O Estreito de Gibraltar é um canal natural que conecta
o mar Mediterrâneo ao oceano Atlântico, situando-se entre o extremo sul da
Espanha e o Marrocos, no noroeste da África.
Esta passagem estratégica desempenha um papel
fundamental tanto na geopolítica quanto na ecologia marinha, sendo um dos
pontos mais movimentados do tráfego marítimo mundial.
Com uma extensão de 58 quilômetros, o estreito se
estreita em sua parte mais angosta, alcançando apenas 13 quilômetros de largura
entre a Ponta Marroquina, na Espanha, e a Ponta Cires, no Marrocos.
Suas dimensões variam ao longo de sua extensão, sendo
que o extremo oeste tem aproximadamente 43 quilômetros de largura, entre os
cabos de Trafalgar, ao norte, e Espartel, ao sul.
No extremo leste, a largura se reduz para 23
quilômetros, situando-se entre as chamadas Colunas de Hércules, que
correspondem ao rochedo de Gibraltar, ao norte, e um dos dois picos ao sul: o
Monte Hacho, que pertence à Espanha e está localizado próximo à cidade autônoma
de Ceuta, ou o Monte Muça, em território marroquino.
O Estreito de Gibraltar também é uma importante feição
geológica, sendo parte de uma grande fossa tectônica. Sua profundidade média é
de 365 metros, inserida no contexto do arco formado pela cordilheira do Atlas,
no norte da África, e pelo alto planalto da Espanha.
Essa profundidade e a interação entre as massas de
água do Atlântico e do Mediterrâneo criam correntes marinhas complexas,
influenciando a biodiversidade da região.
Histórica e culturalmente, o Estreito de Gibraltar tem
sido um ponto de interação entre civilizações ao longo dos séculos. Ele serviu
como rota para fenícios, romanos, árabes e europeus, desempenhando um papel
crucial na expansão comercial e na disseminação de culturas entre a Europa e a
África.
Hoje, além de ser uma via essencial para o comércio
global, a região também enfrenta desafios relacionados à imigração, segurança e
preservação ambiental.
Dessa forma, o Estreito de Gibraltar permanece como um
dos locais mais significativos do mundo, tanto em termos geográficos quanto
históricos, conectando continentes, culturas e ecossistemas de maneira única.
0 Comentários:
Postar um comentário