Maria Mandel A besta
de Auschwitz - As mulheres geralmente são reconhecidas como criaturas mais
sentimentais em relação aos homens, mas as que fizeram parte do nazismo alemão,
essa coisa foi desmitificada, pois as mulheres dos grupos que comandavam os
campos de concentração eram cruéis ao extremo.
Maria Mandel era uma dessas
guardas de campo que tinha como prazer, de acordo com testemunhas, se colocar
em frente ao portão de entrada de Birkenau, esperando para ver se algum
prisioneiro se virava para olhá-la; quem o fizesse, era sumariamente executado.
Nascida na Áustria na
cidade de Munzkirchem no dia 10 de janeiro de 1912, foi uma notória guarda
feminina com alta patente na SS nazista. Serviu no campo de extermínio de
Auschuitz-Birkenau, na Polônia, diretamente responsável pela morte de mais de
500 mil mulheres judias, ciganas e prisioneiras políticas.
A besta de
Auschwitz como era conhecida foi para o campo de Ravensbrück em 1939. Era um
campo recém-construído nos arredores de Berlim. Impressionou rapidamente seus
superiores com seu trabalho e foi promovida a SS-Oberaufseherin (Supervisora
Sênior).
Supervisionava as chamadas
diárias de prisioneiros, as tarefas dos guardas comuns e prescrevia punições
como chicotadas e espancamentos.
Sua transferência para o
campo de Auschwitz na
Polônia aconteceu em 7 de outubro de 1942 onde foi promovida a Líder de Campo
um cargo que só lhe deixava abaixo do comandante do campo que era Rudolf
Hob.
De lá ela diretamente
controlou todos os campos e subcampos de mulheres de Auschwitz, era absolutos
seu poder sobre as prisioneiras e suas subordinadas.
Mandel era afinada com
outra mulher muito cruel de nome Irma
Grese a quem promoveu a chefe do campo de judias húngaras em
Auschwitz-Birkenau que era anexo do complexo de extermínio de Auschwitz.
Em Auschwitz, era conhecida
como A Besta e pelos dois anos seguintes encarregou-se de
selecionar prisioneiros para as câmaras de gás e outras atrocidades.
Frequentemente escolhia alguns prisioneiros para lhe servirem de mascotes, animais de estimação, mantendo-os fora das câmaras até se cansar deles e os enviar para a morte; também foi testemunhado sobre ela, seu especial prazer em selecionar as crianças que deveriam ser executadas; foi ela quem criou a famosa orquestra feminina de Auschwitz, formada por prisioneiras, que acompanhava as chamadas diárias, execuções, seleções e transportes. Assinou ordens enviando um número estimado de 500 mil mulheres e crianças para as câmaras dos campos de Auschwitz I e II.
Maria Mandel foi enviada
para o sub-campo de Muhldorf em novembro de 1944, no complexo de Dachau, onde
ficou até maio de 1945, quando deixou o campo com à aproximação dos
Aliados e fugiu pelas montanhas do sul da Baviera para sua cidade
natal de Munzkirchen, na Áustria.
Em 10 de agosto de 1945,
ela foi presa na sua terra natal pelos norte-americanos e, após diversos
interrogatórios onde ficou constatado a sua inteligência e dedicação ao
trabalho nos campos, foi devolvida à Polônia.
Em novembro de 1947, após
passar dois anos em custódia dos Aliados, foi julgada por crimes contra a
humanidade numa corte de Cracóvia e
sentenciada à morte. Foi enforcada em 24 de janeiro de 1948, aos 36 anos de
idade.
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