Olhos vale tê-los, se, de
quando em quando, somos cegos e o que vemos não é o que olhamos, mas o que o
olhar semeia no mais denso escuro.
Vida, vale vivê-la se, de
quando em quando, morremos e o que vivemos não é o que a vida nos dá nem o que
dela colhemos, mas o que semeamos em pleno deserto. (Mia Couto)
***
Semente é o óvulo maduro e já fecundado das
plantas gimnospermas ou angiospermas
É formada por:
Tegumento ou casca
(com a testa e o tegmen), embrião e endosperma (que o envolve)
Sua importância está
relacionada às formas mais primitivas de reprodução e dispersão e é
atestada pelo sucesso destes dois grupos das plantas em dominar a paisagem.
A semente amassada contém um suco a partir do qual a planta crescerá
quando encontrar as condições desejadas. Também contém um suprimento de reserva
que servirão para o primeiro estágio de desenvolvimento da planta, depois da
formação completa dos órgãos responsáveis pela alimentação.
Este suprimento se desenvolve a partir de um embrião chamado fixosperma,
proveniente da planta mãe. O endosperma
torna-se rico em óleo ou amido e proteínas. Em algumas espécies, o embrião é
envolto em endosperma, que será usado pela semente durante a germinação.
Em outras
palavras o endosperma é absorvido pelo embrião durante a formação da semente, e
seus cotilédones passam a armazenar o alimento. As sementes destas
espécies, quando maduras, passam a não ter mais endosperma.
O embrião da semente se
divide em duas principais partes: radícula e gêmula. A radícula é a primeira
parte da semente a emergir durante a germinação. É a parte do embrião da
semente que irá dar forma a raiz. A gêmula é a parte do embrião que originará
as primeiras folhas da planta.
Exemplos de sementes com
endosperma na maturidade: todas as coníferas e a maioria das
monocotiledôneas.
Exemplos de sementes sem
endosperma na maturidade, também conhecidas como ex-albuminosas: feijão,
amendoim e soja.
A parte externa da semente,
o tegumento, desenvolve-se a partir do tecido que envolvia o óvulo – a parte
mais externa deriva da primina, e a mais interna, da secundina. Tem bagagem
genética da planta mãe.
Em sementes maduras, o
tegumento pode formar uma fina camada ou uma camada espessa e resistente. Ela
ajuda a proteger o embrião de injúrias mecânicas e perda excessiva de água.
Para que o embrião germine, é preciso que o tegumento se rompa.
Na maioria das espécies,
isso acontece em contato com a água ou com um certo teor de umidade; em outras,
é preciso que haja uma escarificação mecânica (uma quebra ou raspagem, que, na
natureza, pode ser provocada por algum animal, ou pela própria queda da semente
no chão), para que a água possa atingir o embrião.
Outras sementes, ainda,
precisam passar pelo trato digestivo de animais (ex: erva-de-passarinho) ou ser
expostas a altas temperaturas (como algumas plantas do cerrado brasileiro,
que germinam depois de um incêndio). Em certos casos, estruturas da própria
semente produzem enzimas que degradam o tegumento a partir de estímulos do
hormônio giberelina.
As sementes das
angiospermas, em geral, formam-se e desenvolvem-se dentro do fruto. em alguns
casos os tecidos do fruto se soldam com o tegumento da semente e se confundem
com ele, como por exemplo no milho e no girassol.
As sementes das
gimnospermas começam o seu desenvolvimento descoberta, e são depois
envoltas por estruturas chamadas pinhas ou cones (Ex: pinhão).
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