Deixas-te me. Serás de outro!
Outro irá possuir a fortuna da tua meiguice, outro terá a glória do teu amor, do teu carinho que eu tanto cobicei que eu tanto quis. Será outro a te beijar, a ti acariciar, a te possuir, a te amar!
O outro afagara, beijaras, amaras e te entregaras sem reservas. E eu o sei, repito-o, escrevo-o... E não enlouqueci, ainda não morri de dor, de amargura.
Extravagante mundo, o que concede esta incoerência: Tu pertencendo a outro, querida; eu, continuando a viver. De tão ridículo, nem parece possível. É, no entanto, a verdade, toda a verdade.
Não estremecerá o teu corpo, não se rebelará tua carne quando outro a tocar? Não calaram os teus lábios, não se cerraram em protesto, quando te perguntarem se aceitará outro como teu homem?
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