Dona de mim era a outra, a que me
entranhava a estranha larva no meu ventre.
Dona de mim era a bárbara, a
forasteira, aquela primeira entre tantas que me desnudaram.
Dona de mim era a outra a que
uivava silêncios à lua a que não se sabia crua, cria das estrelas.
Dona de mim era tua pura mão e
tua haste vermelha, a ruga, a olheira a castidade dos teus olhos no meu dorso
flor-de-laranjeira."
Poema de Lazara Papandrea - Fotografia de Ario Stories
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