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segunda-feira, novembro 04, 2024

História de amor




Qualquer amor que dure transforma-se numa história de amor. Um casamento, por exemplo, é uma história partilhada: os parceiros cultivam o amor em parte na base de memórias partilhadas, em parte na convicção de que embarcaram juntos em uma viagem.

Ao terem crianças, introduzem-nas na história e apresentam-nas às personagens – tios, tias e avós – que já são parte dela. É uma expressão de confiança em que a história deve ser continuada.

William K. Kilpatrick 

William K. Kilpatrick captura, com sensibilidade, a natureza de um amor duradouro: ele se transforma em uma história de vida compartilhada. Ao longo do tempo, um relacionamento que perdura cria uma narrativa tecida por experiências, emoções e memórias.

O casamento é a concretização dessa história conjunta, onde ambos os parceiros não apenas compartilham momentos, mas também constroem algo maior juntos. Cultivar o amor é criar uma coleção de lembranças e um propósito comum que transcende o presente.

Quando um casal decide ter filhos, a narrativa se expande. Esses novos membros são inseridos nesse universo de afetos, e os laços familiares são apresentados como parte de uma tradição que antecede a existência deles, mas que, ao mesmo tempo, lhes dá um lugar de pertencimento.

Os filhos, assim, não só conhecem a história dos pais, mas também se tornam um elo na continuidade dessa trama, sendo apresentados aos personagens já familiares – como tios, tias e avós –, que trazem para suas vidas contextos e histórias que formam um sentido de identidade e continuidade.

Há também uma confiança implícita no futuro ao se expandir a família: é como se o casal reafirmasse a esperança de que seu amor será um legado, algo digno de ser transmitido.

Amar, nesses termos, é mais do que um sentimento efêmero; é uma aposta de que as gerações futuras possam continuar essa história, fortalecendo os laços que foram tecidos.

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