Insuficiência de Caráter. O que faz com que pessoas que nunca
tiveram nada na vida e de repente conseguem – sabe-se lá
como – mudarem de vida e
transformar-se em pessoas inescrupulosas, arrogantes,
que sentem prazer em humilhar seus
subordinados, desvalorizar os colaboradores e
cliente e acharem-se superiores a tudo e a todos?
É simplesmente o caráter que falta a essas pessoas.
Todos nós temos nossas limitações e ninguém é cem por cento de nada, mas
essas pessoas acham que são e querem impor essa imaginável sabedoria a todos e
quando isso não acontece vem as críticas, o desprezo e a humilhação.
O pior é que se sentem felizes em fazer isso em público, é maravilhoso
para o ego deles.
Quem trabalha com gente desse tipo está fadado a nunca ser nada na vida e
ainda poderá ser penalizado por eles, que são oportunistas, e enquadrado em
situações ridículas e criminosas.
Já trabalhei em grandes empresas em cargos e de confiança e liderança e
sempre soube tratar do mais humilde colaborador ao mais graduado da mesma
forma, sendo por isso, bem visto por todos.
O caso de empresários do tipo a que me refiro é que eles acham que o
empregado é e sempre será um estorvo. Acham que pagar o salário deles é um
favor e não uma obrigação.
Acham sempre que o colaborador tem que sempre dá mais do que suas
condições permitem. Daí vem o ato de denegrir, achincalhar e humilhas as
pessoas.
Hoje trabalho por conta própria como Contador e presto serviços para
muitas empresas e no dia-a-dia, vejo como as empresas que respeitam seus colaboradores
funcionam e, comparo com as que desrespeitam a integridade dos seus empregados.
É uma diferença abissal!
Acho, porém, que por mais que uma
empresa fature se não tiver uma organização no seu quadro de funcionários, em
relação aos métodos fiscais e na organizacional dos documentos, ela vai está
fadada ao fracasso que já vi acontecer com outras.
Assim como quem não era nada,
conseguiu chegar a algum lugar da montanha, talvez caia sem nunca chegar ao
topo.
Caráter é um termo usado em
psicologia como componente da personalidade. Em linguagem comum o
termo descreve os traços morais da personalidade.
Na psicologia da personalidade, o caráter se refere principalmente às
características autorregulatórias da personalidade, que são desenvolvidas
de maneira incremental e associadas a áreas do cérebro relacionadas a processos
intencionais e funções metacognitivas.
Geralmente é contrastado com o temperamento, que abrange mais aspectos
envolvendo reações emocionais básicas e comportamentos automáticos.
Apesar de também dependente de uma complexa interação entre conjuntos de
genes, a determinação do caráter aparece de forma mais leve do que em
relação ao temperamento.
O temperamento é moderadamente estável ao longo da vida, enquanto o
caráter surge após a infância, sofre maturação e é influenciado pela
aprendizagem social e cultural.
O temperamento possui forte predisposição inata de componentes
biológicos, e é independente de cultura ou aprendizagem social.
Psicologia e
Neurociência
As escolas da caracterologia alemã e franco-holandesa esforçaram-se
por dar aos dois termos (personalidade e caráter) um significado diferente, sem
que, no entanto, se chegasse a um consenso.
René Le Senne, por exemplo, propõe a seguinte distinção: Caráter referiu-se, naquele contexto, ao
conjunto de disposições congênitas, ou seja, que o indivíduo possui desde
seu nascimento e compõe, assim, o esqueleto mental do indivíduo; já
personalidade foi definida como o conjunto de disposições mais
"externas", como que a "musculatura mental" - todos os
elementos constitutivos do ser humano que foram adquiridos no correr da vida,
incluindo todos os tipos de processos mentais.
As definições convencionais são outras atualmente na neurociência. C.
Robert Cloninger afirma que o bem-estar pessoal máximo é atingido quando
um indivíduo possui bem desenvolvidos os três traços formadores do caráter
segundo seu Inventário de Temperamento e Caráter: autodirecionamento,
cooperatividade e autotranscedência.
Os genes que codificam perfis de caráter são diferentes dos genes que
codificam perfis de temperamento, mas ambos são integrados juntos por
interações ambientais; quanto ao caráter, preponderam genes de RNAs longos não
codificantes, que regulam a expressão gênica.
Francisco Silva Sousa - Foto:
Pixabay.
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