Gavrilo
Princip nasceu em Obljai, Bosnia e Herzegovina no dia 25 de julho de 1894. Foi
um militante e estudante sérvio-bósnio que foi responsável pelo assassinato do
arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do Império Austro-Hungaro, e sua
esposa Sofia Duquesa de Hohenberg, em Sarajevo, em 28 de junho de 1914.
Princip nasceu no oeste da Bósnia em uma família
sérvia pobre. Aos 13 anos de idade ele foi mandado para Sarajevo, a
capital da Bósnia ocupada pela Áustria, para estudar. Foi na escola que ele
começou a engajar com movimentos políticos.
Em
1911, Gavrilo se juntou ao grupo Jovem Bósnia, uma sociedade local secreta com
o objetivo de libertar a Bósnia do domínio austríaco e alcançar a unificação do
eslavos do sul. Depois de participar de manifestações anti-austríacas em
Sarajevo, ele foi expulso da escola e viajou até Belgrado, na Sérvia, para
continuar seus estudos.
Durante
a Primeira Guerra Balcânica, Princip viajou para o sul da Sérvia para se
alistar no exército irregular para lutar contra o Império Otomano, mas foi
rejeitado por ser muito pequeno e fraco.
Em 1913, após o sucesso inesperado dos sérvios na
guerra contra os otomanos, o governador militar austríaco na Bósnia declarou um
estado de emergência, dissolvendo o parlamento, impondo a lei marcial e
banindo todas as sociedades públicas, culturais e educacionais sérvias.
Inspirado
por uma série de tentativas de assassinato contra oficiais imperiais por nacionalistas
e anarquistas eslavos, Princip convenceu dois outros jovens bósnios para se
juntar a ele no planejamento para matar o herdeiro da Dinastia de Habsburgo durante
sua anunciada visita a Sarajevo.
A Mão
Negra, uma sociedade secreta sérvia com laços com a inteligência militar da
Sérvia, forneceu armas e treinamento aos conspiradores antes de facilitar sua
reentrada na Bósnia.
No domingo de 28 de junho de 1914, durante a visita do
casal real Francisco Ferdinando e Sofia Chotek a Sarajevo, o jovem Princip
feriu mortalmente o arquiduque austríaco e sua esposa com sua pistola FN Model
1910, disparando contra o veículo do casal, que havia, inesperadamente, parado
na sua frente a 1,5 metros de distância.
O casal
faleceu no mesmo dia. Princip foi preso imediatamente e foi julgado ao lado de
vinte e quatro outros indivíduos, todos bósnios e, portanto, súditos
austro-húngaros. No julgamento, Gavrilo Princip afirmou: "Eu sou um
nacionalista iugoslavo, visando a unificação de todos os iugoslavos, e não me
importo com qual forma de estado, mas deve ser livre da Áustria."
Princip
foi poupado da pena de morte devido a sua idade (19 anos) e foi
sentenciado a apenas vinte anos de prisão. Ele foi aprisionado na Fortaleza de
Terezin. O próprio governo sérvio não instigou o assassinato, mas o governo e o
exército austro-húngaro utilizaram a morte do arquiduque como pretexto
para lançar um ataque preventivo contra a Sérvia, começando a Primeira
Guerra Mundial.
Princip faleceu em 28 de abril de 1918 de tuberculose agravada
pelas más condições prisionais que já haviam causado a perda de seu braço
direito.
O legado deixado por Princip é um
tema controverso e comunidades da Bósnia e da Sérvia continuam
incapazes de concordar como tanto o evento de Sarajevo quanto Princip devem ser
lembrados.
0 Comentários:
Postar um comentário