- Então o que vamos fazer?
- Amor.
- Bem, então vou despir-me.
- Para quê?
- Bem, para fazer isso.
- Não precisas de te despir para fazer amor.
- Não... essa não é a única maneira de fazer amor!
- É como então?
- Deixa-te estar com as roupas e vamos conversar até
ficarmos cansados, vamos rir por nada e por tudo. Vamos olhar-nos devagar até
tentarmos descobrir-nos no mesmo sentimento...
Comigo não precisas de despir o corpo, só a alma,
vamos apenas olhar um para o outro e conversar até ficarmos sem palavras... E
naquele instante em que as palavras são insuficientes para explicar o que
sentimos, naquele silêncio infinito, podemos finalmente tocar-nos! Tu entendes
- Tocarmo-nos?
- Sim, tocar com a ternura dócil de uma carícia que
se expande docemente até sentirmos a alma um do outro.
- Olha, deixas-me segurar a tua mão?
-Sim.
- Tu sentes? Esta é uma das maneiras de fazer amor, amor verdadeiro é sobre sentirmos as nossas almas. Vamos olhar-nos nos olhos por um momento e se o beijo for necessário, ele vai acontecer sem pedir permissão. Vamos conversar até conhecermos todas as nossas memórias.
Até
conhecermos os nossos segredos mais profundos. Vamos apenas olhar-nos para o
deleite mais extremo e requintado. Deixa-me acariciar a tua alma para sentir o
teu espírito e inalar a tua essência. Até que sintamos que somos um neste
tempo, neste espaço...
Agora entendes que existe outra maneira de fazer
amor? Amor verdadeiro a que chamo; fazer amor com a alma.
A/D
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