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domingo, dezembro 17, 2023

Quinto Sertório - Um General Romano


 

Quinto Sertório, foi um general e político romano. Tomou o lado de Caio Mário na guerra civil que opôs o partido deste ao de Lúcio Cornélio Sula. Sua família era importante em Nussa, uma cidade dos sabinos. Seu pai morreu cedo, e ele foi criado pela sua mãe viúva, de nome Rhea.

Em 83 a.C. foi enviado como procônsul para a Península Ibérica, onde assumiu o governo tanto da Hispânia Ulterior como da Citerior. Após a vitória de Sula na Itália, este enviou contra Sertório um exército sob o comando de Caio Ânio que o expulsou das suas províncias, forçando-o a levar uma vida de salteador em terras africanas.

Sertório iniciou em 80 a.C. uma campanha na Península Ibérica para recuperar as suas províncias, após os lusitanos lhe terem prometido o seu apoio e o terem convidado a ser seu líder.

General hábil, derrotou então sucessivos exércitos romanos enviados contra si. Por outro lado, tido também como político e sábio administrador, logrou insinuar-se, pouco a pouco, entre as diferentes tribos, introduzindo vários elementos dos costumes romanos.

Fez com que as crianças, filhas dos chefes tribais, fossem à escola em Osca, onde recebiam uma educação romana e adoptavam as vestes dos jovens romanos. Depois de uma revolta das tribos, Sertório executou diversas destas crianças, filhos dos chefes tribais que ele tinha enviado para a escola em Osca, e vendeu as sobreviventes como escravas.

"Sertório colocou de lado sua antiga clemência e mansidão e forjou injustiça contra os filhos dos ibéricos que estavam a ser educados em Osca, matando alguns, e vendendo outros para a escravatura."

Sertório dominou grande parte da Península Ibérica até à sua morte, derrotando sucessivamente os exércitos, comandados pelos generais romanos com mais reputação na época, como Cneu, Pompeio ou Quinto Cecílio Metelo Pio, enviados contra ele.

O seu sucesso levou também a que os seus domínios na Península Ibérica servissem de refúgio a vários romanos fugidos de Roma em virtude dos sobressaltos políticos lá vividos. Um reforço substancial que recebeu terá sido aquele levado por Marco Perperna Ventão em 77 a.C. após a derrota na Itália da revolta conduzida por Lépido.

Sertório foi assassinado num banquete pelo seu lugar-tenente Perperna e por outros dos seus oficiais. A sua morte significou o rápido colapso da resistência contra o poder estabelecido em Roma.

A política de assimilação, adoptada pelo governo de Roma em relação às suas conquistas, acabou por transformar o território numa província romana, fato para que até certo ponto concorrera a administração de Sertório ao tentar implantar entre os lusitanos os usos e os costumes da civilização romana. O nome de Sertório está ligado à lenda da fundação da Sertã.

Plutarco dedicou-lhe uma biografia das suas Vidas Paralelas, em que o comparou a Felipe II da Macedônia, Antígono Monoftalmo e Aníbal, que, como ele, também tinham perdido um olho. 

A sua vida é escrita em paralelo à de Euménio de Cárdia, um general de Alexandre Magno: "Ambos nasceram para liderar e eram dotados de grande talento para a guerra e de habilidade para frustrarem os seus inimigos.

Ambos estavam exilados dos seus países, comandavam soldados estrangeiros e, nas suas mortes, sofreram uma Fortuna que lhes foi dura e injusta, pois ambos foram vítimas de conspirações e foram mortos pelos mesmos homens com quem tinham vencido os seus inimigos."

Ney Matogrosso

Ney Matogrosso com a mãe e o pai.
 

O pai de Ney Matogrosso, Antônio Matogrosso Pereira, era militar e ficou chocado ao ver o filho performando com trajes exóticos e movimentos ousados. O assunto foi contado pelo próprio Ney.

Eu tinha 17 anos e tinha que sair daquela casa. Eu era o pomo da discórdia. Meu pai e minha mãe iam se separar por minha causa e não queria carregar essa culpa.

Achei por bem ir cuidar da minha vida. Ele falou que nunca ia me ajudar, mas eu disse que não queria nada dele. Falei para não se preocupar, que eu seria responsável por mim. Foi isso o que aconteceu.

Tive o que comer e não tive, mas fui responsável. Ele começou a me observar e veio me visitar. Ele via que eu era uma pessoa independente. Ele oferecia dinheiro, mas não aceitei.

Ele não me viu no palco na época do Secos & Molhados. Me viu quando comecei a fazer show só. A primeira vez que ele me viu pela televisão, ficou muito chocado.

Eu estava com uma calça larga que parecia uma saia. Ele disse que eu estava pintado, cantando fino, se requebrando e de saia! A saia foi o que mais incomodou!

Eu morava em São Paulo. Morava em dois cômodos. Ele veio para mim e disse para eu sair dessa vida. Eu disse que era feliz e ele tinha que aceitar.

Quando fui visitar ele, fui de calça laranja. Ele disse para não visitar com calça laranja. Ele estava mais preocupado com a cor da calça do que minha presença". Essa e outras histórias você fica sabendo no Livro "Ney Matogrosso.

Contra o Livre Arbítrio


 

“Uma das objeções mais comuns à minha posição sobre o livre arbítrio é que aceitá-lo poderia ter consequências terríveis, psicológica ou socialmente.

Esta é uma réplica estranha, análoga à que muitas pessoas religiosas alegam contra o ateísmo: sem a crença em Deus, os seres humanos deixarão de ser bons uns com os outros.

Ambas as respostas abandonam qualquer pretensão de se preocupar com o que é verdade e apenas mudam de assunto. Mas isso não significa que nunca devamos preocupar-nos com os efeitos práticos de manter crenças específicas. [...]

Será que o livre arbítrio seria de alguma forma necessário para que a bondade se manifestasse? Como, por exemplo, alguém se torna cirurgião pediátrico?

Bem, primeiro você deve nascer com um sistema nervoso intacto e depois receber uma educação adequada. Não há liberdade lá, receio.

Você também deve ter talento físico para o trabalho e evitar quebrar as mãos no rugby. Escusado será dizer que não é bom ser alguém que desmaia ao ver sangue. Considere essas conquistas como boa sorte também.

Em algum momento você terá que decidir se tornar um cirurgião - provavelmente como resultado de primeiro querer se tornar um. Você será a fonte consciente desse desejo?

Você será responsável por isso prevalecer sobre todas as outras coisas que você deseja, mas que são incompatíveis com a carreira médica? Não.

Se você conseguir se tornar um cirurgião, simplesmente se verá um dia, com o bisturi na mão, na confluência de todas as causas genéticas e ambientais que o levaram a se desenvolver nessa linha.

Nenhum desses eventos exige que você, o sujeito consciente, seja a causa última de suas aspirações, habilidades e comportamento resultante. E, nem é preciso dizer, você não pode levar nenhum crédito pelo fato de não ter nascido psicopata.

É claro que não estou dizendo que você pode se tornar um cirurgião por acidente - você deve fazer muitas coisas, deliberadamente e bem, e na sequência apropriada, ano após ano.

Tornar-se cirurgião exige esforço. Mas você pode receber o crédito por sua disposição de fazer esse esforço? Para inverter a situação, sou responsável pelo fato de nunca me ter ocorrido que gostaria de ser cirurgião?

Quem leva a culpa pela minha falta de inspiração? E se o desejo de ser cirurgião surgir de repente amanhã e se tornar tão intenso que eu abandone meus outros objetivos profissionais e me matricule na faculdade de medicina?

Será que eu – isto é, a parte de mim que está realmente vivenciando a minha vida – seria a verdadeira causa desses desenvolvimentos?

Cada momento de esforço consciente – cada pensamento, intenção e decisão – terá sido causado por eventos dos quais não tenho consciência. Onde está o livre arbítrio nisso?" -

Sam Harris, Vida sem livre arbítrio, 9 de setembro de 2012

sábado, dezembro 16, 2023

Cila - A Prostituta mais desejada de Roma


 

Cila, de origem siciliana, era a prostituta mais popular e desejada de Roma na época do imperador Cláudio. Diz-se que sua beleza competia com a das demais. Homens de alto escalão pagavam grandes somas de dinheiro para estar com ela.

Tamanha era a sua fama e beleza que chegou aos ouvidos de Messalina, esposa do imperador Cláudio, que a mandou chamar ao palácio para encontrá-la enquanto o imperador estava fora da cidade e desafiá-la para uma aposta. (ambos eram lindas e gostavam de sexo)

Cila aceitou o desafio, convencida pelas colegas de trabalho, e foi ao palácio disputar uma aposta que nada mais era do que ver qual das duas dormia com mais homens numa única noite.

Esperando ali estavam homens de todas as categorias e mulheres amigas de Messalina que concordaram em participar do jogo. Depois do jantar organizado por esse motivo, começou o desafio entre as duas.

Ao amanhecer, Cila estava com vinte e cinco homens, enquanto Messalina já tinha cerca de setenta. Cila, cansada, abandonou a aposta e retirou-se para descansar, enquanto Messalina continuou até atingir o número de duzentos homens. (é assim que foi relatado)

Assim que a anfitriã ganhou a aposta, ficou feliz com o recorde e viu que ninguém poderia igualá-la, nem mesmo Cila, a mulher mais desejada de Roma que, ao ser informada do resultado da aposta, disse: "Aquela mulher tem entranhas de ferro."

Um oportunista cogumelo parasita


Um cogumelo parasita crescendo de um gafanhoto. Existem várias espécies de fungos parasitas que são conhecidos por crescerem a partir de insetos, incluindo gafanhotos.

Um desses fungos é Ophiocordyceps unilateralis, que infecta e mata formigas e outros insetos, incluindo gafanhotos.

Quando um inseto é infectado com Ophiocordyceps unilateralis, o fungo cresce dentro do corpo do inseto e eventualmente assume seu comportamento.

O fungo manipula o comportamento do inseto, fazendo com que ele suba a um ponto alto, onde eventualmente morre.

Depois que o inseto morre, o fungo continua a crescer e produzir esporos, que podem infectar outros insetos.

À medida que o fungo cresce, ele pode produzir caules longos e finos que se projetam do corpo do inseto. 

Esses talos podem conter as estruturas reprodutivas do fungo, incluindo cápsulas produtoras de esporos que podem liberar milhares de esporos no ambiente circundante.  

O Princípio do Vácuo


 

   

Você tem o hábito de juntar objetos inúteis no momento, acreditando que um dia (não sabe quando) poderá precisar deles? Você tem o hábito de juntar dinheiro só para não o gastar, pois no futuro poderá fazer falta?

Você tem o hábito de guardar roupas, sapatos, móveis, utensílios domésticos e outros tipos de equipamentos que já não usa há um bom tempo?

E dentro de você? Você tem o hábito de guardar mágoas, ressentimentos, raivas e medos? Não faça isso. É antiprosperidade.

É preciso criar um espaço, um vazio, para que as coisas novas cheguem a sua vida. É preciso eliminar o que é inútil em você e na sua vida, para que a prosperidade venha. É a força desse vazio que absorverá e atrairá tudo o que você almeja.

Enquanto você estiver material ou emocionalmente carregado de coisas velhas e inúteis, não haverá espaço aberto para novas oportunidades. Os bens precisam circular. Limpe as gavetas, os guarda-roupas, o quartinho lá do fundo, a garagem.

Dê o que você não usa mais. A atitude de guardar um monte de coisas inúteis amarra sua vida. Não são os objetos guardados que emperram sua vida, mas o significado da atitude de guardar.

Quando se guarda, considera-se a possibilidade da falta, da carência. É acreditar que amanhã poderá faltar, e você não terá meios de prover suas necessidades.

Com essa postura, você está enviando duas mensagens para o seu cérebro e para a vida: primeira, você não confia no amanhã e, segunda, você acredita que o novo e o melhor não são para você, já que se contenta em guardar coisas velhas e inúteis.

Desfaça-se do que perdeu a cor e o brilho e deixe entrar o novo em sua casa e dentro de você! As pessoas são solitárias porque constroem paredes ao invés de pontes. Essa última passagem é perfeita.

Pessoas solitárias constroem paredes, quando deveriam construir pontes para obterem ligações com seus semelhantes... É óbvio, porém, poucos colocam em prática, parece-me que alguns têm medo de ser solidários, enquanto outros, medo da solidariedade.  (Joseph Newton)

sexta-feira, dezembro 15, 2023

Pirâmide de La Danta


 

O templo de La Danta ou Pirâmide de La Danta foi construída pelos maias da cidade de El Mirador no período Pré-clássico, por volta do ano 300 a.C.

A arquitetura é caracterizada por estruturas triádicas compostas por uma grande pirâmide de templos flanqueada em ambos os lados por duas pirâmides menores, um padrão que se repete em outros lugares nos locais pré-clássicos da bacia do Mirador. 

O colossal Complexo La Danta fica a leste da praça principal e da Acrópole Central. A estrutura é decorada com grandes máscaras de estuque e painéis que retratam lendas da mitologia mais.

A pirâmide de La Danta tem um total de 172 metros de altura, sendo 70 metros expostos, é a mais alta estrutura já construída pelos maias. O volume total de La Danta é de 2,8 milhões de metros cúbicos, tornando-se a sétima maior pirâmide do mundo em volume.

Ela mede 298 metros (980 pés) de largura por 609 metros (2.000 pés) de comprimento e cobre cerca de 45 acres. Estima-se que a sua construção exigiu uma grande mão de obra, exigindo 12 homens para carregar apenas uma de suas pedras de 454 kg de uma das nove pedreiras.

A pirâmide de La Danta é, em volume, considerada a maior estrutura do mundo antigo. Os antigos habitantes aproveitaram-se de um morro natural para sua construção e, em seguida, o conectaram à cidade por uma estrada de 600 metros de comprimento, que fugia de uma área de inundação.

Os grandes porões do complexo cobriam uma área de 300 metros de comprimento e 280 m de largura e atingiram 22 m de altura. Em cada nível foram construídos vários edifícios de diferentes hierarquias e funções durante o período Pré-clássico, embora haja evidências de residências adicionadas em outros períodos.

Por este motivo foi proposto para a sua descrição como um “complexo piramidal." A construção do Complexo La Danta foi datada do período pré-clássico tardio (aprox. 300 a.C.) e faz parte da tradição arquitetônica de grupos de três edifícios, conceito conhecido como "padrão triádico” (Hansen 1990).

Este conceito é consistente na maioria das pirâmides construídas no período pré-clássico tardio.

 

Os Haredi – Judaísmo Ortodoxo


 

Os Haredi – Judaísmo Ortodoxo - Os Haredi são grupos dentro do judaísmo ortodoxo que são caracterizados por sua estrita adesão à halkha (lei judaica) e às tradições, em oposição aos valores e práticas modernas. 

Seus membros são geralmente chamados de "ultra ortodoxos", no entanto, o termo é considerado pejorativo por muitos de seus adeptos, que preferem termos como "estritamente ortodoxos" ou "haredi". 

Os judeus Haredi se consideram o grupo de judeus mais religiosamente autênticos, embora outros movimentos do judaísmo discordem.

Em contraste com o judaísmo ortodoxo moderno, os seguidores do judaísmo haredi segregam-se de outras partes da sociedade até certo ponto.

No entanto, muitas comunidades Haredi incentivam seus jovens a obter um diploma profissional ou estabelecer um negócio.

Além disso, alguns grupos Haredi, como Chabad-Lubavitch, incentivam o alcance de judeus menos observadores e não afiliados e hilomim (judeus israelenses seculares). 

Assim, as relações profissionais e sociais muitas vezes se formam entre judeus Haredi e não-Haredi, bem como entre judeus Haredi e não-judeus.

As comunidades Haredi são encontradas principalmente em Israel (12,9% da população de Israel), América do Norte e Europa Ocidental.

Sua população global estimada é superior a 1,8 milhão e, devido à virtual ausência de casamento inter-religioso e uma alta taxa de natalidade, a população Haredi está crescendo rapidamente. 

Seus números também foram aumentados desde a década de 1970 por judeus seculares que adotam um estilo de vida Haredi como parte do movimento baal teshuva.

Todos os seguimentos religiosos têm suas ramificações diferenciadas, isso significa que existe dentro desses grupos religiosos imperam a discórdia. 

A Inquisição Portuguesa


  Representação de execuções pelo fogo no Terreiro do Paço em Lisboa - Portugal


A Inquisição Portuguesa - A Inquisição em Portugal teve sua origem em decorrência de compromissos assumidos por D. Manuel I de Portugal, no seu contrato de casamento com Isabel de Aragão e Castela, assinado em 30 de novembro de 1496.

A Inquisição Portuguesa começou formalmente em Portugal em 1536, a pedido do Rei de Portugal, D. João III. Manuel I pediu o Papa Leão X a instalação da Inquisição em 1515, mas só depois de sua morte (1521) que o Papa Paulo III criou a instituição. 

Na sua liderança, havia um "Grande Inquisidor", ou "Inquisidor Geral", nomeado pelo papa, mas selecionado pela Coroa portuguesa e sempre de dentro da família real.

A Inquisição Portuguesa foi principalmente direcionada aos judeus sefarditas, a quem o Estado forçava a se converter ao cristianismo. 

A Espanha expulsou sua população sefardita em 1492; depois de 1492 muitos destes judeus espanhóis deixaram a Espanha e rumaram para Portugal, mas foram alvos de perseguição lá também.

A Inquisição Portuguesa realizou o seu primeiro “auto de fé” em 1540. Os inquisidores portugueses principalmente direcionavam seus julgamentos contra os cristãos-novos (ou seja, judeus convertidos).

A Inquisição Portuguesa expandiu o seu âmbito de operações de Portugal para as possessões coloniais portuguesas, como Brasil, Cabo Verde e Goa, onde continuou como um tribunal religioso, investigando e julgando casos de violação dos princípios do catolicismo romano ortodoxo até 1821. 

D. João III (que reinou entre 1521 e 1557) estendeu a atividade dos tribunais para cobrir temas como censura, adivinhação, feitiçaria e bigamia.

Originalmente voltada para uma ação religiosa, a Inquisição passou a exercer influência sobre quase todos os aspectos da sociedade portuguesa: político, cultural e social.

Apesar de não estar instituído no Brasil, esta colônia estava subordinada ao Tribunal de Lisboa, que enviava um visitador para investigar presencialmente como se encontravam a fé e o cumprimento dos dogmas católicos pela população. 

Desse modo, registraram-se três visitações à colônia brasileira, nomeadamente na capitania da Bahia, na Capitania de Pernambuco e no Estado do Maranhão e Grão-Pará.

Esta última, classificada como extemporânea pelos historiadores, ocorreu já ao final do s[éculo XVIII, momento em que a instituição já se encontrava enfraquecida.

A Inquisição em Goa começou em 1560 e tinha como principal objetivo punir pessoas que seguiam o hinduísmo ou islamismo e que se converteram para o catolicismo romano, mas que eram suspeitas de estarem seguindo suas antigas fés.

Além disso, a Inquisição processava não convertidos que interferiam em tentativas portuguesas de converter os não cristãos ao catolicismo.

De acordo com Henry Charles Lea entre 1540 e 1794, os tribunais de Lisboa, Porto, Coimbra e Évora queimaram 1 175 pessoas vivas, queimaram a efígie de outras 633 e impuseram castigos a 29 590 pessoas.

No entanto, a documentação de 15 dos 689 autos de fé desapareceu, de forma que estes números podem subestimar levemente a realidade. 

Também se ignora quantas vítimas morreram nos cárceres da Inquisição em resultado de doenças, falta de condições e maus tratos; as prisões podiam-se prolongar por meses ou até anos sem prazo definido, aguardando confirmação dos "crimes".

Em 22 de outubro de 2016 a Câmara Municipal da cidade de Évora inaugurou um monumento em homenagem aos milhares de vítimas das Inquisição Portuguesa. 

quinta-feira, dezembro 14, 2023

O Monstro da Lama


 

(Maasai Mara Quénia 2015) - Como vencedor da Categoria Mamíferos no estimado concurso de Fotógrafo Europeu de Vida Selvagem do Ano de 2017, o lendário Monstro da Lama gravou o seu nome nos anais do triunfo.

Desvendando um espetáculo raramente testemunhado ou capturado, o Monstro da Lama materializou-se - uma leoa adormecida num manto de lama obsidiana que cobriu a sua totalidade, deixando apenas os seus olhos dourados luminescentes em chamas com um brilho de outro mundo.

Era uma visão que tinha iludido as lentes dos exploradores e o olhar de fotógrafos ávidos, uma maravilha efêmera que desafiou a convenção.

Nascido de uma luta primária entre um formidável orgulho de leões e um búfalo colossal, o destino guiou o seu caminho tumultuoso para as garras de um pântano traiçoeiro.

Dentro desta arena lamacenta, o Monstro da Lama emergiu, uma personificação de regalidade embelezada com os tons da terra, cativando todos os que contemplaram a sua presença.

No entanto, capturar a essência desta enigmática entidade provou ser um esforço árduo. Os ângulos de percepção, enredados em meio a incômodos tufos de grama, apresentavam um obstáculo formidável, obstruindo uma linha de visão sem entraves.

O ardente fotógrafo aguardou com fôlego, ansioso pelo momento fugaz em que o Monstro da Lama revelaria o seu olhar piercing e destroçado.

Nas profundezas desta antecipação do paciente, uma chama dourada irradiada do canto inferior direito - um presente celestial concedido pelo sol da manhã sobre as verdantes lâminas de relva, adicionando um toque resplandecente à obra-prima que se desenrola diante dos seus olhos.

Crédito do texto: Terra Irreal - Crédito da imagem: David Lloyd

Diamond Head - Havaí


 

Diamond Head é uma cratera e antigo cone vulcânico de tufo localizado na ilha havaiana de O’ahu, conhecido pelos havaianos como Lēʻahi. O nome havaiano é provavelmente derivado de lae (arcada, promontório) com ʻahi (atum) por causa do formato da linha de orientação que se assemelha ao formato da nadadeira dorsal de um atum. 

Seu nome em inglês Diamond Head (Cabeça de Diamante) foi dado por marinheiros britânicos no século XIX, que pensaram ter descoberto diamantes nas encostas da cratera. Esses "diamantes" eram, na verdade, cristais de calcita brilhantes que não tinham valor.

Diamond Head faz parte do sistema de cones, aberturas e seus fluxos de erupção associados que são conhecidos coletivamente pelos geólogos como Série Vulcânica de Honolulu. Erupções do vulcão Ko’olau que ocorreram muito depois do vulcão se formar e ter adormecido.

Há cerca de cem mil anos, quando lava derretida fluiu para as águas frias do Pacífico, criando uma violenta explosão de vapor, a cratera foi formada, o que contribuiu também para a formação da ilha.

Cinzas e pedaços de recife de calcário voaram para o ar, depois assentaram-se e endureceram num cone de tufo de 760 pés no seu ponto mais alto e em uma cratera de 350 acres no seu interior. 

As erupções combinadas de Diamond Head, da Cratera Punchbowl, Red Hil e Tantalus precipitaram cinzas e material de fundação para preencher a área entre essas crateras onde Honolulu está hoje. Esses eventos eruptivos criaram muitos dos marcos mais conhecidos de Oʻahu além da Diamond Head, como os citados acima.

Diamond Head, como o resto da Série Vulcânica de Honolulu, é muito mais jovem do que a massa principal da cordilheira Koʻolau. Enquanto a cordilheira Koʻolau tem cerca de 2,6 milhões de anos, Diamond Head tem cerca de 500 000 a 400 000 anos.

Conhecida como Lēʻahi em havaiano, a montanha em 1825 recebeu o nome de Kaimana-Hila, literalmente Diamond Hill (Colina Diamante), por marinheiros britânicos que descobriram cristais de calcita vulcânica cintilantes na areia e os confundiram com diamantes. Isso se reflete em outro nome local, Kaimana Hila.

O nome mais tarde se tornou Diamond Head, com head sendo encurtado de headland (promontório). Diamond Head faz parte da cordilheira Ko'olau. Ko'olau foi um vulcão que começou a entrar em erupção abaixo do nível do mar há cerca de 2,6 milhões de anos.




Houve uma breve dormência de cerca de um milhão de anos e, em seguida, o vulcão entrou em erupção novamente criando aberturas que se tornaram marcos conhecidos como a cratera Punchbowl, Koko Head, baía de Hanauma e Diamond Head.

Diamond Head é o mais jovem desses marcos históricos, datando de cerca de 200 000 anos. As aberturas estão extintas e Diamond Head está dormente há cerca de 150 000 anos.

Acredita-se que Diamond Head seja monogenético, o que significa que a erupção ocorre apenas uma vez. Portanto, os geólogos acreditam que Diamond Head nunca mais entrará em erupção.

Com o passar dos anos, Le'ahi teve muitos usos. Os reis de Oahu tinham suas residências principais nas proximidades e costumavam descer de trenó (holua) pelas encostas de Diamond Head como um passatempo. Um telégrafo de sinal marinho também foi mantido na crista na parte traseira do Diamond Head, que sinalizava todos os navios que se aproximavam ou passavam pelo porto de Honolulu.

Durante a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, a cratera foi transformada em uma elaborada fortaleza. Em 1904, o Governo Federal dos EUA adquiriu a cratera Diamond Head para ser utilizada para fins militares.

Foi escavado um túnel no lado norte da cratera que dava acesso ao interior. A construção da trilha para caminhadas e do búnquer da Estação de Controle de Incêndios começaram em 1908. A Estação de Controle de Incêndios é o búnquer principal constituído por quatro níveis localizados no topo da cratera.

Nos anos seguintes, estações de bateria, casamatas, armas antiaéreas e postos de holofotes foram construídas ao redor da base da cratera que continha a artilharia e outras armas militares.

De dentro das salas de plotagem da Estação de Controle de Incêndios, os homens seriam capazes de se comunicar com as estações de bateria para disparar a artilharia exatamente onde necessário.

As localizações fortificadas tornaram-se uma atração turística popular. Hoje, partes da cratera são utilizadas como Centro Operacional de Emergência da Defesa Civil, pela Administração Federal de Aviação e pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos.

Turismo

Diamond Head foi designado um Monumento Estadual em 1962 e um Marco Natural Nacional em 1968. Construído em 1908 como parte do sistema de defesa costeira do exército, uma trilha de 12/16 quilômetros sobe 182 metros desde o chão da cratera até ao seu cume.

A caminhada pela trilha é uma atividade popular devido à recompensa no topo: uma vista do oceano e da costa que se estende desde Koko Head, a leste, até Waianae, a oeste. São cobradas taxas de entrada nominais aos visitantes.

A trilha que leva à Estação de Controle de Incêndios começou a se tornar popular entre turistas e moradores locais. Até o momento, qualquer pessoa poderia acessar a cratera durante seu horário normal de funcionamento e caminhar pela trilha de graça.

No final da década de 1990, a Divisão de Parques Estaduais do Havai começou a sofrer cortes no orçamento. E então a cobrança de um dólar por pessoa começou em janeiro de 2000. Mais tarde naquele ano, uma cabine de pedágio foi construída e um empreiteiro foi contratado para cobrar as taxas. 

A cratera fica aberta das 6h às 18h todos os dias do ano. Aproximadamente 2 000 pessoas visitam a cratera por dia. Tem uma vista magnífica de 360 graus do topo. Durante as décadas de 1960 e 1970, a cratera foi usada para realizar concertos em festivais.

Os shows foram durante o dia e incluíram várias bandas locais, bem como bandas do Estados Unidos contíguos. A média de participação foi de cerca de 12 000 pessoas, mas rapidamente cresceu para cerca de 75 000 em cada evento. À medida que sua popularidade cresceu, tornou-se mais comercializado, e os festivais foram interrompidos no final da década.