Para mim, é muito melhor compreender o Universo como ele realmente é do que persistir no engano, por mais satisfatório e tranquilizador que possa ser. A ciência prospera com seus erros, eliminando-os um a um. Conclusões falsas são tiradas todo o tempo, mas elas constituem tentativas.
A ciência é mais do que um corpo de conhecimento, é um modo de pensar. A ciência nos convida a acolher os fatos, mesmo quando eles não se ajustam às nossas preconcepções. A ciência está longe de ser um instrumento perfeito de conhecimento. É apenas o melhor que temos. Carl Sagan – Do Livro O Mundo assombrado pelos demônios
Carl Sagan - Livre pensamento cético
Carl Sagan é considerado um livre pensador e cético. Uma de suas frases mais famosas, da série Cosmos, é: Afirmações extraordinárias requerem evidências extraordinárias.
Esta frase é baseada em outra quase idêntica de seu colega Marcelo Truzzi, fundador do Comitê para a Investigação Cética: Uma afirmação extraordinária requer uma prova extraordinária. Esta ideia teve sua origem com Pierre Simon Laplace (1749 - 1827), matemático e astrônomo francês, que disse: O peso de uma evidência de uma afirmação extraordinária deve ser proporcional à sua raridade.
Durante toda sua vida, os livros de Sagan desenvolveram-se sobre a sua visão cética do mundo natural. O Mundo Assombrado pelos Demônios: A Ciência Vista Como Uma Vela no Escuro, Sagan demonstrou ferramentas para testar argumentos e detectar falácias ou fraudes, essencialmente, defendendo o uso extensivo do pensamento crítico e do método cientifico.
A compilação de Bilhões e Bilhões, publicada em 1997, após a morte de Sagan, contém ensaios, como sua opinião sobre o aborto e o relato de sua viúva, Ann Druyan, sobre a morte com um olhar cético, independente e livre pensador.
Sagan advertiu contra a tendência humana para o antropocentrismo. Ele foi orientador dos estudantes da Universidade Cornell para o tratamento ético dos animais. No capítulo "Blues por um Planeta Vermelho", do livro Cosmos, Sagan escreveu:
“Se existe vida em Marte, acho que não devíamos fazer nada ao planeta. Marte pertence, nesse caso, aos marcianos, mesmo se os marcianos forem apenas micróbios.”
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