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sexta-feira, janeiro 27, 2023

Atitude é tudo

Joel era o tipo do cara que você gostaria de conhecer.

Ele estava sempre de bom humor e sempre tinha algo de positivo para dizer.

Se alguém lhe perguntasse como ele estava, a resposta seria logo:

- Se melhorar, estraga.

Ele era um gerente especial, em um restaurante, pois seus garçons o seguiam de restaurante em restaurante apenas pelas suas atitudes.

Ele era um motivador nato.

Se um colaborador estava tendo um dia ruim, Joel estava sempre dizendo como ver o lado positivo da situação.

Fiquei tão curioso com seu estilo de vida que um dia lhe perguntei:

- Você não pode ser uma pessoa tão positiva todo o tempo. Como você faz isso?

Ele me respondeu:

- A cada manhã, ao acordar, digo para mim mesmo: Joel, você tem duas escolhas hoje. Pode ficar de bom humor ou de mau humor. Eu escolho ficar de bom humor. Cada vez que algo de ruim acontece, posso escolher bancar a vítima ou aprender alguma coisa com o   ocorrido. Eu escolho aprender algo.  Toda vez que alguém reclamar, posso escolher aceitar a reclamação ou mostrar o lado positivo da vida.

- Certo, mas não é fácil - argumentei.

- É fácil sim, disse-me Joel. A vida é feita de escolhas.  Quando você examina a fundo, toda situação sempre oferece escolha. Você escolhe como reagir às situações. Você escolhe como as pessoas afetarão o seu humor. É sua a escolha de como viver a sua vida.

Eu pensei sobre o que Joel disse e sempre lembrava dele quando fazia uma escolha.

Anos mais tarde, soube que Joel cometera um erro, deixando a porta de serviço aberta pela manhã. Foi rendido por assaltantes.

Dominado, enquanto tentava abrir o cofre, sua mão, tremendo pelo nervosismo, desfez a combinação do segredo. Os ladrões entraram   em pânico e atiraram nele.

Por sorte ele foi encontrado a tempo de ser socorrido e levado para um hospital. Depois de 18 horas de cirurgia e semanas de tratamento intensivo, teve alta ainda com fragmentos de balas alojadas em seu corpo.

Encontrei Joel mais ou menos por acaso. Quando lhe perguntei como estava, respondeu:

- Se melhorar estraga.

Contou-me o que havia acontecido perguntando:

- Quer ver minhas cicatrizes?

 Recusei ver seus antigos ferimentos, mas perguntei-lhe o que havia passado em sua mente na ocasião do assalto.

 - A primeira coisa que pensei foi que deveria ter trancado a porta de trás, respondeu. Então, deitado no chão, ensanguentado, lembrei que tinha duas escolhas: poderia viver ou morrer. Escolhi viver.

- Você não estava com medo? Perguntei.

 - Os paramédicos foram ótimos. Eles me diziam que tudo ia dar certo e que eu ia ficar bom. Mas quando entrei na sala de emergência e vi a expressão dos médicos e enfermeiras, fiquei apavorado. Em seus lábios eu lia: "esse aí já era". Decidi então que tinha que fazer algo.

- O que fez? Perguntei.

- Bem, havia uma enfermeira que fazia muitas perguntas. Me perguntou se eu era alérgico a alguma coisa. Eu respondi: "sim".  Todos pararam para ouvir a minha resposta. Tomei fôlego e gritei:  "Sou alérgico a balas!" Entre as risadas, lhes disse: "Eu estou escolhendo viver, operem-me como um ser vivo, não como morto."

Joel sobreviveu graças à persistência dos médicos, mas também graças à sua atitude.

Aprendi que todo dia temos a opção de viver plenamente. Afinal de contas, "Atitude é tudo".

A/D



J

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