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sábado, outubro 25, 2025

Mudanças



Lá um belo dia, você acorda... e acorda de verdade. Não é apenas abrir os olhos, levantar-se da cama ou seguir a rotina no automático. É um despertar interno - uma consciência que finalmente se ergue e diz: “chega de sobreviver, agora quero viver de verdade.”

Acordar é mais do que um gesto físico: é um ato de coragem. A maioria das pessoas que se sentem desanimadas, tristes, frustradas ou sozinhas (mesmo rodeadas de gente) sofre, na verdade, de uma espécie de sonolência da alma - uma incapacidade de se olhar com sinceridade e acordar para a própria vida.

É tão fácil apontar os defeitos dos outros, reclamar do mundo, culpar as circunstâncias…, Mas e você? Está fazendo a sua parte?

A pessoa que você mostra ao mundo é realmente quem você é? Quando sorri, é porque está feliz - ou apenas por educação, conveniência ou medo de desagradar?

Não se trata de defender a grosseria ou a falta de limites, mas de resgatar a verdade. E sim, a verdade pode ser dita com delicadeza. Experimente responder com honestidade, mas sem agressividade:

- “Muito obrigada, mas não gosto desse tipo de filme.”

Ou então, pare um instante e pense em quantas vezes inventou desculpas como:
- “Estou com dor de cabeça...”

- “Justamente hoje tenho um compromisso inadiável...”

- “Estou terminando um trabalho...”

Talvez perceba o quanto de mentiras pequenas e desnecessárias vêm se acumulando ao longo da vida - as mesmas que você condena e alerta seus filhos a não dizerem.

É irônico, não é?

Desde que o ser humano aprendeu a usar a palavra, também aprendeu a se esconder atrás dela. Muitas pessoas que pensam conhecê-lo não conhecem você - conhecem o personagem que você veste todos os dias: sorridente, equilibrado, “de bem com a vida”, incapaz de dizer basta.

Mas, no fundo, talvez você queira gritar, jogar tudo para o alto, sair de cena por um instante e respirar. Pois bem, esse instante pode ser agora. Aproveite o dia. Pergunte-se com coragem:

- Quem sou eu?

- Gosto dessa vida que levo?

- O que mais me incomoda em mim?

- Quantas oportunidades deixei passar só para agradar os outros?

- De quantos sonhos abri mão por medo, insegurança ou simples falta de coragem?

Essas perguntas podem doer, mas trazem uma poderosa revelação: você é responsável pela própria vida. Sim, é pesado assumir isso. É tão mais fácil dizer:
“Não me deixaram...”

“Não tive escolha...”

“Se eu soubesse antes...”

Mas a verdade é que, em muitos casos, foi você quem escolheu se calar, adiar, ceder - e está tudo bem reconhecer isso. Porque a partir desse reconhecimento nasce a possibilidade de transformar.

Antes de lamentar o que não tem ou o que perdeu, olhe para o que ainda pode ser feito. Reveja o que é essencial e o que é descartável em sua vida.
Não adianta chorar o tempo desperdiçado - o importante é o agora, o presente, o primeiro passo após o despertar.

Comece pequeno, mas comece:

Respire fundo.

Tome um copo d’água.

Sorria para si mesmo, mesmo que timidamente. Permita-se sentir a leveza de estar acordando para uma nova versão de você. Acorde bem. E tenha não apenas um bom dia - mas um novo começo.

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