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quarta-feira, fevereiro 28, 2024

Roque José Florêncio - O Escravo Reprodutor viveu 130 anos e teve 200 filhos.


Conheça a história do escravo que viveu 130 anos e teve 200 filhos. Roque José Florêncio, escravo de um proprietário de terras dos arredores de São Carlos, no interior de São Paulo, teria nascido na primeira metade do século XIX e morrido, de acordo com sua certidão de óbito, em 1958.

Declarado "escravo reprodutor" por seu porte físico, visto como ideal para gerar crianças adequadas aos trabalhos forçados, seria pai de 200 crianças e antecessor direto de 30% da população do vilarejo rural de Santa Eudóxia.

A história é relatada por uma de suas netas, Maria Madalena Florêncio Florentino, em entrevista ao G1.

Florêncio, cujas mãos longas e finas lhe renderam a alcunha de Pata-Seca, foi comprado pelo latifundiário Francisco da Cunha Bueno em uma feira na então vila de Sorocaba.

Pata-Seca não trabalhava na lavoura, nem vivia na senzala. Tinha boas relações com seu proprietário e era responsável por percorrer todos os dias, a cavalo, os 35 quilômetros que separam o vilarejo rural da cidade de São Carlos para buscar a correspondência, além de cuidar dos demais animais de transporte da fazenda.

Na época, porém, corria o mito de que homens altos de canelas finas seriam mais propensos a gerar filhos também homens, uma superstição lucrativa nos longos e cruéis anos da escravidão no Brasil. 

Com 2,18 metros de altura, Florêncio foi designado “escravo reprodutor”, e era obrigado a visitar a senzala regularmente para ter relações com as mulheres.

Estima-se que 30% da população do distrito de Santa Eudóxia, hoje, seja descendente de Pata-Seca, que teria cerca de 200 filhos não registrados.

Foi no serviço de mensageiro que conheceu Palmira, moça da cidade que pediu em casamento, colocou na garupa do animal e levou para o sítio.

Os recém-casados ganharam do dono da fazenda 20 alqueires de terra, em que construíram uma casa e tiveram nove filhos.

Sem dinheiro para cercar o terreno, perderam parte dele para os vizinhos. No espaço restante, Florêncio criou galinhas e vendeu os ovos, plantou mandioca e abobrinha e produziu utensílio doméstico que vendia nas redondezas até sua morte, em 1958.

Fonte: Revista Galileu

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