Propaganda

sábado, novembro 29, 2025

Enquanto há tempo



O amor deve saber dizer palavras que só existem no “tempo da delicadeza” - esse intervalo secreto em que o coração fala baixo, mas diz tudo. “Prometo te querer até o amor cair doente, doente”, escreveu Rubem Alves, revelando que até o amor, tão forte e resistente, pode adoecer quando é descuidado.

É por isso que, nesse tempo misterioso e frágil, é preciso amar com cuidado: amar com o olhar que acolhe, com os ouvidos que escutam o que o outro não consegue dizer, com as mãos que tateiam o mundo e o corpo amado como quem segura uma asa prestes a se partir.

O amor não vive de grandes discursos, mas de pequenos gestos que evitam feridas:
a paciência que não exige, a presença que não sufoca, a palavra certa que chega antes da dor, o silêncio cúmplice que protege e aproxima.

O “tempo da delicadeza” não é eterno. Ele passa, ele se esconde, ele se perde na pressa, no automatismo, na rudeza do cotidiano. Por isso é urgente cuidar enquanto ainda há tempo - antes que a rotina adoeça o afeto, antes que o excesso de razão asfixie a poesia, antes que as mãos se acostumem à ausência.

Amar, no fundo, é um trabalho de artesão: lapida-se o gesto, aparar-se a palavra, cultiva-se o toque. É um exercício diário de atenção para que o amor não se torne apenas memória do que poderia ter sido.

Que cada encontro seja tratado como um milagre raro, que cada amanhecer ao lado seja entendido como privilégio, que cada fragilidade do outro seja acolhida como parte sagrada da experiência humana.

Porque, quando o amor adoece, quase sempre é de descuido. Mas quando floresce, é porque alguém escolheu ser delicadeza em um mundo que desaprendeu a sentir.O amor deve saber dizer palavras que só existem no “tempo da delicadeza” - esse intervalo secreto em que o coração fala baixo, mas diz tudo. “Prometo te querer até o amor cair doente, doente”, escreveu Rubem Alves, revelando que até o amor, tão forte e resistente, pode adoecer quando é descuidado.

É por isso que, nesse tempo misterioso e frágil, é preciso amar com cuidado: amar com o olhar que acolhe, com os ouvidos que escutam o que o outro não consegue dizer, com as mãos que tateiam o mundo e o corpo amado como quem segura uma asa prestes a se partir.

O amor não vive de grandes discursos, mas de pequenos gestos que evitam feridas:
a paciência que não exige, a presença que não sufoca, a palavra certa que chega antes da dor, o silêncio cúmplice que protege e aproxima.

O “tempo da delicadeza” não é eterno. Ele passa, ele se esconde, ele se perde na pressa, no automatismo, na rudeza do cotidiano. Por isso é urgente cuidar enquanto ainda há tempo - antes que a rotina adoeça o afeto, antes que o excesso de razão asfixie a poesia, antes que as mãos se acostumem à ausência.

Amar, no fundo, é um trabalho de artesão: lapida-se o gesto, aparar-se a palavra, cultiva-se o toque. É um exercício diário de atenção para que o amor não se torne apenas memória do que poderia ter sido.

Que cada encontro seja tratado como um milagre raro, que cada amanhecer ao lado seja entendido como privilégio, que cada fragilidade do outro seja acolhida como parte sagrada da experiência humana.

Porque, quando o amor adoece, quase sempre é de descuido. Mas quando floresce, é porque alguém escolheu ser delicadeza em um mundo que desaprendeu a sentir.

0 Comentários: