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segunda-feira, novembro 21, 2022

Sementes

Olhos vale tê-los, se, de quando em quando, somos cegos e o que vemos não é o que olhamos, mas o que o olhar semeia no mais denso escuro.

Vida, vale vivê-la se, de quando em quando, morremos e o que vivemos não é o que a vida nos dá nem o que dela colhemos, mas o que semeamos em pleno deserto. (Mia Couto)

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Semente é o óvulo maduro e já fecundado das plantas gimnospermas ou angiospermas

É formada por:

Tegumento ou casca (com a testa e o tegmen), embrião e endosperma (que o envolve)

Sua importância está relacionada às formas mais primitivas de reprodução e dispersão e é atestada pelo sucesso destes dois grupos das plantas em dominar a paisagem.

A semente amassada contém um suco a partir do qual a planta crescerá quando encontrar as condições desejadas. Também contém um suprimento de reserva que servirão para o primeiro estágio de desenvolvimento da planta, depois da formação completa dos órgãos responsáveis pela alimentação.

Este suprimento se desenvolve a partir de um embrião chamado fixosperma, proveniente da planta mãe. O endosperma torna-se rico em óleo ou amido e proteínas. Em algumas espécies, o embrião é envolto em endosperma, que será usado pela semente durante a germinação.

Em outras palavras o endosperma é absorvido pelo embrião durante a formação da semente, e seus cotilédones passam a armazenar o alimento. As sementes destas espécies, quando maduras, passam a não ter mais endosperma.

O embrião da semente se divide em duas principais partes: radícula e gêmula. A radícula é a primeira parte da semente a emergir durante a germinação. É a parte do embrião da semente que irá dar forma a raiz. A gêmula é a parte do embrião que originará as primeiras folhas da planta.

Exemplos de sementes com endosperma na maturidade: todas as coníferas e a maioria das monocotiledôneas.

Exemplos de sementes sem endosperma na maturidade, também conhecidas como ex-albuminosas: feijão, amendoim e soja.

A parte externa da semente, o tegumento, desenvolve-se a partir do tecido que envolvia o óvulo – a parte mais externa deriva da primina, e a mais interna, da secundina. Tem bagagem genética da planta mãe.

Em sementes maduras, o tegumento pode formar uma fina camada ou uma camada espessa e resistente. Ela ajuda a proteger o embrião de injúrias mecânicas e perda excessiva de água. Para que o embrião germine, é preciso que o tegumento se rompa.

Na maioria das espécies, isso acontece em contato com a água ou com um certo teor de umidade; em outras, é preciso que haja uma escarificação mecânica (uma quebra ou raspagem, que, na natureza, pode ser provocada por algum animal, ou pela própria queda da semente no chão), para que a água possa atingir o embrião.

Outras sementes, ainda, precisam passar pelo trato digestivo de animais (ex: erva-de-passarinho) ou ser expostas a altas temperaturas (como algumas plantas do cerrado brasileiro, que germinam depois de um incêndio). Em certos casos, estruturas da própria semente produzem enzimas que degradam o tegumento a partir de estímulos do hormônio giberelina.

As sementes das angiospermas, em geral, formam-se e desenvolvem-se dentro do fruto. em alguns casos os tecidos do fruto se soldam com o tegumento da semente e se confundem com ele, como por exemplo no milho e no girassol.

As sementes das gimnospermas começam o seu desenvolvimento descoberta, e são depois envoltas por estruturas chamadas pinhas ou cones (Ex: pinhão).



 

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