilidade de vir a fazer uma coisa dessas; para isso, bastaria que Deus lhe desse uma ordem.

Alguns autores sustentam que a palavra religião vem do verbo latim religare, que quer dizer religar-se – no caso, religar-se com o divino. Este é um conceito importante, nem tanto pelo que diz, mas pelo que deixa de dizer.

Religar-se com o divino tem como inevitável contraparte o desligar-se da humanidade, o perder o laço que nos une aos nossos iguais. A crença em Deus destrói o vínculo fraterno que deveria haver entre nós e, como resultado, nos converte numa raça de suicidas.

De exemplos desse esquecimento da nossa identidade a história nos dá um registro abundante, que nunca para de ser atualizado. Uma boa parte dos nossos males atuais deriva do fato de que os deuses continuam pedindo a cabeça dos Isaques, mas, para a nossa infelicidade, não intervêm no final para dizer: “Era só uma brincadeira”.

Estamos cercados de fanáticos que acreditam ter mandamento divino para discriminar, perseguir e matar todos aqueles a quem o seu deus qualifica de infiéis.

Rodrigo César Dias


 

quarta-feira, novembro 01, 2023

Como as religiões controlam a mente dos adeptos.



Como as religiões controlam a mente dos adeptos - Nos últimos trinta anos a expressão 'lavagem ao cérebro' tem-se tornado muito comum.

Em 1961 Robert J. Lifton escreveu o livro Thought Reform and the Psychology of Totalism (Reforma do Pensamento e a Psicologia do Totalitarismo), depois de ter estudado os efeitos do controlo da mente de prisioneiros de guerra americanos na China comunista. 

Lifton enumera oito aspectos principais que podem ser usados para determinar se um certo grupo é uma religião destrutiva.

Todas as religiões autoritárias deviam ser submetidas a este teste para determinarmos exatamente quão destrutiva é a influência que elas têm sobre os seus adeptos. Que cada um julgue por si mesmo.

1. Controlo do Meio

As religiões usam várias técnicas para controlar o meio das pessoas que recrutam, mas usam quase sempre uma forma de isolamento.

Os adeptos podem ser fisicamente separados da sociedade ou podes-lhes ordenar, sob pena de punição, que se mantenham afastados dos meios de comunicação social, especialmente se estes os levarem a pensar criticamente.

Todos os livros, filmes ou testemunhos de ex-membros do grupo (ou de qualquer outra pessoa que critique o grupo) têm de ser evitados.

A organização 'mãe' arquiva cuidadosamente informações acerca de cada recruta.

Todos são vigiados, para que não se afastem nem se adiantem em relação às posições da organização. Isto permite que a organização pareça omnisciente aos adeptos, pois sabe tudo sobre todos.

2. Manipulação Mística

Nas movimentações religiosas, Deus está sempre presente nas atividades da organização. Se uma pessoa sai da organização, quaisquer acidentes ou outros infortúnios que lhes aconteçam são interpretados como uma punição de Deus.

A religião diz que os anjos estão sempre a velar pelos fiéis e circulam histórias em como Deus está realmente a fazer coisas maravilhosas entre eles, porque eles são "a verdade". Desta forma, a organização reveste-se de uma certa "mística" que atrai o novo adepto.

3. Exigência de Pureza

O mundo é descrito a preto-e-branco, não há necessidade de se fazerem decisões baseadas numa consciência treinada.

A conduta da pessoa é modelada de acordo com a ideologia do grupo, conforme esta é ensinada na sua literatura.

Pessoas e organizações são descritas como boas ou más, dependendo do seu relacionamento com a religião.

Usam-se sentimento de culpa e vergonha para controlar indivíduos, mesmo depois de eles saírem da organização.

Eles têm grande dificuldade em compreender as complexidades da moral humana, pois polarizam tudo em bem e mal e adaptam uma posição simplista.

Tudo aquilo que é classificado como mal tem de ser evitado e a pureza só pode ser atingida se o adepto se envolver profundamente na ideologia da seita.

4. O Culto da Confissão

Pecados sérios (segundo os critérios da organização) têm de ser confessados imediatamente.

Os membros da organização que forem apanhados a fazer alguma coisa contrária às regras têm de ser denunciados imediatamente.

Existe muitas vezes uma tendência para ter prazer na degradação de si mesmo através da confissão.

Isto acontece quando todos têm de confessar regularmente os seus pecados na presença de outros, criando assim uma certa unidade dentro do grupo.

Isto também permite que os líderes exerçam a sua autoridade sobre os mais fracos, usando os "pecados" deles como um chicote para controlá-los.

5. A "Ciência Sagrada"

A ideologia da organização torna-se moral definitiva para estruturar a existência humana.

A ideologia é demasiada "sagrada" para se duvidar dela e requer-se que o adepto tenha reverência pelos líderes.

A religião alega que a sua ideologia tem uma lógica infalível, fazendo parecer que é a verdade absoluta, sem contradições. Um sistema assim é atrativo e oferece segurança.

6. Linguagem Elaborada

Lifton explica que as seitas usam de forma abundante "clichês para acabar com o pensamento," expressões ou palavras que são forjadas para acabar a conversa ou a controvérsia.

Todos conhecemos os clichês "capitalista" e "imperialista," usados por manifestantes antiguerra nos anos sessenta. Estes clichês memorizam-se facilmente e têm efeito imediato.

Chamam-se a "linguagem do não-pensamento,", pois terminam a discussão, dispensando quaisquer considerações adicionais.

Entre as Testemunhas de Jeová, por exemplo, expressões como "a verdade," "a sociedade," "a organização," "o novo sistema," "a nova ordem," "os apóstatas" e "as pessoas do mundo" contêm em si mesmos um julgamento dos outros, não é necessário pensar mais neles.

7. Doutrina Acima das Pessoas

A experiência humana é subordinada à doutrina, independentemente de quão profunda ou contraditória tal experiência seja. A história da religião é alterada para se ajustar à lógica doutrinal.

O indivíduo só tem valor na medida em que se conforma aos modelos pré-estabelecidos pela organização. As percepções do senso comum são desconsideradas, se forem hostis à ideologia da organização.

8. Dispensados da Existência

A seita decide quem tem o "direito" de existir e quem não tem. Eles decidem quem morrerá na batalha final do bem contra o mal.

Os líderes é que decidem quais são os livros de história exatos e quais são os tendenciosos. As famílias podem ser destruídas e os estranhos podem ser enganados, pois não merecem existir!

Raciocinar não dói. Randall Watters