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sexta-feira, fevereiro 02, 2024

Revolta de Nica ou Nice


 

Revolta de Nica ou Nice aconteceu no ano de 532 no Hipódromo de Constantinopla, durando cerca de uma semana até que fosse contida pelo Imperador Justiniano I. Eclodiu porque houve uma dúvida sobre qual dos cavalos vencera a corrida. 

Nice era o cavalo pelo qual a população torcia, e chegara quase empatado com outro concorrente, o da equipe do Imperador. Consultado para resolver o dilema, Justiniano declarou que o vencedor era o seu cavalo.

A plebe, enfurecida, rebelou-se e começou uma discussão entre as várias classes sociais. A revolta, de fato, não se deu simplesmente por causa do resultado de uma corrida de cavalos, mas sim por uma série de motivos que já estavam acontecendo há muitos anos e incomodavam a população.

A fome, a falta de moradia e, sobretudo, os altos impostos eram os maiores motivos de revolta. Em Constantinopla existiam organizações desportivas rivais, que defendiam suas cores no hipódromo, onde a rivalidade desportiva refletia divergências sociais, políticas e religiosas.

Eram os Verdes, os Azuis, os Brancos e os Vermelhos. Esses grupos haviam-se transformado em "partidos políticos". Os Azuis reuniam representantes dos grandes proprietários rurais e da ortodoxia da igreja Romana.

Já os Verdes, em matéria política, eram partidários da democracia pura ou anárquica, e incluíam em suas fileiras altos funcionários nativos das províncias orientais, comerciantes, artesãos e adeptos da doutrina monofisita (que queria ver em Jesus Cristo apenas a natureza divina), condenada pelo Concílio de Calcedônia.

Até então os imperadores tinham tentado enfraquecer um grupo, apoiando o outro. Justiniano recusou essa solução, provocando a união dos Verdes e Azuis, que se rebelaram. A rebelião se propagou rapidamente por toda a capital e ganhou grandes proporções.

A população queria uma diminuição dos altos impostos cobrados. Aos gritos de nica! (quer dizer "Vitória"), os rebeldes massacraram a guarda real e dominaram quase toda a cidade, proclamando um novo imperador. Como descreve Auguste Bailly, a população atacou os edifícios que por sua majestade ou riqueza lhe pareciam simbolizar a ordem social que queria abater.

Assim foi incendiada quase totalmente a Igreja de Santa Sofia, e o Palácio Imperial sofreu grandes devastações. Diante da gravidade da situação, Justiniano ameaçou deixar o trono, mas foi aconselhado por sua mulher Teodora, a qual disse:

“Ainda mesmo que a fuga seja a única salvação, não fugirei, pois aqueles que usam a coroa não devem sobreviver à sua perda. Se quiseres fugir, César, foges. Tens dinheiro, teus navios estão prontos e o mar aberto. Eu, porém, ficarei. Gosto desta velha máxima: a púrpura é uma bela mortalha.”

 

Diante disso, Justiniano decidiu reagir e encarregou o general Belisário de cercar o hipódromo e aniquilar os revoltosos. A revolta foi rapidamente reprimida pelo general que, ao lado de seu exército, degolou cerca de trinta mil pessoas. Com a oposição controlada, Justiniano pôde, a partir de então, reinar como um autocrata.


Mapa do palácio do hipódromo de Constantinopla, onde ocorreu a revolta

O Levante do Gueto de Varsóvia


 

O Levante do Gueto de Varsóvia foi um ato de resistência no Gueto de Varsóvia, na Polônia em 1943, contra ocupação nazi alemã. Nesse período já se tinham dado os transportes da maioria dos habitantes do gueto.

Cerca de 300 mil das 380 mil pessoas no gueto tinham sido levadas para o campo de extermínio de Treblinka onde foram assassinadas imediatamente após a sua chegada, no final do verão de 1942.

Os restantes dos habitantes do gueto sabiam agora o que os esperava e muitos deles preferiam morrer lutando, em vez de morrer numa câmara de gás. A revolta foi esmagada pelo Grupperfuhrer da SS Jurgen Stoop (então apenas Brigadefuhrer).

Antecedentes

Na Alemanha, o nazismo chega ao poder. Adolf Hitler possuía a ambição de retomar os territórios perdidos durante a Primeira Guerra Mundial. De tal forma, em 1º de setembro de 1939, o Führer ordenou a invasão à Polônia.

Em pouco tempo, no dia 27 de setembro, a cidade de Varsóvia foi tomada. O Exército Vermelho (União Soviética) aproveitou para invadir na porção ocidental do território beligerante, conforme previsto no Pacto Molotov-Ribbentrop.

Após o fato, vários países declararam guerra à Alemanha nazista, incluindo a França e Reino Unido. Logo, os nazistas (antissemitas) perseguiriam os judeus, formando vários guetos - um deles era o Gueto de Varsóvia.

Inicio

Entre julho e setembro de 1942, levas de deportações removeram mais de 300 mil judeus para o campo de concentração de Treblinka - local do assassinato de judeus. Reduzido a 60 mil pessoas - em sua maioria homens e mulheres ainda saudáveis, já que idosos e crianças foram enviados para a morte em Treblinka e a fome ceifou os restantes -, preferiram organizar uma resistência do que morrer em Treblinka.

Formada a Organização da Luta Judaica (Zydowska Organizacja Bojowa, cuja sigla é ZOB) e a União Militar Judaica (Żydowski Związek Wojskowy, cuja sigla é ZZW), trataram de formar uma resistência. O primeiro conflito ocorreu em 18 de janeiro de 1943, quando vários batalhões da SS marcharam rumo ao gueto, mas foram atacados, sendo obrigados retirada. 

Os combatentes judeus tiveram algum sucesso: os transportes pararam após 4 dias e as duas organizações de resistência, a ZOB e ZZW tomaram o controle do gueto, montando vários postos de combate e operando contra colaboradores judeus.

Durante os três meses seguintes, todos os habitantes do gueto prepararam-se para aquilo que eles pensavam poder ser a luta final. Foram cavados túneis por baixo das casas, a maioria ligadas pelo sistema de esgotos e de abastecimento de água, dando acesso a zonas mais seguras de Varsóvia.



O apoio de setores fora do gueto foi limitado, mas unidades polacas da Armia Kraiowa (AK) e Gwardia Ludowa (GL) atacaram esporadicamente unidades alemãs em sentinela perto das muralhas do gueto.

Uma unidade polaca da AK, especificamente a KB sob o comando de Henryk Iwański, chegou mesmo a lutar dentro do Gueto, juntamente com ŻZW. A AK tentou por duas vezes explodir a muralha do gueto, mas sem muito sucesso.

Em 21 de janeiro de 1943, realizaram a primeira ação na Rua Niska. Liderados por Mordechai Anielewicz, formaram uma trincheira e empreenderam um ataque a soldados nazistas. Doze soldados alemães morreram. A ZOB também se revoltou contra a Polícia Judaica, formada por membros da própria comunidade e controlado pelos nazistas.

A resistência não era capaz de libertar o gueto ou destruir o aparelho nazista local. A ZOB possuía o objetivo de uma morte digna, que não fosse aquela reservada em Treblinka, num misto de orgulho e esperança. Heinrich Himmler ordenou ao general Jungen Stoop que extinguisse o Gueto de Varsóvia até, no máximo, em meados de fevereiro.

Esmagamento da revolta

A batalha final começou na noite da páscoa judaica, no domingo 19 de abril de 1943. 3 mil homens nazistas confrontaram a resistência de 1,5 mil moradores. Os partisans judaicos dispararam e atiraram granadas contra patrulhas alemãs a partir de becos, esgotos, janelas.

Os nazis responderam detonando as casas bloco por bloco e cercando e matando todos os judeus que podiam capturar. De acordo com relatos, verificava-se cheiro de cadáveres nas ruas, das bombas incendiárias e mulheres saltando dos andares superiores dos prédios com crianças nos braços.

Em 8 de maio, os rebeldes foram cercados. Alguns deles, preferiram o suicídio do que ser levado a campos de extermínio. Às 20 horas e 15 minutos do dia 16 de maio, finalmente considerou-se o fim do levante com a destruição da sinagoga do gueto, então em ruínas.

Após as revoltas, o gueto tornou-se o local onde os prisioneiros e reféns polacos eram executados pelos alemães. Mais tarde, foi criado um campo de concentração na área do gueto. Chamava-se KL Warschau. Durante a revolta de Varsóvia que se seguiu, a unidade AK polaca "Zoska" conseguiu salvar 380 judeus do campo de concentração e a maioria deles juntou-se à AK.

Por vezes é feita confusão entre a revolta no gueto de Varsóvia de 1943 com a revolta de Varsóvia de 1944. São eventos separados no tempo e tinham objetivos diferentes.

O primeiro, no gueto, era uma opção desesperada pela morte em combate, por pessoas que sabiam que a morte os esperava num campo de extermínio, com a escolha feita no último momento, quando ainda havia a força para combater.

A segunda revolta foi o resultado de ação coordenada. No entanto, também houve ligações entre os eventos. Alguns dos combatentes da revolta do gueto tomaram parte nas lutas posteriores. A brutalidade das forças nazis foi semelhante nos dois casos. Alguns dos líderes da revolta de Varsóvia tomaram inspiração nos combates do gueto.


quinta-feira, fevereiro 01, 2024

O Oásis de Huacachina


 

Huacachina é uma vila no sudoeste do Peru, construída em torno de um pequeno oásis cercado por dunas de areia. Está localizada na província de Ica, a cerca de cinco quilômetros da cidade de Ica, no distrito de Ica. 

O oásis está representado na parte de trás da nota de 50 do Nuevo Sol. Huacachina tem uma população permanente de cerca de 100 pessoas, embora hospede muitas dezenas de milhares de turistas a cada ano.

Huacachina foi construída em torno de um pequeno lago natural no deserto. Chamado de "oásis da América", ela serve como um resort para famílias locais da cidade vizinha de Ica e cada vez mais como uma atração para turistas atraídos pelos esportes de sandboard e passeios de bugre em dunas de areia que se estendem várias centenas de metros de altura.

Uma lenda local diz que a lagoa foi criada quando uma bela princesa nativa foi presa durante um banho por um jovem caçador. Ela fugiu, deixando a piscina de água em que ela se banhava tornar-se a lagoa.

As dobras de seu manto, que se contorciam atrás dela enquanto ela corria, tornaram-se as dunas de areia ao redor da lagoa. E a própria mulher viveria no oásis como uma sereia.

Proprietários privados próximos ao oásis instalaram poços, o que reduziu o nível de água no oásis. Para compensar esta perda de água e preservar o oásis como um destino esteticamente agradável para os turistas, a cidade iniciou um processo artificial de bombeamento de água para o oásis.


Hieróglifo ou hieroglifo e Hierático e o significado


 

Hieróglifo ou hieroglifo ("escrita sagrada") é como foram chamados cada um dos caracteres usados como escrita no Egito Antigo. As escritas logográficas que são pictográficas na forma de modo a lembrar o antigo egípcio, são às vezes também chamadas de "hieróglifos".

Hierático (escrita sacerdotal) é a qualidade relativa às coisas sacerdotais, sagradas ou religiosas. Na arte, o hieratismo é estilo que obedece aos parâmetros religiosos do tema sempre com acentuada majestade e rigidez.

Na literatura, diz hierática a escrita de difícil compreensão porque destinada ao leitor iniciado ou da classe sacerdotal.

A escrita hierática no Antigo Egito permitia aos escribas escrever rapidamente, simplificando os hieróglifos quando o faziam em papiros, estando intimamente relacionada com a escrita hieroglífica.

Ao longo de quase quatro milênios, a língua egípcia antiga sofreu algumas variações gramaticais e de vocabulário, mas manteve-se basicamente com a mesma estrutura.

No entanto, sua forma de escrita mudou, tendo tido, em um primeiro momento, apenas a escrita hieroglífica, mas surgido depois uma versão mais rápida chamada de escrita hieroglífica manuscrita e só posteriormente que foi desenvolvida a escrita hierática e, por último, a escrita demófica.

No entanto, uma escrita não substituiu a outra, tendo coexistido ao longo dos séculos, como, por exemplo, na Pedra de Roseta, onde a escrita demótica e hieroglífica na mesma estela permitiu o início da decifração do egípcio antigo.

O egiptólogo Georg Moller caracteriza a escrita hierática como uma simplificação dos hieróglifos utilizada a partir do Império Novo, criada inicialmente para textos não religiosos e somente posteriormente para todos os tipos de textos.

Por isso o termo grego γράμματα ἱερατικά não é considerado adequado por ele, mas dado os séculos de uso dessa terminologia, já não caberia mais mudar o nome da escrita hierática.

Os Hoplitas


 

Hoplita era, na Era Clássica da Grécia antiga, um cidadão-soldado de infantaria pesada. Seu nome provém do grande escudo levado para as batalhas: o hóplon. O hoplita era o principal soldado grego da antiguidade.

Sua armadura era composta de elmo, couraça (peito de armas), escudo e cnêmides. Carregavam uma longa lança ou pique de 2,5 m geralmente, e uma espada curta para combates de curta distância.

Os exércitos de hoplitas lutavam corpo a corpo em densas colunas, formação da falange, com a ponta das lanças de várias fileiras se projetando para fora da formação golpeando na altura do peito.

Apresentavam um formidável bloco de lanças sustentado acima dos ombros. Na batalha, eles avançavam sobre o inimigo como se fossem uma parede de escudos, golpeando com suas lanças sobre os escudos.

Os homens posicionados na parte de trás empurravam os que estavam na frente e golpeavam sobre eles. Essas aterrorizantes batalhas corpo a corpo normalmente eram curtas, mas fatais.

Lutar em curta distância nessa formação requeria treinamento e disciplina que se tornaram um estilo de vida. Antes da ascensão dos hoplitas, a maioria das batalhas envolvendo exércitos consistia em arco e flecha e posicionamento.

O s gregos tornaram a guerra pessoal e intensa e os hoplitas, então os melhores soldados de infantaria do mundo, dominaram os campos de batalha antigos durante séculos até serem suplantados pelos mais flexíveis e funcionais legionários romanos.


quarta-feira, janeiro 31, 2024

O Parque Arqueológico do Solstício


 

O Parque Arqueológico do Solstício, localizado no interior do município de Calçoene, no litoral norte do estado brasileiro do Amapá, é um sítio arqueológico de arte rupeste de interesse histórico e turístico conhecido por abrigar o Observatório Astronômico de Calçoene.

O sítio, já conhecido pela comunidade científica desde os anos 1950 constitui-se de pelo menos 127 rochas dispostas em formato circular, no topo de uma colina. Supõe-se que tenha sido construído como um antigo observatório astronômico pelos antigos povos indígenas que habitavam a região. 

O círculo megalítico tem 30 m de diâmetro, com pedras de granito com até 4 m de comprimento. Assemelha-se a um outro círculo megalítico encontrado na Guiana Francesa, cuja datação indica ter mais de 2 000 anos de idade. 

Provavelmente foi construído há mais de mil anos, e usado por pelo menos 300 anos. O círculo de Calçoene foi apelidado de "Stonehenge do Amapá", numa referência a Stonehenge, na Inglaterra. As escavações no local, executadas por arqueólogos, estão sendo feitas desde 2006.





Baseando-se nas características de fragmentos cerâmicos encontrados nas redondezas do sítio arqueológico, arqueologistas estimam que a idade do mesmo esteja entre 500 e 2 000 anos.

Um dos blocos de pedra do círculo megalítico foi posicionado de maneira que o Sol, durante o solstício de inverno do hemisfério norte, que ocorre em torno do dia 21 de dezembro, fique a pino sobre este, de maneira que sua sombra desapareça. Além disso, o posicionamento desta rocha é tal que a projeção de sombras durante todo o dia é diminuta.

É este alinhamento de um dos blocos de rocha com o solstício de dezembro que levou os arqueologistas a acreditar que o local tenha sido no passado um observatório astronômico, e que ao observar o círculo megalítico de Calçoene está na verdade a contemplar os resquícios de uma cultura avançada.

 

Razões políticas na Reforma Protestante



A Reforma Protestante foi iniciada por Martinho Lutero, embora tenha sido motivada primeiramente por razões religiosas, também foi impulsionada por razões políticas e sociais.

Os conflitos políticos entre autoridades da Igreja Romana e governantes das monarquias europeias, tais governantes desejavam para si o poder espiritual e ideológico da Igreja e do papa, muitas vezes para assegurar o direito divino dos reis;

Práticas como a usura eram condenadas pela ética católica romana; assim, a burguesia capitalista que desejava altos lucros econômicos, sentir-se-ia mais "confortável" se pudesse seguir uma nova ética religiosa, adequada ao espírito capitalista, necessidade que foi atendida pela ética protestante e conceito de Lutero de que o homem é justificado pela fé, sem as obras da lei (Reforma 3:28) (Sola fide).

Algumas causas econômicas para a aceitação da Reforma foram o desejo da nobreza e dos príncipes de se apossar das riquezas da igreja romana e de ver-se livre da tributação papal que, apesar de defender a simplicidade, era a instituição mais rica do mundo. 

Também no Sacro Império, a pequena nobreza estava ameaçada de extinção em vista do colapso da economia senhorial. Muitos desses pequenos nobres desejavam as terras da igreja. Somente com a Reforma, estas classes puderam expropriar as terras.

Durante a Reforma no Sacro Império, as autoridades de várias regiões do Sacro Império Romano-Germânico pressionadas pela população e pelos luteranos, expulsavam e até assassinavam sacerdotes católicos das igrejas, substituindo-os por religiosos com formação luterana.

Lutero era radicalmente contra a revolta camponesa iniciada em 1524 pelos anabatistas liderados por Thomas Munzer, que provocou a Guerra dos Camponeses.

Münzer comandou massas camponesas contra a nobreza imperial, pois propunha uma sociedade sem diferenças entre ricos e pobres e sem propriedade privada. Lutero por sua vez defendia que a existência de "senhores e servos" era vontade divina, motivo pelo qual eles romperam. 

Lutero escreveu posteriormente: "Contras as hordas de camponeses (...), quem puder que bata, mate ou fira, secreta ou abertamente, relembrando que não há nada mais peçonhento, prejudicial e demoníaco que um rebelde".

O Diário de Merer - O Papiro mais antigo já encontrado


 

O Diário de Merer são diários de bordo escritos há mais de 4.500 anos, que registram as atividades diárias dos trabalhadores que participaram na construção da Grande Pirâmide de Gizé.

O texto foi encontrado em 2013 por uma missão francesa, sob a direção de Pierre Tallet, da Universidade de Sorbonne em uma caverna, em Uádi Aljarfe. O texto está escrito em hieróglifo e hierático, em papiro.

Estes papiros são os mais antigos, com texto, já encontrados. O diário de Merer, é do ano 26 do reinado do faraó Quéops.  O texto descreve vários meses de trabalho com o transporte de calcário, de Tora até Gizé. 

Merer foi um oficial médio, com o título de inspetor (sHD). Era responsável por trazer as pedras das pedreiras de Tora para a pirâmide. As pedras eram provavelmente utilizadas no revestimento externo da pirâmide.

A cada dez dias, duas ou três viagens de ida e volta eram concluídas. Cerca de 40 marinheiros trabalhavam sob seu comando. O período abrangido nos papiros se estende de julho a novembro.

Os campos nos diários de bordo estão todos dispostos ao longo da mesma linha. No topo há um cabeçalho nomeando o mês e a estação. Abaixo, há uma linha horizontal listando os dias dos meses.

Abaixo dos campos para os dias, há sempre duas colunas verticais descrevendo o que aconteceu nestes dias (Seção B-II): [Dia 1] O diretor de 6 Idjeru manda para Heliópolis, em um barco de transporte, para nos trazer comida de Heliópolis enquanto a elite está em Tura, Dia 2 O Inspetor Merer passa o dia com sua tropa arrastando pedras em Tora Norte; passando a noite em Tora Norte.

Além de Merer, algumas outras pessoas são mencionadas nos fragmentos. O mais importante é Ancafé, que também é conhecido de outras fontes. Nos papiros ele é chamado de nobre (iry-pat) e supervisor de Raxi-Cufu.

O último lugar ficou o porto de Gizé, por onde as pedras para a construção da pirâmide chegaram. Vários locais são mencionados nos diários de bordo. Tora Norte e Tora Sul são as pedreiras. Raxi-Cufu é o porto de Gizé.

O diário de Merer é a primeira referência histórica que descreve a vida diária das pessoas que trabalharam na construção da grande pirâmide. O arqueólogo egípcio, Zahi Hawass, descreve os textos como "a maior descoberta no Egito, no século 21." O papiro está exposto no Museu Egípcio, no Cairo.

terça-feira, janeiro 30, 2024

A Poena cullei ou “pena de demissão”


 

Poena cullei ou “pena de demissão”, sob a lei romana era um tipo de pena de morte imposta a um sujeito que havia sido considerado culpado de parricídio. 

A punição consistia em ser costurado em um saco de couro, com uma variedade de animais vivos, incluindo um cachorro, uma cobra, um macaco e uma galinha ou galo, e depois ser jogado na água.

A punição pode ter variado muito na sua frequência e forma precisa durante o período romano. Por exemplo, o primeiro caso totalmente documentada data de 100 a.C., embora os estudiosos pensem que a punição pode ter se desenvolvido cerca de um século antes. 

A inclusão de animais vivos no saco só é documentada desde o início do Império e, no início, apenas as cobras eram mencionadas. Na época do imperador Adriano (século II d.C.), estava documentada a forma mais conhecida de castigo, onde eram inseridos no saco um galo, um cachorro, um macaco e uma víbora.

Na época de Adriano, poena cullei foi transformada em forma opcional de punição para parricidas (a alternativa era ser jogado as feras na arena). Durante o século III d.C. até a ascensão do imperador Constantino, poena cullei caiu em desuso; Constantino o reviveu, agora com apenas serpentes para serem acrescentadas ao saco. 

Bem mais de 200 anos depois, o imperador Justiniano reinstituiu a punição com os quatro animais, e poena cullei permaneceu a pena legal para parricidas dentro da lei bizantina pelos 400 anos seguintes, quando foi substituída pela queima viva. 

Poena cullei ganhou uma espécie de renascimento no final da Idade Média e no início da Alemanha moderna, com casos recentes de afogamento em um saco junto com animais vivos sendo documentados na saxônia na primeira metade do século XVIII.

Ritual de execução

O historiador do século XIX Theodor Mommsen compilou e descreveu em detalhes os vários elementos que em um momento ou outro foram afirmados como elementos dentro da execução ritualística de um parricídio durante a Era Roman.

E embora o parágrafo seguinte seja baseado nessa descrição é não deve ser considerado como um ritual estático que sempre foi observado, mas como uma enumeração descritiva de elementos recolhidos de diversas fontes escritas ao longo de vários séculos. 

Mommsen, por exemplo, observa que o macaco dificilmente pode ter sido um elemento antigo no ritual de execução. A pessoa era primeiro chicoteada, ou espancada, com virgis sanguinis ("varas cor de sangue", provavelmente) e sua cabeça era coberta por um saco feito de pele de lobo. 

Em seus pés eram colocados tamancos, ou sapatos de madeira, e então colocado no poena cullei, um saco feito de couro de boi. Colocado junto com ele no saco também havia uma variedade de animais vivos, sendo provavelmente a combinação mais famosa a de uma serpente, um galo, um macaco e um cachorro. 

O saco era colocado numa carroça, e a carroça era conduzida por bois pretos até um riacho corrente ou até o mar. Então, o saco com seus habitantes era jogado na água. Outras variações ocorrem, e algumas das frases em latim foram interpretadas de forma diferente. 

Por exemplo, em seu primeiro trabalho De Inventione, Cicero diz que a boca do criminoso estaria coberta por uma bolsa de couro, em vez de uma pele de lobo. 

Ele também diz que a pessoa era mantida na prisão até que o saco grande fosse preparado, enquanto pelo menos um autor moderno acredita que o saco, culleus, envolvido, era um dos sacos grandes e muito comuns em que os romanos transportavam vinho, de modo que tal um saco estaria prontamente disponível. 

Segundo o mesmo autor, tal saco de vinho tinha um volume de 144,5 galões americanos (547 L). Outro ponto de discórdia diz respeito precisamente como e por que meios o indivíduo era espancado. 


Usina solar


 

Usina solar é uma estrutura capaz de transformar energia elétrica a partir da energia solar. Existem dois tipos principais: usinas fotovoltaicas e heliotérmicas.

Usinas fotovoltaicas geram energia com um conjunto de painéis fotovoltaicas via o chamado efeito fotoelétrico, transformando a radiação solar a corrente direita e usando inversores a corrente alternada.

Por ser uma tecnologia mais madura oferecendo uma economia melhor e a grande maioria das usinas solares aplicam a tecnologia fotovoltaica.

Usinas heliotérmicas por sua vez concentram a radiação solar infravermelho capturado com espelhos e criam um processo térmico de vapor para mover turbinas e gerar energia elétrica.

As duas configurações mais comuns são a calha parabólica e torre central. A configuração de torre central é composta de um conjunto de espelhos móveis espalhados por uma ampla área plana e desimpedida, que apontam todos para um mesmo ponto, situado no alto de uma torre.

Neste ponto, canalizações de água são aquecidas pela incidência da luz solar refletida, produzindo vapor que move uma turbina a vapor e que aciona um gerador de energia elétrica.

A usina solar é uma forma de obtenção de energia ecológica, pois capta a luz do Sol e a transforma em energia, sem causar danos ao meio ambiente, apesar de exigir que o local de sua instalação seja aplainado e liberado de obstáculos.

Geralmente suas instalações se situam em regiões ensolaradas, de pouca nebulosidade. Por vezes se situam em clima seco, onde não existe volume de água suficiente, para manter em funcionamento uma hidrelétrica convencional.

Porém está usina não funciona à noite, e ao nascer do Sol e no poente, sua eficiência cai drasticamente. Sua utilização ainda é apenas relegada a um segundo plano, apenas fornecendo energia elétrica suplementar a redes de distribuição.

O armazenamento de energia elétrica produzida durante o dia em baterias é ainda relativamente pouco eficiente e faz o uso de grande quantidade de baterias e estas possuem vida limitada e devem ser recicladas para evitar a contaminação do meio ambiente.

Uma outra forma de se obter energia eléctrica a partir da luz solar é por meio de painéis recobertos com células fotoelétricas. Porém de pouca eficiência, já que a energia elétrica produzida não chega a valores expressivos.

Existem 3 planos teóricos de captar a energia do Sol diretamente do espaço e enviá-la à Terra através de satélites solares, porém de alto custo e atualmente é economicamente inviável.

O nordeste brasileiro por ser uma região ensolarada, próxima do equador, apresenta condições mais propícias para receber centrais solares. Nessa região, se localizam as maiores usinas solares da América Latina: o Complexo Solar Lapa (158 MW), o Parques Solar Ituverava (254 MW) e o Parque Solar Nova Olinda (292 MW).

Condomínios solares são usinas solares compartilhadas, geralmente fotovoltaicas, compostas de vários lotes solares no sistema de compensação da ANEEL.

A resolução normativa 687/15 da ANEEL regulamenta a geração distribuída de energia elétrica no Brasil e permite a geração compartilhada e a autoprodução remoto via modalidade de condomínio solar. Areia do deserto poderia ser utilizada em instalações de energia solar concentrada para armazenar energia térmica até 1000 °C.

O projeto de pesquisa chamado 'Sandstock' tem procurado desenvolver um sistema receptor e para armazenamento de energia solar alimentado por gravidade, de baixo custo sustentável, e usando partículas de areia como coletores de calor, transferência de calor e meios de armazenamento de energia térmica.

De todos os países europeus, Portugal é o país com mais horas de sol anuais, logo tem excelentes condições para utilizar está energia renovável. Também em Portugal que se localizam as duas maiores usinas/centrais solares do mundo.


O Primeiro Transatlântico do Mundo


 

O Siracusia foi o maior navio construído na Antiguidade e um de iguais dimensões só foi construído no século XIX.

O projeto foi obra de Arquimedes e para sua construção o tirano Hierão II foi quem arcou com as despesas e depois foi de Siracusa (306-215 a.C.) para Arquias de Corinto.

Tinha 55 metros de comprimento, embora algumas fontes falem em 110 metros, e 14 metros de largura, um tamanho colossal que exigiu o trabalho de 300 artesãos e um ano inteiro de trabalho.

Sua capacidade de carga era surpreendente: entre 1.600 e 1.800 toneladas, podendo acomodar até 1.940 passageiros, entre tripulantes e soldados, e cerca de 20 cavalos com seus estábulos.

Tinha ainda 142 cabines para passageiros de primeira classe. Poderia ser chamado de "o primeiro transatlântico da antiguidade".

Possuía ginásio, biblioteca, sala de estar, banhos, sala de leitura em forma de relógio de sol, sala de jantar, um templo dedicado a Afrodite Pontia e cujo chão era em ágata, bem como vários jardins.

O seu luxo era tanto que a sua decoração incluía madeiras nobres, pedras preciosas, mosaicos com a história da Ilíada, estátuas, pinturas e tetos em caixotões. Transcrição JALG