Fada Morgana - Trata-se de uma miragem que se deve a uma inversão térmica. - O efeito
de Fata Morgana, ou fada Morgana, em referência à fictícia feiticeira (Fada
Morgana) meia-irmã do Rei Arthur que, segundo a lenda, era uma fada que
conseguia mudar de aparência, é um efeito ótico (Princípio de Fermat).
Trata-se de uma miragem que se deve a uma
inversão térmica. Objetos que se encontrem no horizonte como, por exemplo,
ilhas, falésias, barcos ou icebergs, adquirem uma aparência alargada e
elevada, similar aos "castelos de contos de fadas".
A Fata Morgana mais célebre é a que
se produz no estreito de Messina, entre a Calabria e a Sicília.
Com tempo calmo, a separação regular entre o ar quente
e o ar frio (mais denso) perto da superfície terrestre pode atuar como uma
lente refratante, produzindo uma imagem invertida, sobre a qual a imagem
distante parece flutuar.
Os efeitos
Fata Morgana costumam ser visíveis de manhã, depois de uma noite fria. É um
efeito habitual em vales de alta montanha, onde o efeito se vê acentuado pela
curvatura do vale, que cancela a curvatura da Terra. Também se costuma ver de
manhã nos mares árticos, com o mar muito calmo, e é habitual nas superfícies
geladas da Antártica.
Os efeitos de Fata Morgana são miragens ditas
superiores, diferentes das miragens inferiores, que são mais comuns e
criam a ilusão de lagos de água distantes nos desertos ou em estradas com
o asfalto muito quente.
O efeito Fata Morgana foi o tema no Brasil de uma
questão no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) de 2015 em que se
especulava que este poderia ter sido o motivo do naufrágio do RMS Titanic. O
fenômeno ótico que produz a Fata Morgana é a refração, a reflexão e a difusão
da luz. Todos eles são fundamentais para a ocorrência do fenômeno.
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