Propaganda

terça-feira, julho 11, 2023

Assim falou Zaratustra: um livro para todos e para ninguém


 

Assim falou Zaratustra: um livro para todos e para ninguémUma das obras mais conhecidas de Nietzsche é "Assim falou Zaratustra" (Also sprach Zarathustra, no original em alemão), publicada em 1883.

A obra é escrita em forma de poesia e filosofia, e narra a jornada do personagem Zaratustra em busca de um novo caminho para a humanidade.

"Assim falou Zaratustra" é uma das obras mais complexas e influentes de Nietzsche. O livro é uma espécie de manifesto para uma nova forma de pensar e viver.

A obra é dividida em quatro partes, cada uma abordando diferentes temas e conceitos filosóficos.

Uma das citações mais conhecidas da obra é "Deus está morto", que representa a ideia de que a religião e a moral tradicional já não têm mais relevância na sociedade moderna.

Além disso, Nietzsche enfatiza a importância do indivíduo e da autodeterminação, declarando: "O indivíduo tem sempre lutado para não ser absorvido pela tribo. Se fizeres o que os outros fazem, estará recuando".

A primeira parte do livro apresenta a figura de Zaratustra, um profeta que decide deixar sua caverna e descer para o mundo para compartilhar sua sabedoria com a humanidade.

Nessa parte, Nietzsche apresenta a ideia da "morte de Deus", que representa a ideia de que a religião e a moral tradicional já não têm mais relevância na sociedade moderna.

A frase "Deus está morto", que é citada várias vezes na obra, é uma forma de expressar essa ideia.

Na segunda parte do livro, Zaratustra começa a falar sobre o conceito de "eterno retorno", que é a ideia de que a vida se repete infinitamente.

Segundo Nietzsche, o homem deve aceitar essa ideia e encontrar alegria e beleza na repetição da vida.

A terceira parte do livro aborda o conceito de "super-homem" (Übermensch), que é uma figura que transcende as limitações da existência humana e alcança uma forma de vida mais elevada e criativa.

Segundo Nietzsche, o super-homem é aquele que é capaz de se libertar das amarras da moralidade tradicional e criar seus próprios valores.

Por fim, a quarta parte do livro apresenta a figura de Zaratustra em um estado de exaustão e desilusão. Nessa parte, Nietzsche fala sobre a importância da solidão e da autodeterminação, enfatizando a ideia de que cada indivíduo deve encontrar seu próprio caminho na vida.

Além das ideias mencionadas anteriormente, "Assim falou Zaratustra" apresenta outras concepções e metáforas que são fundamentais para a compreensão da obra e do pensamento de Nietzsche.

Por exemplo, a figura do "camelo" é uma metáfora usada por Nietzsche para representar o homem que carrega o peso da tradição e da moralidade.

Segundo o autor, o camelo precisa ser capaz de suportar o peso da tradição antes de poder se tornar o "leão", que é aquele que se rebela contra as normas e os valores tradicionais.

Por fim, o leão deve ser capaz de superar a si mesmo e se transformar no "bebê", que é aquele que cria seus próprios valores e vive de forma autêntica e criativa.

Outra metáfora importante na obra é a da "dança". Nietzsche acreditava que a vida é uma dança que deve ser vivida com intensidade e beleza.

Segundo o autor, a dança representa o espírito livre de um sujeito, representando metaforicamente um tipo de agilidade mental que permite que uma pessoa pense livremente e por si mesmo fora das amarras da sociedade.

Ao longo da obra, Nietzsche apresenta uma visão radicalmente individualista e anti-tradicionalista, enfatizando a importância do indivíduo e da autodeterminação.

A obra é uma crítica à moralidade tradicional e à religião, e propõe uma nova forma de pensar e viver baseada na busca pela transcendência e na criação de valores próprios por cada indivíduo.


0 Comentários: