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segunda-feira, março 20, 2023

Fogueiras


 

Um homem da aldeia de Neguá, no litoral da Colômbia, conseguiu subir aos céus. Quando voltou, contou. 

Disse que tinha contemplado, lá do alto, a vida humana. E disse que somos um mar de fogueirinhas.

- O mundo é isso - revelou - Um montão de gente, um mar de fogueirinhas.

Cada pessoa brilha com luz própria entre todas as outras. Não existem duas fogueiras iguais. Existem fogueiras grandes e fogueiras pequenas e fogueiras de todas as cores. 

Existe gente de fogo sereno, que nem percebe o vento, e gente de fogo louco, que enche o ar de chispas. 

Alguns fogos, fogos bobos, não alumiam nem queimam; mas outros incendeiam a vida com tamanha vontade que é impossível olhar para eles sem pestanejar, e quem chegar perto pega fogo.

Eduardo Galeano

A Humildade


 

Humildade é a virtude que consiste em conhecer as suas próprias limitações e fraquezas e agir de acordo com essa consciência. Refere-se à qualidade daqueles que não tentam se projetar sobre as outras pessoas, nem mostrar ser superior a elas.

A Humildade é considerada pela maioria das pessoas como a virtude que dá o sentimento exato do nosso bom senso ao nos avaliarmos em relação às outras pessoas.

Características como cordialidade, respeito, simplicidade e honestidade, embora sejam frequentemente associadas à humildade, são independentes. Portanto, quem as possui não precisa necessariamente ser humilde.

Muito confundida com a Modéstia, sendo está o sentimento de velar-se quanto às qualidades intelectuais e morais (em oposição a um exibicionismo vaidoso).

Diz-se que a humildade é uma virtude de quem é humilde; quem se vangloria mostra simplesmente que humildade lhe falta. É nessa posição que talvez se situe a humilde confissão de Albert Einstein quando reconhece que “por detrás da matéria há algo de inexplicável”.

Uma das caraterísticas descritas de Jesus Cristo foi a humildade, pois a Bíblia diz que Ele "sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz" (Felipenses 2:6-8).

As religiões tendem a associar a humildade ao reconhecimento da superioridade divina. Todos os seres humanos são iguais aos olhos de Deus, devendo agir e comportar-se como tal. Porem somente a religião, não define o assunto humildade ou o que é ser humilde.

Para o budismo, a humildade é a consciência que se tem do caminho a levar para se libertar do sofrimento.

Do ponto de vista da filosofia, Immanuel Kant afirma que a humildade é a virtude central da vida, uma vez que dá uma perspectiva apropriada da moral.

Para Friedrich Nietzsche, em contrapartida, a humildade é uma falsa virtude que dissimula as desilusões que uma pessoa esconde dentro de si.

Para além das diferenças em termos de conceito, as pessoas partilham da mesma visão sobre a humildade como sendo a característica que levam as pessoas a realizarem uma ação sem proclamar os seus resultados.

Suponhamos, por exemplo, que um homem joga bem futebol e que é humilde, este não deverá apresentar-se aos outros na qualidade de “melhor jogador” nem como sendo “o jogador que sempre marcou a diferença graças ao seu talento”. Humildade também não significa ter de se rebaixar para as outras pessoas, mas sim reconhecer ou admitir as suas falhas. 

 

“A humildade não está na pobreza, não está na indigência, na penúria, na necessidade, na nudez e nem na fome.

A humildade está na pessoa que tendo o direito de reclamar, julgar, reprovar e tomar qualquer atitude compreensível no brio pessoal, apenas agracia.”

domingo, março 19, 2023

Bruce Ismay - Proprietário da White Star Line



Bruce Ismay - Proprietário da White Star Line - Joseph Bruce Ismay nasceu em Crosby em 12 dezembro de 1862 e faleceu em Londres   em 15 de outubro de 1937.  Foi um   empresário britânico, presidente da companhia de navios White Star Line.  

Filho de seu fundador Thomas Henry Ismay, Bruce Ismay viajou o mundo quando jovem, antes de começar a trabalhar na companhia de seu pai, a herdando em 1899.

Junto com William Pierre, dos estaleiros da Harland and Wolff, ele começou projetos para construir os maiores navios do mundo.

Em 1907, os dois homens concordam em construir três navios para nova Classe Olympic. Ismay supervisionou a construção das embarcações e esteve presente na viagem inaugural do RMS Olympic, em junho de 1911. 

Ele também viajou em abril de 1912, na viagem inaugural do RMS Titanic, porém o navio colidiu com um iceberg e afundou na madrugada do dia 15 de abril. 

Aproveitando-se de sua autoridade, Ismay conseguiu sobreviver em um dos botes salva-vidas destinados às mulheres e crianças, e essa atitude, considerada covarde e egoísta, foi duramente criticada pela imprensa e pela opinião pública. 

Além disso, dias depois do acidente, descobriram que a decisão de reduzir o número de botes salva-vidas (de 48 para 16) havia sido dele, o que aumentou ainda mais a raiva da população. Ismay passou a receber mensagens ameaçadoras e muitos de seus amigos o abandonaram.

No ano seguinte, Ismay abriu mão de seus cargos na White Star e em outras companhias, porém continuou no ramo dos negócios e gerenciou diversas empresas em Londres e Liverpool, também fundando duas instituições de caridade. 

Se aposentou em 1934, mesmo ano em que testemunhou a fusão da White Star com sua maior rival, a Cunard Line. Morreu em 1937, aos 74 anos de idade, devido à uma trombose.

 Até hoje a imagem e reputação de Ismay permanecem manchadas por conta do Titanic, tanto no âmbito público como em filmes e documentários sobre o naufrágio.

Leia também: William McMaster Murdoch

 

Como os africanos se tornavam escravos

Os portugueses e outros compradores de escravos, nunca guerrearam com os africanos. Eles compravam os negros no porto da África, negociando com os próprios africanos de tribos dominantes, que invadiam e aprisionavam seus semelhantes, de tribos menores, tornando-os escravos.

Como os africanos se tornavam escravos

Quando os portugueses chegaram à África, encontraram um mercado africano de escravos largamente implementado e bastante extenso.

Os africanos eram escravizados por seus semelhantes, de tribos mais fortes, por diversos motivos antes de serem adquiridos:

- Por serem prisioneiros de guerra;

- Penhora: as pessoas eram penhoradas como garantia para o pagamento de dívidas;

- Rapto individual ou de um pequeno grupo de pessoas no ataque a pequenas vilas;

- Troca de um membro da comunidade por comida;

- Como pagamento de tributo a outro chefe tribal.

Ainda quando estavam em África, estima-se que a taxa de mortalidade dos africanos no percurso que faziam desde o local em que eram capturados pelos mercadores de escravos locais até ao litoral onde eram vendidos aos europeus era superior à que ocorria durante a travessia do Atlântico.

Durante a travessia, a taxa de mortalidade, embora menor do que em terra, até o final do século XVIII se manteve assustadora, com maior ou menor incidência dependendo das epidemias, das rebeliões e suicídios levados a cabo pelos escravizados, das condições existentes a bordo, bem como do humor do capitão e tripulação de cada navio negreiro. 

A/D




Pedra de Ingá na Paraíba – Brasil.

Pedra de Ingá na Paraíba – Brasil. - É uma maravilha arqueológica mundial. Tem mais de seis mil anos e centenas de símbolos estranhos.

Cientistas de todo o mundo tentaram decifrá-la sem sucesso, a única coisa que se conhece é que possuem caracteres egípcios, fenícios, sumérios também semelhantes ao rongorongo da Ilha de Páscoa e principalmente símbolos da linguagem nostrática, o mais antigo e raro da humanidade.

Na pedra aparece à constelação de Órion, a via láctea, mensagens de um desastre mundial que virá no futuro, métodos para abrir portas mentais e viajar para mundos dimensionais, fórmulas matemáticas, equações e muitas outras coisas impactantes.

Quem deixou escrito há 6 mil anos tal conhecimento nesta pedra? Como é possível que eles soubessem tudo isso no passado?


A Pedra de Ingá está localizada no município do Ingá, na Paraíba – Brasil. 

sábado, março 18, 2023

Maria Mandel - A besta de Auschwitz

 



Maria Mandel A besta de Auschwitz - As mulheres geralmente são reconhecidas como criaturas mais sentimentais em relação aos homens, mas as que fizeram parte do nazismo alemão, essa coisa foi desmitificada, pois as mulheres dos grupos que comandavam os campos de concentração eram cruéis ao extremo.

Maria Mandel era uma dessas guardas de campo que tinha como prazer, de acordo com testemunhas, se colocar em frente ao portão de entrada de Birkenau, esperando para ver se algum prisioneiro se virava para olhá-la; quem o fizesse, era sumariamente executado.

Nascida na Áustria na cidade de Munzkirchem no dia 10 de janeiro de 1912, foi uma notória guarda feminina com alta patente na SS nazista. Serviu no campo de extermínio de Auschuitz-Birkenau, na Polônia, diretamente responsável pela morte de mais de 500 mil mulheres judias, ciganas e prisioneiras políticas.

A besta de Auschwitz como era conhecida foi para o campo de Ravensbrück em 1939. Era um campo recém-construído nos arredores de Berlim. Impressionou rapidamente seus superiores com seu trabalho e foi promovida a SS-Oberaufseherin (Supervisora Sênior). 

Supervisionava as chamadas diárias de prisioneiros, as tarefas dos guardas comuns e prescrevia punições como chicotadas e espancamentos.

Sua transferência para o campo de Auschwitz na Polônia aconteceu em 7 de outubro de 1942 onde foi promovida a Líder de Campo um cargo que só lhe deixava abaixo do comandante do campo que era Rudolf Hob. 

De lá ela diretamente controlou todos os campos e subcampos de mulheres de Auschwitz, era absolutos seu poder sobre as prisioneiras e suas subordinadas. 

Mandel era afinada com outra mulher muito cruel de nome Irma Grese a quem promoveu a chefe do campo de judias húngaras em Auschwitz-Birkenau que era anexo do complexo de extermínio de Auschwitz.  

Em Auschwitz, era conhecida como A Besta e pelos dois anos seguintes encarregou-se de selecionar prisioneiros para as câmaras de gás e outras atrocidades. 

Frequentemente escolhia alguns prisioneiros para lhe servirem de mascotes, animais de estimação, mantendo-os fora das câmaras até se cansar deles e os enviar para a morte; também foi testemunhado sobre ela, seu especial prazer em selecionar as crianças que deveriam ser executadas; foi ela quem criou a famosa orquestra 

Feminina de Auschwitz, formada por prisioneiras, que acompanhava as chamadas diárias, execuções, seleções e transportes. Assinou ordens enviando um número estimado de 500 mil mulheres e crianças para as câmaras dos campos de Auschwitz I e II.

Maria Mandel foi enviada para o sub-campo de Muhldorf em novembro de 1944, no complexo de Dachau, onde ficou até maio de 1945, quando deixou o campo com à aproximação dos Aliados e fugiu pelas montanhas do sul da Baviera para sua cidade natal de Munzkirchen, na Áustria.

Em 10 de agosto de 1945, ela foi presa na sua terra natal pelos norte-americanos e, após diversos interrogatórios onde ficou constatado a sua inteligência e dedicação ao trabalho nos campos, foi devolvida à Polônia.

Em novembro de 1947, após passar dois anos em custódia dos Aliados, foi julgada por crimes contra a humanidade numa corte de Cracóvia e sentenciada à morte. Foi enforcada em 24 de janeiro de 1948, aos 36 anos de idade. 

Nutrir



 Nada sobrevive sem se hidratar e sem se nutrir.

Todos nós precisamos ingerir digerir, metabolizar, converter algo em energia para seguir adiante. Mas, além da fome do corpo, temos também outras fomes. Nossa alma tem necessidades que precisam ser nutridas. 

Quando não respeitamos nosso ritmo biológico nosso corpo dá alertas. E o mesmo ocorre com nossos ritmos mais profundos: se não escutamos, a fome permanece e acaba surgindo das maneiras mais tortas possíveis. 

São as nossas compulsões, o mal-estar, o choro sem razão, misteriosos estouros na pele, as alterações de humor e por aí­ vai. Aquilo a que chamamos de desequilí­brio, dor, doença, pode muitas vezes ser um pedido de ajuda interno para que voltemos ao equilíbrio saudável.

Talvez tenhamos ingerido situações, palavras, sentimentos um tanto indigestos e precisemos metabolizar, ver o que nos cabe e jogar o restante para fora.

Talvez haja uma perigosa abstinência de tudo que faz o coração bater mais vivo: amizade, carinho, compartilhar, compreensão, relação. É preciso ouvir para onde cada manifestação aponta: que tipo de fome/sede preciso saciar?

Muitas pessoas para se sentirem no controle sobre seus sentimentos (aqueles que não entendem ou que lhe deixam confusas) acabam por deslocar o descontrole para outro campo, desembocando numa relação de dor com a comida.

É hora de retomar o verdadeiro controle sobre sua vida. Ir de encontro àquilo que possa realmente lhe fazer bem, ouvir suas fomes e atendê-las de maneira integrada e amorosa.

Procure por ajuda profissional, com o auxí­lio da psicoterapia você pode traçar o caminho da redescoberta de si. Entre em contato com seu corpo, aprenda a ouvi-lo. Entre em contato com sua alma, aprenda a ouvi-la também.

Comece a refletir sobre a própria experiência, busque ajuda para descobrir as respostas que estão dentro de você. Busque meios que facilitem a mudança dos padrões que fazem mal, para deixar que a vida que existe em você possa fluir esse renovar. Não deixe para depois!

Juliana Garcia

A viagem



A viagem não acaba nunca. Só os viajantes acabam. E mesmo estes podem prolongar-se em memória, em lembrança, em narrativa. Quando o visitante sentou na areia da praia e disse:

“Não há mais o que ver”, saiba que não era assim. O fim de uma viagem é apenas o começo de outra.

É preciso ver o que não foi visto, ver outra vez o que se viu já, ver na primavera o que se vira no verão, ver de dia o que se viu de noite, com o sol onde primeiramente a chuva caía, ver a seara verde, o fruto maduro, a pedra que mudou de lugar, a sombra que aqui não estava.

É preciso voltar aos passos que foram dados, para repetir e para traçar caminhos novos ao lado deles. É preciso recomeçar a viagem. Sempre.

José Saramago

sexta-feira, março 17, 2023

Walmor Chagas - Ator Cometeu Suicídio

Walmor Chagas - Ator Cometeu Suicídio - Walmor de Souza Chagas ou somente Walmor Chagas nasceu em 28 de agosto de 1930 em Porto Alegre – RS.  

Foi um ator, autor, diretor e produtor teatral brasileiro. Com mais de 60 anos de carreira, Walmor de Souza Chagas atuou em mais de 40 peças, cerca de 20 filmes e mais de 30 novelas.

Era considerado um dos grandes atores do teatro brasileiro. Seus últimos trabalhos foram “Cara ou Coroa” e “A Coleção Invisível”, no cinema; e as novelas “A favorita” e “Os mutantes”, na televisão. 

Chagas era viúvo da atriz Cacilda Becker, com quem teve uma filha, Maria Clara Becker Chagas. 

Walmor Chagas faleceu em 18 de janeiro de 2013 aos 82 anos na cidade de Guaratinguetá, SP, Brasil. Ele cometeu suicídio (tiro na cabeça)

Walmor foi encontrado morto por um funcionário da pousada "Sete Nascentes", de sua propriedade, no bairro Gomeral, em Guaratinguetá, interior de São Paulo. 

Segundo a Polícia Civil, a morte ocorreu entre 15 horas e 30 minutos e 18 horas.

O ator morreu com um tiro na cabeça disparado por um revólver calibre 38. Segundo as informações do delegado titular do 2º Distrito Policial de Guaratinguetá, Antonio Luiz Marcelino, que conduziu as investigações, o corpo foi encontrado em um dos cômodos da pousada sentado em uma cadeira, com a arma no colo e ambas as mãos sobre ela.

O laudo dos exames periciais realizados no local da morte e no cadáver atestou o suicídio, ao encontrar vestígios de pólvora em uma de suas mãos. 

Como desejo do próprio ator ainda em vida, seu corpo foi cremado em São José dos Campos e suas cinzas lançadas na Serra da Mantiqueira.



 

 

Juízo final

O homem sério está morto antes de sua morte. Muito antes de sua morte, ele se mantém quase como um cadáver. A vida é uma oportunidade tão valiosa, não deveria ser perdida na seriedade.

Deixe a seriedade para a cova. Deixe a seriedade cair na cova; ao entrar pelo dia do julgamento final, seja sério. Mas não se transforme em um cadáver antes da cova.

Isso me faz lembrar Confúcio. Um de seus discípulos fez a ele uma pergunta muito comum, uma que era feita por milhares de pessoas. "Você pode me dizer um pouco sobre o que acontece depois da morte?"

Confúcio disse: "Todos esses pensamentos que você tem sobre a morte podem ser analisados em sua cova, depois de sua morte.

Agora, viva!"

- Osho. 

Suave doçura

   

Com que suave doçura me levantas do leito em que sonhava profundas plantações perfumadas, passeias os dedos pela pele e me desenhas no espaço, desequilibrado, até que o beijo pouse curvo e recorrente para que a fogo lento comece a dança cadenciada da fogueira se tecendo em rajadas, em hélices, ir e vir de um furacão de fumaça. 

Porque, depois, o que resta de mim é só um inundar-me entre as cinzas sem um adeus, sem nada mais que o gesto para libertar as mãos?

Julio Cortázar

quinta-feira, março 16, 2023

Vietnã - Não sei

 


Vietnã - Não sei - Mulher, como você se chama? - Não sei.

Quando você nasceu, de onde você vem? - Não sei.

Para que cavou uma toca na terra? - Não sei.

Desde quando está aqui escondida? - Não sei.

Por que mordeu o meu dedo anular? Não sei.

Não sabe que não vamos te fazer nenhum mal? - Não sei.

De que lado você está? - Não sei.

É a guerra, você tem que escolher. - Não sei.

Tua aldeia ainda existe? - Não sei.

Esses são teus filhos? - São.
(Tradução de Regina Przybycien.)
Há poemas que se fundam inesquecíveis em nós desde a primeira leitura. Neste aí, o título se impõe, situando-nos de partida clara e completamente na cena de uma guerra insana. A primeira palavra do primeiro verso indica-nos em vocativo que a fala será direta.

Assim, a entrevista se avoluma, com cada verso trazendo a imagem de um desmoronamento dos sentidos: a terra, o esconderijo, o corpo, os inimigos, os amigos, a aldeia, tudo se desfaz na solidão das respostas, trazendo a mais incômoda sensação de desespero.
O refrão “Não sei” vai num crescendo como o “Nunca mais”, de Poe. E sugere que a tal mulher talvez já não esteja em seu mais perfeito juízo dos fatos, o que seria esperado, na medida em que se desenhou, com poucas perguntas, um devastador campo de batalha.
Mas a poeta polonesa subverte com sua simplicidade explosiva toda a estrutura anterior ao propor um final em que a maternidade surge como signo de uma resistência indissolúvel. Com o sintagma composto de apenas uma palavra, o verbo ser no presente, “São.”,

Szymborska realiza uma contundente operação poética: inverte o sinal da devastação proposta e, sem usar a palavra amor, apresenta-nos a mãe. É como se o eu lírico surgisse de repente e erguesse a cabeça, olhando fundo nos olhos de quem está lendo.
(Foto: Horst Faas, 1933-2012, AP)

Wislawa Szymborska

Tudo de bom...





“Que você consiga uma casa maior, mas que quase todos os cômodos fiquem vazios por sua família estar unida ao redor de uma única mesa.

Que você compre o carro dos seus sonhos, e descubra que ele pode ficar parado na garagem enquanto você caminha de mãos dadas por um parque.

Que você realize o desejo de comprar uma TV enorme, 3D, com home theater, mas que ela permaneça desligada durante o jantar, para que você possa ouvir como foi maravilhoso o dia da sua família.

Que sua conta bancária esteja satisfatoriamente recheada, mas sobretudo, que você tenha em seu bolso um ou dois reais para comprar algodão doce e saboreá-lo sujando os dedos.

Que você tenha um excelente plano de saúde, mas que se esqueça que ele existe por não precisar usá-lo.

Que você jante em badalados restaurantes para descobrir que a maior chef que existe, cozinha todos os dias dentro da sua casa.

Que sua internet trafegue em altíssima velocidade, mas que sua melhor rede seja aquela pendurada entre duas árvores, onde você possa ouvir os pássaros cantarem.

Que você tenha um smartphone de última geração, mas que não precise usá-lo para dizer às pessoas mais importantes da sua vida o quanto elas são especiais.

Que você tenha um tablet, mas que use mais as pontas dos seus dedos para fazer cafunés do que para mandar e-mails.

Que você possa comprar boas roupas, bolsas e relógios, mas que sua verdadeira marca seja a "inspiração" deixada pelos lugares por onde passará.

Autor Desconhecido

Poderes.

Depois de muitos transtornos, o chefe da Máfia resolveu contratar um assistente surdo-mudo visando resguardar a identidade da corporação se o mesmo fosse preso.

Enviado em sua primeira missão, de recolher o dinheiro de alguns devedores, o assistente resolveu passar a perna no chefe e escondeu parte do dinheiro recebido.

Desconfiado, o chefe mandou interrogá-lo e, para facilitar a comunicação, contratou um intérprete que conhecia a linguagem dos surdos-mudos.

Durante o interrogatório, o chefe apontou uma pistola na cabeça do espertalhão e ordenou ao intérprete:

- Diga a ele que se não confessar onde está o dinheiro agora mesmo eu puxo o gatilho!

Apavorado, o surdo-mudo confessou ao intérprete com detalhes onde havia escondido a grana.

- Ele não quer dizer - disse o intérprete ao chefe. - E ainda disse que duvida que você tenha coragem de puxar o gatilho.