Lá um belo dia, você
acorda... e acorda de verdade. Não é apenas abrir os olhos, levantar-se da cama
ou seguir a rotina no automático. É um despertar interno - uma consciência que
finalmente se ergue e diz: “chega de sobreviver, agora quero viver de
verdade.”
Acordar é mais do que um
gesto físico: é um ato de coragem. A maioria das pessoas que se sentem
desanimadas, tristes, frustradas ou sozinhas (mesmo rodeadas de gente) sofre,
na verdade, de uma espécie de sonolência da alma - uma incapacidade de se olhar
com sinceridade e acordar para a própria vida.
É tão fácil apontar os
defeitos dos outros, reclamar do mundo, culpar as circunstâncias…, Mas e você?
Está fazendo a sua parte?
A pessoa que você mostra ao
mundo é realmente quem você é? Quando sorri, é porque está feliz - ou apenas
por educação, conveniência ou medo de desagradar?
Não se trata de defender a
grosseria ou a falta de limites, mas de resgatar a verdade. E sim, a verdade
pode ser dita com delicadeza. Experimente responder com honestidade, mas sem
agressividade:
- “Muito obrigada, mas não
gosto desse tipo de filme.”
Ou então, pare um instante
e pense em quantas vezes inventou desculpas como:
- “Estou com dor de cabeça...”
- “Justamente hoje tenho um
compromisso inadiável...”
- “Estou terminando um
trabalho...”
Talvez perceba o quanto de mentiras
pequenas e desnecessárias vêm se acumulando ao longo da vida - as mesmas que
você condena e alerta seus filhos a não dizerem.
É irônico, não é?
Desde que o ser humano
aprendeu a usar a palavra, também aprendeu a se esconder atrás dela. Muitas
pessoas que pensam conhecê-lo não conhecem você - conhecem o personagem que
você veste todos os dias: sorridente, equilibrado, “de bem com a vida”, incapaz
de dizer basta.
Mas, no fundo, talvez você
queira gritar, jogar tudo para o alto, sair de cena por um instante e respirar.
Pois bem, esse instante pode ser agora. Aproveite o dia. Pergunte-se com
coragem:
- Quem sou eu?
- Gosto dessa vida que
levo?
- O que mais me incomoda em
mim?
- Quantas oportunidades
deixei passar só para agradar os outros?
- De quantos sonhos abri
mão por medo, insegurança ou simples falta de coragem?
Essas perguntas podem doer,
mas trazem uma poderosa revelação: você é responsável pela própria vida. Sim, é
pesado assumir isso. É tão mais fácil dizer:
“Não me deixaram...”
“Não tive escolha...”
“Se eu soubesse antes...”
Mas a verdade é que, em
muitos casos, foi você quem escolheu se calar, adiar, ceder - e está tudo bem
reconhecer isso. Porque a partir desse reconhecimento nasce a possibilidade de transformar.
Antes de lamentar o que não
tem ou o que perdeu, olhe para o que ainda pode ser feito. Reveja o que é
essencial e o que é descartável em sua vida.
Não adianta chorar o tempo desperdiçado - o importante é o agora, o presente, o
primeiro passo após o despertar.
Comece pequeno, mas comece:
Respire fundo.
Tome um copo d’água.
Sorria para si mesmo, mesmo que timidamente. Permita-se sentir a leveza de estar acordando para uma nova versão de você. Acorde bem. E tenha não apenas um bom dia - mas um novo começo.









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