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terça-feira, abril 18, 2023

O Beijo da Morte

(El beso de la muerte) é uma escultura de mármore, encontrada no cemitério Poblenou, em Barcelona.

A escultura retrata a morte, na forma de um esqueleto alado, beijando a testa de um belo jovem.

A obra suscita perguntas variadas: é êxtase no rosto do jovem? Resignação? Ou, nas palavras de Georges Bataille: "Se, cruel, não nos convida a morrer de arrebatamento, a arte pelo menos tem a virtude de colocar um momento de nossa felicidade em um plano igual ao da morte".

O erotismo do beijo é inescapável - a escultura mostra o jovem acolhendo a morte. A cena é paradoxal: ao mesmo tempo romântica e horripilante.

Atrai e repele, o desejo de tocar combina-se com o desejo de fugir. É um beijo de paixão, mas um beijo mortal e destruidor.

Schopenhauer lembra que "a morte é a musa da filosofia" e, por isso, Sócrates definiu a filosofia como "preparação para a morte". Sem a morte, seria mesmo difícil que se tivesse filosofado.

A morte nos namora todos os minutos de nossos dias, então, é justo que ela beije nossa face quando e como quiser.






 

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