O amor nos
tira o sono, nos tira do sério, tira o tapete debaixo dos nossos pés, faz com
que nos defrontemos com medos e fraquezas aparentemente superados, mas também
com insuspeita audácia e generosidade.
E como
habitualmente tem um fim - que é dor - complica a vida. Por outro lado, é um
maravilhoso ladrão da nossa arrogância.
Quem nos
quiser amar agora terá de vir com calma, terá de vir com jeito.
Somos um
território mais difícil de invadir, porque levantamos muros, inseguros de
nossas forças disfarçamos a fragilidade com altas torres e ares imponentes.
A
maturidade me permite olhar com menos ilusões, aceitar com menos sofrimento,
entender com mais tranquilidade, querer com mais doçura.
Às vezes é
preciso recolher-se.
Lya Luft
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