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sábado, dezembro 20, 2025

Amar você!

 


Amar você é algo que não consigo explicar plenamente. É como a magia das ondas do mar - imprevisível e hipnótica, eterna em seu movimento contínuo. As águas avançam e recuam, quebram na praia em espumas que parecem encantadas, e a cada instante se renovam, sem jamais serem as mesmas.

Assim é esse sentimento: vivo, mutável, impossível de conter em palavras definitivas. Amar você é gostar, é querer, é também sofrer. É amar porque esse é o sentimento mais profundo e verdadeiro que um ser humano pode experimentar, capaz de tocar a alma e transformá-la por inteiro.

É querer porque o amor não se acomoda; ele luta, insiste, protege e se reconstrói todos os dias para preservar aquilo que o coração escolheu como essencial.

E é sofrer porque, paradoxalmente, o sofrimento dignifica o amor verdadeiro. Não como punição, mas como aprendizado. É no meio da dor que crescemos, que amadurecemos, que compreendemos a profundidade do que sentimos.

O amor que nunca enfrenta o risco, a perda ou o medo permanece raso; o amor que atravessa a dor se torna mais consciente, mais humano e mais forte.

Amar você é desejar estar sempre ao seu lado, compartilhar cada onda de alegria, cada momento de calmaria e também cada tempestade que a vida insiste em lançar. É aceitar que nem todos os dias serão serenos, mas que ainda assim vale a pena permanecer, remar junto, resistir.

Estar sem você é como uma noite fria e sombria em mar aberto. A escuridão parece infinita, o horizonte desaparece, e o coração se vê envolto por uma angústia silenciosa, um vazio que ecoa por dentro. Resta apenas a luz distante de uma lua melancólica, bela, mas insuficiente para aquecer.

Mas quando você aparece, tudo muda. É como o sol surgindo no horizonte ao amanhecer, dissipando as sombras da noite, aquecendo o coração que estava gelado e devolvendo cor, sentido e esperança ao mundo.

A presença traz vida, clareza e um recomeço silencioso, como se o dia dissesse: ainda vale a pena. Assim como o mar, o amor não é feito apenas de calmaria. Ele carrega marés altas e baixas, ventos contrários e tempestades que testam a resistência de quem ama.

Mas também oferece auroras que lembram, com suavidade, que depois da noite mais longa sempre existe a possibilidade da luz. É nessa dança constante entre dor e êxtase que o amor se revela em sua forma mais verdadeira - não como algo perfeito ou idealizado, mas como algo real, imperfeito, transformador e indispensável.

Amar você é aceitar essa travessia, com todos os riscos e encantos que ela carrega. Amar você é navegar por esse oceano imenso com coragem, sabendo que, mesmo nas noites mais frias e incertas, o sol sempre retorna. 

E quando retorna, ilumina o caminho de volta - não apenas aos seus braços, mas ao sentido mais profundo de continuar sentindo, apesar de tudo.

Francisco Silva Sousa - Foto: Pixabay.

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