Claus Philipp Maria Schenk Graf von Stauffenberg nasceu em Jettingen-Scheppach, Alemanha no dia 15 de novembro de 1907.
Foi um oficial do
exército alemão mais conhecido por sua participação na liderança do
Atentado de 20 de julho de 1944, que tentou assassinar Adolf Hitler e
remover o Partido Nazista do poder (Operação Valquíria).
Junto com outros oficiais, como Henning von Tresckow e
Hans Oster, ele era uma das figuras centrais da Resistência Alemã dentro
da Wehrmacht. Após o fracassado atentado contra Hitler, ele e outros
conspiradores foram executados pelos nazistas.
Carreira Militar
O nome completo de Stauffenberg era Claus Philipp Maria Justinian, seguido do título Conde de Stauffenberg.
Pertencia a uma família nobre da Baviera, tradicionalmente católica, mais precisamente ligada ao antigo Reino de Wurttemberg, detentores do título nobiliárquico de graf, que na nobreza latina equivale-se ao conde.
Seus pais eram Alfred Schenk Graf von
Stauffenberg e Caroline Schenk Gräfin von Stauffenberg.
Claus era um intelectual e estudou literatura e
história antes de se juntar ao exército alemão. Foi o oficial alemão mais
jovem a chegar ao posto de coronel, sendo uma estrela em ascendência no
exército (Heer) das forças armadas alemãs (a Wehrmacht).
É sabido que Stauffenberg concordava com alguns aspectos da ideologia nacionalista do Partido Nazista alemão, chegando a apoiar a invasão da Alemanha contra a Polônia.
Ele ainda foi ouvido fazendo
comentários antissemitas e expressou apoio pelo uso de mão de obra escrava
polonesa.
Ainda assim, ele já era conhecido por não ser um simpatizante entusiasmado, expressando repugnância com várias ideologias nazistas e se recusou a se tornar um membro do partido.
Stauffenberg vacilava entre o seu desgosto pessoal por Hitler e o respeito pelo que o Fuhrer havia feito com o país, rearmando o exército e reerguendo a nação.
Mas, testemunhando o tratamento dispensado aos
judeus alemães, e a supressão religiosa ofenderam o senso de catolicismo e
moralidade de Stauffenberg.
Foi ferido num ataque aéreo em 7 de abril de 1943 na
campanha Norte-Africana quando servia no Afrika Korps. Perdeu dois dedos
da mão esquerda, a mão direita e o olho esquerdo, além de graves
ferimentos no joelho.
Conspiração
Stauffenberg, junto com outros vários militares alemães que já não suportavam as ordens de Hitler, organizou um atentado a bomba contra o mesmo. Tinham em mente levar duas pastas com explosivos a uma reunião militar onde ele estaria presente.
Todo
projeto foi coordenado com ajuda de cúmplices que aguardariam Stauffenberg
colocar os dispositivos próximos a Hitler. Antes da explosão, ele forjaria uma
saída inesperada da sala, alegando querer dar um telefonema.
Foi um dos principais articuladores deste malsucedido atentado que tentou remover o líder nazista do poder.
A tentativa de matar Hitler aconteceu em seu quartel-general, conhecido
como a " Toca do Lobo” situado nas proximidades de Rastenburg (atualmente Kętrzyn,
junto à aldeia à época chamada Görlitz hoje Gierłoż na
Prússia Oriental, atual território da Polônia).
O fracasso
Stauffenberg carregou consigo as duas pastas com 1 kg de explosivos cada uma, sendo que só conseguiu levar uma das bombas à sala de reunião onde ocorreu o atentado.
Os
explosivos foram preparados para simularem o efeito de uma bomba britânica. Isto
foi feito para encobrir a ação dos conspiradores. Uma grande e pesada mesa de
madeira de carvalho protegeu o Fuhrer da explosão.
Entre 11 feridos e 4
mortos, Hitler teve apenas ferimentos leves. Enquanto recebia socorro médico,
Hitler disse: "eu sou imortal".
Horas mais tarde, Hitler
recebeu Benito Mussolini no local. O duce fica impressionado com os
estragos causados pela explosão. Mas o líder italiano vê um bom presságio no
fato de Hitler ter sobrevivido.
Traição
Este mal sucedido atentado custou a vida do Coronel von Stauffenberg e de outros conspiradores que se encontravam em Berlim. Foram traídos por um cúmplice o general Friedrich Fromm. Ao saber que Hitler tinha sobrevivido,
Fromm denunciou seus companheiros como
os Generais Friedrich Olbricht, Hoepner, Erwin von Witzleben (posteriormente
enforcado), o Coronel Mertz e o Tenente Werner von Heaften, os quais foram
fuzilados naquele mesmo dia, após julgamento sumário.
No dia seguinte, uma lista com nomes do futuro governo da Alemanha pós-Hitler foi encontrada no cofre de Fromm. Esta era a prova de que ele participara do atentado e tentativa de golpe de estado.
O ministro Albert Speer, em vão, tentou interceder em seu favor.
Friedrich Fromm foi condenado a morte e fuzilado em 12 de março de 1945.
Conforme apresentado no
filme The Desert Fox: The Story of Rommel, o outro suspeito de participar da
conspiração, o Marechal de Campo Erwin Rommel, conhecido como a “Raposa do
Deserto", foi concedida a opção de suicidar-se, de que ele fez uso.
Morte
Claus von Stauffenberg
disse à sua família:
"se
eu conseguir, serei chamado pelo povo alemão de traidor, mas se eu não
conseguir, estarei traindo minha consciência".
Atualmente
Von Stauffenberg é considerado o modelo de soldado alemão pelo Bundeswehr:
"um cidadão fardado".
Foi fuzilado
nas primeiras horas do dia 21 de julho de 1944 no Bendlerblock de
Berlim. Diante do pelotão de fuzilamento, suas últimas palavras foram:
–
"Es lebe das heilige Deutschland! (Vida Longa para a sagrada
Alemanha!)"
Encontra-se
sepultado no Memorial para a Resistência Alemã, na Stauffenbergstrasse,
Berlim, Alemanha.
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