Em um
determinado país regido pelo socialismo, havia efetivo favorecimento à
natalidade.
Necessitando
de mão-de-obra, o governo decretava uma lei que obrigava os casais a terem
certo número de filhos.
Previam
também uma tolerância de cinco anos, no fim dos quais, o casal teria que ter
pelo menos um filho.
Os casais
que não conseguissem no fim do prazo um filho seria feito uma análise para ver
de quem era o problema.
Se fosse
do marido o governo destacaria um agente auxiliar masculino, se o problema
fosse da mulher, viria uma agente feminina para que a criança fosse dada à luz.
Neste caso
que será narrado agora, o problema era do marido e assim tivemos esse diálogo
entre um casal.
- Querido,
completamos hoje cinco anos de casados e não aconteceu o que o governo deseja –
disse a mulher preocupada.
- É,
infelizmente não tivemos o nosso filho. O pior é que o problema está em mim.
- Será que
eles vão mandar o tal agente? – Perguntou curiosa a esposa.
- Não sei,
talvez mandem.
- E se ele
vier?
- Bem, eu
não posso fazer nada, você bem sabe!
- Eu menos
ainda! – Disse a mulher com desdém.
- Vou
sair, já estou atrasado para o trabalho – disse o marido preocupado.
Logo após a saída do marido, batem à porta.
A mulher
corre para atender e encontrou um homem à sua espera.
Tratava-se
apenas de um fotógrafo que errara de endereço ao qual devia atender.
- Bom dia,
eu sou...
- Ah! Já
sei... Pode entrar – disse a mulher afastando-se para o homem entrar.
- Seu
marido está em casa?
- Não, ele
já foi trabalhar.
- Presumo
que ele já esteja sabendo...
- Sim,
claro – disse ela, fazendo com que o homem se sentisse à vontade – ele está
sabendo e concorda plenamente.
- Ótimo.
Então vamos começar.
- Mas já
assim tão rápido?
- Preciso
ser breve. Ainda tenho dezesseis casais para visitar hoje – disse ele.
- Deus do
céu. E o senhor aguenta?
- Sim,
gosto muito do meu trabalho, ele me traz muito prazer.
- Então
vamos começar; como faremos? – Perguntou a mulher embaraçada.
-
Permita-me sugerir: uma no quarto, duas no tapete, duas no sofá e uma no
banheiro.
- Nossa! O
senhor não está exagerando?
- Bem...
Na primeira tentativa podemos não acertar na mosca.
- O senhor
já visitou alguma casa neste bairro? – Perguntou a mulher com curiosidade.
- Não. Mas
tenho comigo algumas amostras do meu trabalho (mostrando fotos de crianças),
não são lindas? – Perguntou ele.
- Como são
belas, foi o senhor mesmo que as fez?
- Sim.
Veja está aqui, por exemplo, (mostrando outra foto de criança). Foi conseguida
na porta de um supermercado.
- Nossa,
que horror! O senhor não acha muito público?
- Sim, mas
a mãe era artista de cinema e queria muita publicidade.
- Eu não
teria coragem de fazer dessa maneira.
- Essa
aqui foi em cima de um ônibus – disse ele, mostrando outra foto.
- Meu Deus
do céu!
- Foi o
trabalho mais duro e difícil que já fiz.
- Eu
imagino...
- Essa foi
feita em um parque de diversões em pleno inverno.
- Credo!
Como o senhor consegue?
- Não foi
fácil. Como se não bastasse a neve caindo, tinha uma multidão em nossa volta.
Quase não consigo acabar...
- Ainda
bem que sou discreta. Eu não quero ninguém olhando.
- Ótimo,
eu também prefiro assim. Agora, se me permite vou armar o tripé.
- Tripé?
Para que? – Perguntou a mulher assustada.
- Bem
senhora, é necessário. O meu instrumento além de pesado, depois de pronto
mede cinquenta centímetro...
Quando o homem se virou, a
mulher havia desmaiado.
0 Comentários:
Postar um comentário