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segunda-feira, novembro 14, 2022

Hans Frank - O Açougueiro da Polônia


Hans Frank - O Açougueiro da Polônia - Hans Michael Frank nasceu em 23 de maio de 1900, foi um advogado alemão que depois entrou na política filiando se ao Partido nazista e serviu diretamente ao ditador Adolf Hitler. Hans Frank tornou-se conhecido por sua carnificina na Segunda Guerra Mundial como “o açougueiro da Polônia.

Hans Frank era um profissional do direito de classe média que não hesitou em tornar-se um criminoso diante da oportunidade do poder. A história está repleta de pessoas simples, aparentemente do bem, mas que se transformam em criminosos do seu tipo.

Um dos primeiros membros do Partido Alemão dos Trabalhadores foi Hans Frank, precursor do Partido Nazista. Esteve no fracassado Putsch de Munique e depois tornou-se o conselheiro jurídico pessoal de Hitler e também advogado do NSDAP. 

Em 1933, Frank juntou-se ao Gabinete de Hitler como Ministro do Reich sem pasta.

Quando a Alemanha invadiu a Polônia em 1939, Hans Frank foi nomeado Governador- Geral, organização nazista que passou a administrar uma das partes do território polonês.

 No período da Segunda Guerra Mundial em que ficou a frente do Governo-Geral (1939 – 1945) arquitetou um reinado de terror imposto a Polônia. Ele pela deportação, trabalho escravo e execução de milhares de poloneses, sendo a maioria de judeus.

Desenvoltura de Hans Frank

Para conquistar um posto de confiança no Partido nazista, tinha que mostrar serviços e principalmente demonstrar aspectos de crueldade e obediência ao Führer. E Hans Frank fez tudo que mandava o regulamento.

Em 1930 foi eleito deputado pelo NSDAP, que ocupou o cargo de Governador-Geral da Polônia ocupada durante a Segunda Guerra Mundial, quando organizou e comandou a escravização, os trabalhos forçados e a morte de milhões de judeus e poloneses, no que ficou historicamente conhecido como Holocausto.

Amparou judicialmente os assassinatos de Dacha e da "Noite das Facas Longas". E, 1934 foi nomeado ministro sem pasta do Terceiro Reich. 

Em setembro de 1939, o General Gerd von Rundstedt, nomeou-o chefe da administração na Polônia e, posteriormente Hitler transformou-o em General Gouverneur.

Com o grau de Obergruppenfuhrer SS, organizou a reclusão de judeus nos guetos e os trabalhos forçados da população. 

Em 1942 pronunciou uma série de discursos que desagradaram a Hitler e participou da luta de Friedrich Wilhelm Kruger pela secretaria de segurança, que finalmente foi obtida por Wilhelm Koppe.

Preso após a guerra foi julgado em Nuremberg e consequentemente executado na forca por crimes de guerra e contra a humanidade.

Julgamento

Fugiu em 1945, pouco antes da chegada do Exército Vermelho, e foi capturado pelos norte-americanos no interior da Alemanha, no dia 4 de maio de 1945 em Berchtesgaden, e tentou infrutiferamente suicidar-se duas vezes seguidas.

Tentou reduzir seu compromisso apresentando 14 petições de demissão enviadas e que não foram aceitas por Hitler, juntamente com 40 volumes de seus diários pessoais.

Julgado pelo Tribunal de Nuremberg após a guerra foi condenado à morte por crimes contra a humanidade e enforcado em 16 de outubro de 1946. Seus últimos momentos no patíbulo foram assim descritos por uma testemunha ocular, o jornalista da CBS Howard K. Smith:

"Hans Frank foi o próximo na parada da morte. Ele foi o único dos condenados a entrar na câmara com um sorriso em seu semblante. Apesar de nervoso e de engolir em seco seguidamente, esse homem, que se havia convertido à fé católica romana após sua prisão, parecia aliviado com a perspectiva de expiar sua culpa por seus atos demoníacos. Ele respondeu calmamente à chamada de seu nome e quando perguntado se tinha alguma última declaração a fazer, disse numa voz que era quase um suspiro: "Eu agradeço pelo tratamento que tive durante o cativeiro e peço a Deus que me receba em sua piedade".

Filhos de Hans Frank

Niklas Frank, o filho caçula que é Escritor e Jornalista, foi o único dos cinco que denunciou o pai. Perguntado por um documentarista o que ele achava da vida do seu pai respondeu: “Ele foi o Governador de um mar”.

Hans Frank tinha cinco filhos e antes de morrer ele deixou para cada um dos filhos um bilhete dentro de um livreto de orações com data do dia 18 de setembro de 1946, que dizia: “Com todo amor no coração lhe dou esse livreto de orações e lhe desejo uma vida ótima sob a proteção de Deus.”

Perguntado pelo documentarista o que ele achava daquele bilhete, ele responde bravamente: “É tudo mentira! Eu preferia que ele tivesse escrito: “Meu querido e amado Niklas, eu fui um criminoso, tenho certeza que terei a pena de morte e eu mereço. Por favor tenha um pouco mais de civilidade que eu nunca tive. Por favor viva de forma diferente do seu pai!

Nos fundos da sua casa tem um pomar com um pequeno lago onde ele colocou um luxuoso casaco que pertenceu ao seu pai e era o que ele mais gostava, como um espantalho e diz:

 “Todo dia eu digo para o meu pai, isso é tudo que você merecia, ser um espantalho aqui no meu lar!”

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