Propaganda

This is default featured slide 1 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.This theme is Bloggerized by Lasantha Bandara - Premiumbloggertemplates.com.

This is default featured slide 2 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.This theme is Bloggerized by Lasantha Bandara - Premiumbloggertemplates.com.

This is default featured slide 3 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.This theme is Bloggerized by Lasantha Bandara - Premiumbloggertemplates.com.

This is default featured slide 4 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.This theme is Bloggerized by Lasantha Bandara - Premiumbloggertemplates.com.

This is default featured slide 5 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.This theme is Bloggerized by Lasantha Bandara - Premiumbloggertemplates.com.

Mostrando postagens com marcador Segunda Guerra Mundial. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Segunda Guerra Mundial. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, novembro 27, 2023

O Primeiro Campo de Extermínio Nazista


 


O Primeiro Campo de Extermínio Nazista - Chelmno foi o primeiro campo de extermínio nazista e o primeiro local em que o gás tóxico foi usado numa instalação fixa. Situado a 50 km de Lodz – Polônia, funcionou entre 1941 e 1943 e novamente entre 1944 e 1945.

As execuções no local iniciaram-se no dia 08 de dezembro de 1941 quando as vítimas começaram a ser trazidas das áreas próximas, por caminhões. 

Já em janeiro de 1942, passaram a chegar, em vagões de trens lotados que vinham da Alemanha, Áustria, Boêmia, Morávia e Luxemburgo.

Os oficiais das SS a princípio, vestiam jalecos brancos passando-se por médicos e dizendo a todos que iriam somente tomar um banho desinfetante, antes de viajarem a Alemanha para trabalhar. 

Os guardas então empurravam os prisioneiros sem roupa para uma rampa inclinada, que terminava no bagageiro de um caminhão onde cabiam cerca de 70 pessoas.

Quando o caminhão estava cheio, as portas eram fechadas e seladas. Um tubo era encaixado no escapamento e o motor era ligado, bombeando o monóxido de carbono para dentro da carroceria e assassinando todos por asfixia.

Quando o tubo era desencaixado, o caminhão cheio de cadáveres era levado até a floresta, onde dezenas de prisioneiros judeus eram forçados a remover os corpos da carga e jogá-los nas covas coletivas.

Como as covas se enchiam rapidamente, o cheiro de corpos decompostos começou a invadir as aldeias vizinhas, e então a SS ordenou que os corpos passassem a ser queimados ao ar livre, em "fornos" feitos com trilhos de trem.

Periodicamente, as SS e os oficiais da polícia assassinavam os trabalhadores escravos e os substituíam pelos recém-chegados

No início de setembro de 1944, como parte do Aktion 1005, os nazistas começaram a destruir todas as evidências de assassinato em massa neste e em outros campos. Chelmno foi libertado em 17 de janeiro de 1945, pelos soviéticos.

Todos os prisioneiros foram evacuados pelos alemães. Apenas 7 judeus conseguiram escapar durante o funcionamento do campo. Foram assassinadas em torno de 200.000 pessoas, a imensa maioria, judeus

Na imagem vemos Judeus carregando seus pertences durante a deportação para o centro de extermínio de Chelmno.

Texto e fonte: Museu do Holocausto.

segunda-feira, novembro 20, 2023

Campo de Concentração de Treblinka


O Campo de Concentração de Treblinka enquanto esteve em atividade, deve ter exterminado entre setecentos mil a um milhão de pessoas no período de junho de 1942 a outubro de 1943. 

Foi também nesse Campo de Concentração que aconteceu uma revolta dos prisioneiros em 1943, onde sobreviveram 15 pessoas.

Treblinka foi o quarto campo de campo de extermínio alemão e foram usadas câmaras de gás alimentadas por motores a explosão localizada nos arredores de Treblinka, na Polônia dominada pelos alemães. 

Também foi o primeiro campo de morte alemão onde ocorreu a cremação dos cadáveres a fim de ocultar o número de pessoas mortas.

 Neste campo foi criado um sistema de trabalho (sonderkommando) onde os judeus eram incumbidos de receber os comboios que chegavam e conduzir os deportados para as câmaras de gás, retirar os cadáveres, extrair os destes de ouro, e proceder a cremação.

Este campo foi dividido pelos alemães em dois campos menores, onde em um deles os prisioneiros somente se ocupavam do extermínio e recuperação de objetos, e um segundo campo onde os prisioneiros só se ocupavam da retirada dos cadáveres e cremação.

Para o funcionamento do campo, os prisioneiros foram divididos pelos os alemães em “castas” que se compunham de um "comandante" judeu do campo, que tinha como função coordenar o trabalho dos outros prisioneiros.

Para isso ele contava com a assistência de outros prisioneiros chamados de “kapos” que comandavam pequenos grupos chamados de comandos, cada um com funções distintas, como por exemplo comando da limpeza, que tinha como função manter o campo limpo, comando de lenhadores que tinha como função desbastar os bosques que existiam em torno do campo e assim por diante.  

quinta-feira, novembro 09, 2023

O rosto da guerra


Uma imagem impressionante de um soldado ajoelhado sobre um camarada na praia de Omaha, Normandia, a 7 de junho de 1944. O soldado encharcado olha desesperadamente à distância, enquanto a sua mão repousa ternamente sobre o corpo do seu camarada.

As botas do soldado morto que saltam do cobertor acrescentam à oponência da imagem. A fotografia invoca imagens emotivas na minha mente, como Maria a embalar o corpo mortal de Jesus, depois de ele ter sido retirado da cruz.

Apesar de um campo de batalha repleto de cenas gráficas de hulks destruídos, veículos queimados e dezenas de mortos, é esta fotografia mais humana que permanece conosco oitenta anos depois.

A imagem do Segundo-Tenente Walter Sidlowski foi capturada momentos depois de o seu pelotão ter resgatado homens afogados de um barco de desembarque afundando.

"Nós nadamos para fora e tomamos algumas de cada vez e trouxemo-las de volta à costa", lembrou Sidlowski. Sidlowski não se lembrava de Walter Rosenblum tirar fotografias.

"Nós não falávamos um com o outro", disse Rosenblum. ‘Para mim, era a imagem da beleza heroica.’ Acho que retratar estes momentos humanos nos meus livros e romances de não-ficção transmite melhor o horror da guerra.

No meu romance ‘Noite em Passchendaele’ o protagonista enrola o seu casaco à volta de um amigo ferido, antes de se inclinar e beijar a sua testa. O seu camarada atordoado olha em branco antes de murmurar: 'És tu, mãe?’

Esta passagem reflete momentos semelhantes que li nos diários de guerra dos soldados - momentos que nunca deixam de me comover. (Scott Bennet) 

segunda-feira, outubro 30, 2023

Anita Lasker - Sobrevivente do Holocausto


Era uma noite muito fria de dezembro. Começaram por nos cortar o cabelo, depois nos marcaram com um número no braço esquerdo. "Não existem palavras para descrever aquele inferno"

Anita Lasker-Wallfisch nasceu em Breslau, na Alemanha (atualmente Wroclaw, na Polônia). Tal como acontecia em muitas famílias judias da cidade, a música fazia parte do dia-a-dia: a mãe tocava violino, o pai, advogado, era cantor e as três filhas formavam um trio.

Anita, a mais nova, escolheu o violoncelo. "Um instrumento que, na época, era muito pouco popular entre as moças" -, recorda ela, com um sorriso. O violoncelo acabaria por torná-la, anos mais tarde, numa das poucas sobreviventes do campo de Auschwitz-Birkenau.

A partir de 1933, os judeus de Breslau - até aí, totalmente integrados na sociedade alemã - começaram a sentir na pele o ódio alimentado pela propaganda nazista. "A primeira vez que notei foi na escola.

Tinha oito anos. Preparava-me para limpar o quadro quando uma das crianças gritou: 'Não dê o apagador à judia! 'Mais tarde, outras crianças começaram a cuspir em mim na rua e me chamarem de 'porca judia'.

Eu não conseguia perceber o que estava a acontecendo" -, conta. A família tentou emigrar, mas sem êxito (apenas Marianne, a irmã mais velha de Anita, conseguiu fugir da Alemanha, em 1939).

Em abril de 1942, os pais foram deportados e enviados para Leste, para uma cidade chamada Isbiza, perto de Lublin. "Tinha 16 anos e nunca mais os vi.

Depois soube que em Isbiza os alemães obrigavam os judeus a cavar as suas próprias sepulturas, mandavam-nos despir e disparavam" -, diz.

Poucos meses depois, Anita foi detida em Breslau e mais tarde enviada para os campos de Auschwitz e de Bergen-Belsen.

Depois da guerra, mudou-se para a Inglaterra. Casou com um pianista, tornou-se violoncelista profissional e foi uma das fundadoras da English Chamber Orchestra.

Aos 79 anos, aposentada e viúva, Anita Lasker-Wallfisch continua vivendo em Londres, rodeada de fotografias do marido, dos filhos e dos netos. Como ela, todos músicos.

Ela foi presa pela primeira vez, em 1942, estava empregada numa fábrica de papel de Breslau. Mas só tinha um pensamento na cabeça: fugir da Alemanha. A ideia era alcançar a França.

Não fui muito longe. Na verdade, não passou da estação ferroviária. Provavelmente estava sendo observada pela Gestapo. Como tinha falsificado documentos, foi mandada para uma prisão.

O absurdo da sua situação foi que o fato de ter cometido um crime acabou por ser salva. Ficou na prisão durante mais de um ano e isso provavelmente retardou a sua deportação para um campo de concentração.

Sua chegada à Auschwitz foi numa noite fria de dezembro. Começavam por cortar seus cabelos, depois marcavam seus braços com um número - o seu era o 69388 - tiravam toda a roupa. Nus, sem cabelo, numerados. Era fácil perder todo o sentido da dignidade humana e da identidade.

Ela não sabe por que, mas lembrou-se de dizer que tocava o violoncelo - que coisa mais ridícula numa circunstância como aquela! - Disse. Mas alguém foi de imediato buscar a maestra da orquestra de Auschwitz.

Chamava-se Alma Rosé e era sobrinha de Gustav Mahler. Em vez de ser mandada para a câmara de gás, teve uma conversa sobre música. - Eles precisavam de alguém no violoncelo.

A orquestra tinha cerca de 40 pessoas e alguns instrumentos inesperados, como mandolins, harmônicas e um acordeão. Alma era uma pessoa muito disciplinada. Ela mantinha a orquestra debaixo de um rigor muito severo e punia quem errava uma nota.

Uma vez fui castigada e tive de limpar o assoalho de todo o bloco. Na época eu achava que aquilo era loucura, mas agora vejo que toda aquela disciplina de ferro ajudava - a ela, também - a manter a concentração. E a sobreviver -, disse Anita.

Viviam todos concentrados na orquestra e no pavor de falhar, que nos mantinha num mundo à parte. Não olhavam pela janela. Se olhassem, poderiam ver a chaminé e a fumaça dos corpos que ardiam.

Ouviam os gritos das pessoas, os cães que ladravam. Enquanto isso, eles viviam obcecados em tocar as notas certas. Era uma loucura.

Mas o medo é como a dor. Quando vivemos muito tempo com ele, acabamos por nos habituar. Anita Sobreviveu um ano em Auschwitz e isso se se deveu, sem dúvida, ao fato de ser membro da orquestra.

“- Enquanto os alemães quisessem uma orquestra, não faria muito sentido matar-nos. Era fácil substituir as pessoas que carregavam pedras. Mas os membros da orquestra não -, disse.”

A função era tocar todas as manhãs e todos os fins de tarde perto dos portões do campo, por vezes debaixo de temperaturas negativas. Os alemães gostavam de música e de organização.

Centenas de presos que faziam trabalhos forçados tinham de marchar ao ritmo da música. As reações deles eram variadas. Muitos diziam que era maravilhoso ouvir música e poder fechar os olhos e sonhar que se estava noutro mundo.

Outros achavam ofensivo. Aos domingos davam um concerto e os alemães também costumavam ir. Tocavam todo o tipo de música: êxitos populares, Schumann, Dvorak, árias de Puccini, Verdi, etc.

Além disso, tinham que estar disponíveis para tocar a qualquer hora para os SS que por vezes vinham ao bloco com vontade de relaxar ao som de música depois de um dia passado a decidir quem iria ser mandado para as câmaras de gás.

Os membros da orquestra eram de certa forma, privilegiados. Mas ninguém tinha ilusões. Sabiam que mais cedo ou mais tarde acabariam na câmara de gás. Estavam todos condenados à morte.

Não parecia nem um pouco plausível que alguém pudesse sair de Auschwitz com vida. Mas depois aconteceu um milagre. Os russos aproximaram-se e os guardas, um dia, mandaram todos sair às pressas do bloco.

Todos pensaram que finalmente iam ser mandados para a câmara de gás. Em vez disso, colocaram todos num caminhão de transporte de gado e os levaram para ocidente, para o campo de Bergen-Belsen (perto de Hannover, na Alemanha) ninguém conhecia Bergen-Belsen.

Era muito diferente de Auschwitz, um campo de extermínio muito bem organizado e com toda a infraestrutura. As pessoas eram assassinadas de uma forma sofisticada.

Em Belsen, elas simplesmente extinguiam-se. Ficavam sentados olhando uns para os outros, assistindo o espetáculo da sua própria degradação.

Belsen não tinha condições para receber as centenas e centenas de pessoas - na verdade, esqueletos meio vivos, meio mortos - que chegavam todos os dias dos outros campos devido ao avanço das tropas aliadas.

Muitos morriam no caminho. Dormiam em tendas que ruíam debaixo da chuva. – “Não existem palavras para descrever aquele inferno.

Eu tinha 19 anos, mas sentia-me com 90. Os cadáveres amontoavam-se. Não tínhamos comida, nem água - nada. Ocasionalmente, alguém encontrava uma couve.

As doenças espalhavam-se. Abril de 1945 foi um mês muito quente e o efeito da temperatura naquela montanha de corpos foi simplesmente horrível.

- “Nunca poderei esquecer o dia da libertação. Parecia um milagre. Por volta das cinco da tarde do dia 15 de abril de 1945, o primeiro tanque britânico entrou no campo. De repente tínhamos aquele espaço livre todo à nossa frente.

Mas não recebemos os nossos libertadores com gritos de alegria. Ficamos em silêncio. Em silêncio, porque era difícil de acreditar. No fundo, todos tínhamos uma pequena suspeita que aquilo tudo não passava de um sonho.

 


 

sábado, outubro 28, 2023

Experimentos humanos de Mengele


Mengele usou Auschwitz como uma oportunidade para continuar seus estudos antropológicos e pesquisas sobre a hereditariedade, usando prisioneiros para a experimentação humana. 

Os experimentos não tinham qualquer consideração pela saúde ou segurança das vítimas. Estava particularmente interessado em gêmeos idênticos, pessoas com heterochromia iridum (olhos de duas cores diferentes).

Fazia também experiencias com anões e pessoas com anormalidades físicas. Foi concedida tão criminosamente como os Nazistas, uma subvenção pela Deutsche Forschungsgemeinschaft, solicitada por von Verschuer, que recebia relatórios regulares e expedições de espécimes de Mengele.

A concessão foi usada para construir um laboratório de patologia ligado ao Crematório II em Auschwitz II-Birkenau. O Dr. Miklós Nyiszli, patologista judeu-húngaro que chegou a Auschwitz em 29 de maio de 1944, realizou dissecções e preparou espécimes para serem enviados para este laboratório. 

A pesquisa com gêmeos feita por Mengele destinava-se, em parte, a provar a supremacia da hereditariedade sobre o ambiente e assim reforçar a premissa nazista da superioridade da raça ariana.

Nyiszli e outros relatam que os estudos com gêmeos também podem ter sido motivados por um desejo de melhorar a taxa de reprodução da raça alemã, melhorando as chances de pessoas racialmente desejáveis ​​tendo gêmeos.

Os sujeitos da pesquisa de Mengele eram alimentados e abrigados melhor do que outros prisioneiros e ficavam temporariamente livres das câmaras de gás. 

Estabeleceu um jardim de infância para crianças que foram os objetos de suas experiências, juntamente com todas as crianças ciganas menores de seis anos.

A unidade proporcionava melhores condições de alimentação e de vida do que outras áreas do campo e inclusive incluiu um playground. Ao visitar as crianças se apresentava como "Tio Mengele" e oferecia-lhes doces. 

Mas também foi pessoalmente responsável pelas mortes de um número desconhecido de vítimas que matou através de injeção letal, fuzilamentos, espancamentos e através de seleções e experimentos mortais. 

Lifton descreve Mengele como sádico, sem empatia e extremamente antissemita, sendo que acreditava que os judeus deveriam ser eliminados inteiramente como uma raça inferior e perigosa. 

O filho de Mengele, Rolf, disse que seu pai não mostrou remorso por suas atividades durante a guerra.

Um ex-prisioneiro médico de Auschwitz disse:

“Ele era capaz de ser tão gentil com as crianças, de fazer com que elas se apaixonassem por ele, de lhes trazer açúcar, de pensar em pequenos detalhes de suas vidas diárias e de fazer coisas que realmente admiramos... E então, ao lado... a fumaça dos crematórios e essas crianças, amanhã ou em meia hora, iriam ser mandadas para lá. Bem, aí estava a anomalia.”

Os gêmeos eram submetidos a exames e medições semanais de seus atributos físicos feitos por Mengele ou um de seus assistentes. Os experimentos realizados por Mengele em gêmeos incluíam a amputação desnecessária de membros, a infecção intencional de um gêmeo com tifo ou outras doenças e transfusão de sangue de um gêmeo no outro.

Muitas das vítimas morreram ao passar por esses procedimentos. Depois que um experimento terminava, os gêmeos às vezes eram mortos e seus corpos dissecados. 

Nyiszli lembrou uma ocasião em que Mengele matou pessoalmente 14 gêmeos em uma noite por meio de uma injeção de clorofórmio no coração. Se um gêmeo morria de doença, Mengele matava o outro para que pudessem ser preparados relatórios pós-morte comparativos.

Os experimentos de Mengele com olhos incluíram tentativas de mudar a cor dos olhos injetando produtos químicos em pessoas vivas. Também matava pessoas com olhos heterocromáticos para que eles pudessem ser removidos e enviados para Berlim para estudo. 

Seus experimentos em anões e pessoas com anormalidades físicas incluíam medidas físicas, extração de sangue, extração de dentes saudáveis ​​e tratamento com drogas desnecessárias e raios-X. 

Muitas das vítimas eram enviadas para as câmaras de gás após cerca de duas semanas e seus esqueletos eram enviados para Berlim para estudo posterior.

Mengele procurava por mulheres grávidas, nas quais realizaria experimentos antes de enviá-las para as câmaras de gás. 

A testemunha Vera Alexander descreveu como ele costurou dois gêmeos ciganos pelas costas em uma tentativa de criar gêmeos xifópagos. As crianças morreram de gangrena após vários dias de sofrimento.

terça-feira, outubro 24, 2023

Jerzy Bielecki – Sobrevieste de Auschwitz


 

Jerzy Bielecki foi um assistente social católico polonês, mais conhecido como um dos poucos prisioneiros do campo de concentração de Auschwitz que conseguiu fugir com sucesso. 

Com a ajuda de outros presos do campo, escapou em 1944 junto com sua namorada judia, que também era prisioneira de Auschwitz II. Em 1985, Bielecki recebeu o prêmio Justos entre as Nações. Foi também cofundador e dirigiu a Associação Cristã das Famílias de Auschwitz do pós-guerra.

Inicio

Bielecki nasceu no dia 28 de março 1921 em Slaboszow, Polonia. Aluno de um ginásio em Cracóvia, no início da Segunda Guerra Mundial, decidiu juntar-se ao exército polaco no Ocidente. 

Ao cruzar a fronteira com a Hungria em 7 de maio de 1940, a caminho de tentar juntar-se ao exército polaco parado na França, foi capturado e preso pela Gestapo sob a falsa suspeita de que era um combatente da resistência. 

Um mês depois, em 14 de junho de 1940, foi enviado para o recém-criado campo de prisioneiros de Auschwitz com o primeiro comboio de 728 prisioneiros políticos polacos. Seu número de campo de concentração era 243. 

Seu bom conhecimento da língua alemã permitiu-lhe trabalhar, entre outros empregos em vários momentos, em um armazém de grãos em Babice onde seria depois um subcampo de Auschwitz como escriturário, onde tinha acesso ocasional a informações adicionais. comida e entrou em contato com a resistência antinazista polonesa, o Exército da Pátria.




Fuga de Auschwitz

Designado para um Arbeitskommando em Auschwitz, Bielecki conheceu Cyla Cybulska em um armazém de grãos, trabalhando com outras mulheres consertando sacos de aniagem.  Era uma reclusa judia de Auschwitz-Birkenau (Auschwitz II) desde 19 de janeiro de 1943, seu número de campo era 29558, deportada do gueto de Zambrów. 

Apesar de homens e mulheres não terem permissão para conversar, os dois conseguiam trocar algumas palavras todos os dias e se apaixonaram. A família de Cyla já havia sido assassinada.

Com o tempo, ele reuniu secretamente os suprimentos necessários para uma fuga. Em 21 de julho de 1944, eles conseguiram cruzar juntos o portão do campo usando um passe verde falso, preparado por Bielecki. 

Ele estava vestido com um uniforme da SS, montado a partir de partes de uniformes alemães com a insígnia do Rottenführer, roubado por Tadeusz Srogi (campo de concentração número 178, amigo que fez durante o transporte para o campo), que também havia fornecido o formulário para o passe. 

Em vários pontos ao longo da jornada, Cyla quis desistir, mas Bielecki a convenceu e apoiou, e prometeu que ambos sobreviveriam à provação. Jerzy e Cyla caminharam pelos campos por dez dias. 

Cybulska foi inicialmente escondida na casa do tio de Bielecki em Przemeczany, onde a mãe de Bielecki também morava, e mais tarde por seus amigos, a família Czernik, em uma vila próxima de Gruszow. 

Eles a trataram como sua própria filha. O próprio Bielecki juntou-se ao Exército da Pátria. Perto do final da guerra, ele e Cyla se separaram; Bielecki se escondeu na Cracóvia.

Depois que o exército soviético passou por Cracóvia em janeiro de 1945, Bielecki deixou a cidade onde estava escondido da perseguição nazista e caminhou 40 quilômetros por estradas cobertas de neve para encontrar Cybulska na casa da fazenda. 

Mas ele chegou quatro dias atrasado. Cybulska, sem saber que a área onde ela estava escondida havia sido libertada três semanas antes de Cracóvia, desistiu de esperar por ele, concluindo que seu 'Juracek' estava morto ou havia abandonado seus planos. 

Cybulska pegou um trem para Varsóvia, na tentativa de encontrar um tio nos Estados Unidos. No trem ela conheceu um judeu, David Zacharowitz, e os dois começaram um relacionamento e acabaram se casando. 

Foram para a Suécia e depois para Nova York, para morar com o tio de Cybulska, que os ajudou a iniciar um negócio de joias. Zacharowitz morreu em 1975. Na Polônia, Bielecki acabou constituindo família e trabalhou como diretor de uma escola de mecânica de automóveis. Ele não tinha notícias de Cybulska e não tinha como encontrá-la.

Cyla foi informada de que ele havia sido morto durante a Operação Tempestade, enquanto ele foi informado de que ela havia deixado o país e morrido na Suécia.

Pós-guerra

Foi só em maio de 1983, em Nova York, que Cybulska descobriu acidentalmente que Bielecki estava vivo e bem, quando uma polonesa que limpava o apartamento de sua família mencionou um documentário no qual os viu recontar sua história. 

Cyla conseguiu o seu número de telefone e o casal reencontrou-se no mês seguinte na Polónia, no dia 8 de junho de 1983, pela primeira vez desde o fim da guerra. 

Cyla o visitou diversas vezes na Polônia, e eles visitaram juntos o memorial de Auschwitz, a família de agricultores que a escondeu e outros lugares, ficando juntos em hotéis. “O amor começou a voltar”, disse Bielecki. Cyla chegou a me dizer: “Deixe sua esposa, venha comigo para a América”, ele lembrou. 

Ela chorou muito quando eu disse a ela: olha, eu tenho filhos tão lindos. Como eu poderia fazer isso? Ela voltou para Nova York e escreveu para ele: 'Jurek, não voltarei', lembrou ele. Eles nunca mais se encontraram e ela não respondeu às cartas dele. 

Ela morreu alguns anos depois em Nova York em 2002. - Monika Ścisłowska, AP. Nota: De acordo com a foto da lápide apresentada em Findagrave.com, Cyla Zacharowicz (escrito Zacharowitz por Ścisłowska) morreu em 2005, não em 2002.

Após a guerra, Bielecki cofundou e tornou-se presidente honorário da Associação Cristã das Famílias de Auschwitz. Também foi inscrito na lista dos Justos entre as Nações (em 1985), e tornou-se cidadão honorário de Israel. 

Cyla morreu em 2005. Ele morreu em Nowy Targ em 20 de outubro de 2011. Sua fuga do campo com Cybulska foi descrita em vários documentários e livros, incluindo a autobiografia do próprio Bielecki, Kto ratuje jedno życie. (Aquele que salva uma vida) (1990). 

 

segunda-feira, outubro 23, 2023

A Coca-Cola e a Segunda Guerra Mundial




Em 1943, o General Eisenhower enviou um telegrama urgente ao general do Exército George Marshall, pedindo não mais tropas, mas que três milhões de garrafas de Coca-Cola americana fossem enviadas para soldados no norte da África.

Em seis meses, um engenheiro da Coca-Cola voou para Argel (no norte da África) e abriu a primeira fábrica, a precursora de 64 fábricas de engarrafamento embarcadas no exterior durante a Segunda Guerra Mundial.

As fábricas foram montadas o mais perto possível para combater áreas na Europa e no Pacífico. Mover tudo o que a Coca-Cola precisava em meio a um mundo em guerra não foi tarefa fácil.

Um grupo especial de funcionários da Coca-Cola conhecidos como “observadores técnicos”, ou “OTs”, engarrafou e embarcou mais de cinco bilhões de garrafas de Coca-Cola para os militares durante a Segunda Guerra Mundial, segundo a Coca-Cola Co.

A empresa de refrigerantes com sede em Atlanta assumiu o papel de apoiar as tropas tão seriamente quanto à própria guerra.

Mais de cinco bilhões de garrafas de Coca-Cola foram consumidas pelo pessoal do serviço militar durante a guerra, além de inúmeras garrafas através de distribuidores e unidades móveis e autônomas em áreas de batalha.

A Coca construiu fábricas de engarrafamento improvisadas perto das linhas de frente, empregando, por fim, quase 150 OTs, todos ocupando postos do Exército e sendo tratados como oficiais do Exército.

Durante a guerra, muitas pessoas desfrutaram de seu primeiro sabor da bebida. A Coca-Cola daquela época talvez fosse mais saborosa do que a de hoje. Ainda não havia a manipulação que existe atualmente.

quarta-feira, outubro 18, 2023

Judy - A cadela Guerreira

Judy - A cadela Guerreira - Judy, uma perdigueira pura, foi a mascote de vários navios no Pacífico e foi capturada pelos japoneses em 1942, sendo depois levada para um campo de prisioneiros. Lá ela conheceu o aviador Frank Williams, que dividiu sua pequena porção de arroz com ela.

Judy levantou o moral no campo de prisioneiros de guerra e também aprendeu a latir quando cobras venenosas, crocodilos ou até tigres se aproximaram dos prisioneiros.

Quando os prisioneiros foram enviados de volta para Singapura, ela foi contrabandeada em um saco de arroz, nunca tendo choramingado ou feito qualquer barulho, para não denunciar sua presença aos guardas.

No dia seguinte, o navio foi torpedeado. Williams empurrou Judy para fora de uma vigia na tentativa de salvar sua vida, embora houvesse uma queda de 4,5 metros para o mar. Ele escapou do navio, mas foi recapturado e enviado para um novo campo de prisioneiros de guerra.


Ele não sabia se Judy havia sobrevivido, mas logo começou a ouvir histórias sobre um cachorro ajudando homens se afogando a alcançarem os destroços após o naufrágio. E quando Williams chegou ao novo acampamento, ele disse: "Eu não conseguia acreditar no que estava vendo!”; “Ao atravessar o portão, um cachorro desgrenhado me atingiu bem no meio dos ombros e me derrubou. Nunca havia ficado tão feliz por ver minha velha amiga!"

Eles passaram um ano juntos naquele acampamento em Sumatra. "Judy salvou minha vida de muitas maneiras", disse Williams. “Mas o maior de tudo foi me dar uma razão para viver. Tudo que eu tinha que fazer era olhar para aqueles olhinhos cansados ​​ele olhando carinhosamente e me perguntar: 'O que aconteceria com ela se eu morresse?' E aí eu ganhava de novo forças para continuar.”

 

Assim que as hostilidades cessaram, Judy foi contrabandeada a bordo de um navio de tropas que voltava para Liverpool. Na Inglaterra, ela recebeu a Medalha Dickin (a "Cruz Vitória" para animais) em maio de 1946.

Em sua citação diz o seguinte: "Por magnífica coragem e resistência nos campos de prisioneiros japoneses, que ajudou a manter o moral entre seus companheiros de prisão, e também por ter salvado muitas vidas pela sua inteligência e vigilância.”

Ao mesmo tempo, Frank Williams foi condecorado com a Cruz Branca de St. Giles do PDSA por sua devoção a Judy.

Frank e Judy passaram um ano após a guerra visitando parentes de prisioneiros de guerra ingleses que não sobreviveram, e Frank disse que Judy "sempre proporcionou reconfortante apoios todas as famílias.”

Quando Judy finalmente morreu aos 13 anos de idade, Frank passou os dois meses seguintes construindo um memorial de granito e mármore em sua memória, onde incluiu uma placa descrevendo toda a história de sua vida.

Portal do Animal