Propaganda

segunda-feira, julho 15, 2024

Cracóvia - A segunda maior Cidade da Polônia


 

Cracóvia (em polonês: Kraków) é uma das cidades mais antigas e importantes da Polônia, situada no sul do país, às margens do rio Vístula, na voivodia da Pequena Polônia (Małopolska).

Com uma área de 326,85 km², possuía uma população de 774.839 habitantes em 2019, o que lhe confere uma densidade demográfica de aproximadamente 2.371 habitantes por km². É a segunda maior cidade da Polônia, atrás apenas da capital, Varsóvia.

Historicamente, Cracóvia foi a capital do país em três períodos distintos: de 1039 a 1079, de 1138 a 1290 e novamente de 1296 até 1596, sendo considerada oficialmente capital até 1795. Durante a maior parte da Idade Média e do Renascimento, foi o principal centro político, cultural e religioso da nação.

A cidade abrigava a corte real polonesa, sendo local de coroação e sepultamento de diversos monarcas no complexo da colina de Wawel, que inclui a imponente Catedral de Wawel e o Castelo Real, marcos fundamentais da arquitetura polonesa.

Em 1978, o Centro Histórico de Cracóvia foi incluído na lista de Patrimônio Mundial da UNESCO, sendo um dos primeiros 12 locais do mundo a receber essa distinção.

É amplamente considerada uma das cidades mais belas da Europa e um dos destinos turísticos mais encantadores do mundo, com um riquíssimo patrimônio cultural que abrange estilos arquitetônicos como o gótico, renascentista e barroco.

Entre seus monumentos mais notáveis estão a Basílica de Santa Maria (Kościół Mariacki), famosa por seu altar entalhado por Veit Stoss e pela trombeta tocada a cada hora de sua torre mais alta; a Igreja dos Santos Pedro e Paulo, com sua fachada barroca distinta; e a Rynek Główny, a maior praça medieval da Europa, com aproximadamente 40.000 m².

Esta praça do século XIII é rodeada por edifícios históricos e abriga no centro o Sukiennice - antigo mercado de tecidos reconstruído em estilo renascentista em 1555 - cuja varanda é decorada com máscaras esculpidas.

Também se destaca a Wieża Ratuszowa (Torre da Prefeitura), que restou do antigo prédio da câmara municipal medieval. A cidade é ainda sede de uma das universidades mais antigas da Europa Central: a Universidade Jaguelônica (Uniwersytet Jagielloński), fundada em 1364 pelo rei Casimiro III, o Grande. Foi nesta universidade que estudou o astrônomo Nicolau Copérnico.

Ao longo de sua história, Cracóvia enfrentou diversos desafios. Foi atacada e devastada por invasões mongóis nos anos de 1241, 1259 e 1287. Após as Partições da Polônia, tornou-se parte do Império Austríaco (sob o nome de Krakau) entre 1795 e 1809, voltou à administração polonesa por um breve período e, posteriormente, foi novamente integrada ao Império Austro-Húngaro entre 1846 e 1914.

Cracóvia desempenhou um papel importante durante a ocupação nazista na Segunda Guerra Mundial, quando os nazistas estabeleceram ali o governo do chamado "Governo Geral" e deportaram ou exterminaram a grande população judaica da cidade.

Próximo à cidade localiza-se o antigo campo de concentração de Auschwitz-Birkenau, hoje um memorial do Holocausto. Apesar dos horrores do conflito, o centro histórico da cidade sobreviveu quase intacto, ao contrário de outras grandes cidades polonesas.

No século XXI, Cracóvia continua a ser um polo cultural vibrante. Em 2000, foi escolhida como Capital Europeia da Cultura. Em 2014, foi uma das subsedes do Campeonato Mundial de Voleibol e, em 2016,  sediou a Jornada Mundial da Juventude com a presença do Papa Francisco - um evento que atraiu milhões de peregrinos católicos do mundo inteiro.

A cidade também tem tradição no esporte. Os dois maiores times de futebol locais, Cracovia e Wisła Kraków, estão entre os clubes mais antigos da Polônia, conhecidos por sua histórica rivalidade. Além disso, Cracóvia é a cidade natal de Robert Kubica, o único piloto polonês a competir na Fórmula 1.

Hoje, Cracóvia é uma fusão entre tradição e modernidade, combinando um patrimônio histórico riquíssimo com uma vida cultural, acadêmica e turística dinâmica. É um dos símbolos da resistência, da memória e da identidade polonesa.

0 Comentários: