(El beso de la muerte) é uma
escultura de mármore, encontrada no cemitério Poblenou, em Barcelona.
A escultura retrata a morte, na
forma de um esqueleto alado, beijando a testa de um belo jovem.
A obra suscita perguntas
variadas: é êxtase no rosto do jovem? Resignação? Ou, nas palavras de Georges
Bataille: "Se, cruel, não nos convida a morrer de arrebatamento, a arte
pelo menos tem a virtude de colocar um momento de nossa felicidade em um plano
igual ao da morte".
O erotismo do beijo é inescapável
- a escultura mostra o jovem acolhendo a morte. A cena é paradoxal: ao mesmo
tempo romântica e horripilante.
Atrai e repele, o desejo de tocar
combina-se com o desejo de fugir. É um beijo de paixão, mas um beijo mortal e
destruidor.
Schopenhauer lembra que "a
morte é a musa da filosofia" e, por isso, Sócrates definiu a filosofia
como "preparação para a morte". Sem a morte, seria mesmo difícil que
se tivesse filosofado.
A morte nos namora todos os
minutos de nossos dias, então, é justo que ela beije nossa face quando e como
quiser.
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