Propaganda

This is default featured slide 1 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.This theme is Bloggerized by Lasantha Bandara - Premiumbloggertemplates.com.

This is default featured slide 2 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.This theme is Bloggerized by Lasantha Bandara - Premiumbloggertemplates.com.

This is default featured slide 3 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.This theme is Bloggerized by Lasantha Bandara - Premiumbloggertemplates.com.

This is default featured slide 4 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.This theme is Bloggerized by Lasantha Bandara - Premiumbloggertemplates.com.

This is default featured slide 5 title

Go to Blogger edit html and find these sentences.Now replace these sentences with your own descriptions.This theme is Bloggerized by Lasantha Bandara - Premiumbloggertemplates.com.

segunda-feira, outubro 23, 2023

Testes Marítimos do Titanic


 


Testes Marítimos do Titanic Às 6h do dia 2 de abril de 1912, 78 foguistas e 41 oficiais e tripulantes embarcaram no Titanic para que ele pudesse realizar seus testes marítimos.

O navio deixou o porto de Belfast puxado por quatro rebocadores da Red Funnel Line, com todos os oito oficiais presentes a bordo. 

Pelo restante do dia a embarcação fez testes de velocidade e manobrabilidade, como paradas de emergência e medição de suas manobras em diferentes velocidades.

Esses testes mostraram que o Titanic era capaz de parar completamente depois de percorrida uma distância de três vezes o seu comprimento.

Ao meio-dia, os engenheiros, os representantes da Harland and Wolff e os representantes do Ministério do Comércio britânico almoçaram no salão de jantar da primeira classe e dessa forma inauguraram essa instalação.

Titanic voltou para Belfast às 18h, tendo cumprido todos os requisitos exigidos pelo governo do Reino Unido.

Francis Carruthers, inspetor da Junta Comercial, assinou o certificado nº 131428 de navegabilidade do navio, válido por um ano. 

A embarcação deixou a cidade às 20h do mesmo dia e chegou em Southampton durante a noite do dia 3 de abril.

Seis rebocadores da Red Funnel ajudaram o Titanic a atracar no cais nº 44 do porto de Southampton.

A cidade anteriormente fora forçada a reformar sua área portuária para poder acomodar navios do tamanho da Classe Olympic

Nos dias seguintes o resto da tripulação chegou e realizou os preparos finais para a partida. Suas chaminés e parte do casco também receberam um retoque em suas pinturas.

Apocalypto - Filme de Mel Gibson


 

Apocalypto é um filme norte-americano de 2006, do gênero épico e ação e drama, realizado e dirigido por Mel Gibson.

Com filmagens iniciadas em 21 de novembro de 2005, Apocalypto estreou nos cinemas brasileiros em 26 de janeiro de 2007 e conta uma história que se passa na península de Iucatã, antes da colonização espanhola, durante o período da civilização maia.

Todos os personagens do filme usam o dialeto maia falado na região do Iucatã.

O filme recebeu resenhas majoritariamente positivas, com os críticos elogiando a direção de Gibson, a cinematografia de Dean Semler e as performances do elenco, embora o retrato da civilização maia e a precisão histórica tenham sido criticados, com muitos acusando o filme de "racismo".

Enredo

O caçador Jaguar Paw (Garras de Jaguar) vive com a sua mulher que está grávida, com o seu filho e com o seu pai numa idílica aldeia na selva da América Central.

Quando um dia a sua aldeia é atacada por um outro povo, ele luta em um massacre no qual o seu próprio pai é assassinado. Garras de Jaguar consegue, apesar de tudo, esconder a sua família num buraco profundo, tipo "poço", deixando-a em segurança.

Juntamente com outros membros do seu povo, acaba por ser capturado e é levado para uma cidade Maia, na qual durante o percurso veem uma garota que faz um presságio.

Há controvérsias, mas Gibson alegadamente não quis mostrar uma civilização, mas fazer um filme com muito suspense e adrenalina.

Lá as mulheres capturadas são vendidas como escravas e os homens são levados para uma pirâmide, onde serão mortos ritualmente.

Quando chega a vez de Garras de Jaguar ser sacrificado, acontece um eclipse solar, que é interpretado pelo sumo-sacerdote como um sinal de que o deus-sol não necessita de mais sacrifícios e o presságio começa.

Garras de Jaguar e outros prisioneiros são então levados para um campo onde terão que, literalmente, correr pelas suas vidas, enquanto lhes são disparadas flechas e pedras. 

Garras de Jaguar é bem-sucedido na fuga matando o filho de Lobo Zero e consegue, mesmo gravemente ferido embrenhar-se na selva, seguido por um grupo de guerreiros.

Após Garras de Jaguar matar alguns guerreiros durante uma perseguição, onde ele é quem está sendo perseguido. Este corre para salvar sua vida, para retornar para a aldeia destruída para retirar sua mulher e filho do poço.

É uma corrida contra o tempo, pois se as chuvas começarem, ele sabe que o "poço" ficará cheio de água e sua família poderá morrer. No fim começa a chover, a mulher dele acaba dando à luz no poço, onde foi deixada por ele. Consegue chegar ao "poço", vê a família e continua a correndo.

Precisa continuar a fuga, pois ainda está sendo perseguido por Lobo Zero e outros dois guerreiros.

Lobo Zero o alcança e quando acha que vai vingar a morte do filho, cai na armadilha de anta e morre. 

Garras de Jaguar continua a correndo e chega na praia e atrás deles estão os dois guerreiros sobreviventes.

Na praia, eles ficam distraídos com a chegada de navios espanhóis, Garras de Jaguar aproveita a distração e consegue fugir de ambos. 

Ele retorna à sua aldeia destruída e salva sua mulher e os filhos. Com a família reunida, procura um novo começo.



 

A Coca-Cola e a Segunda Guerra Mundial




Em 1943, o General Eisenhower enviou um telegrama urgente ao general do Exército George Marshall, pedindo não mais tropas, mas que três milhões de garrafas de Coca-Cola americana fossem enviadas para soldados no norte da África.

Em seis meses, um engenheiro da Coca-Cola voou para Argel (no norte da África) e abriu a primeira fábrica, a precursora de 64 fábricas de engarrafamento embarcadas no exterior durante a Segunda Guerra Mundial.

As fábricas foram montadas o mais perto possível para combater áreas na Europa e no Pacífico. Mover tudo o que a Coca-Cola precisava em meio a um mundo em guerra não foi tarefa fácil.

Um grupo especial de funcionários da Coca-Cola conhecidos como “observadores técnicos”, ou “OTs”, engarrafou e embarcou mais de cinco bilhões de garrafas de Coca-Cola para os militares durante a Segunda Guerra Mundial, segundo a Coca-Cola Co.

A empresa de refrigerantes com sede em Atlanta assumiu o papel de apoiar as tropas tão seriamente quanto à própria guerra.

Mais de cinco bilhões de garrafas de Coca-Cola foram consumidas pelo pessoal do serviço militar durante a guerra, além de inúmeras garrafas através de distribuidores e unidades móveis e autônomas em áreas de batalha.

A Coca construiu fábricas de engarrafamento improvisadas perto das linhas de frente, empregando, por fim, quase 150 OTs, todos ocupando postos do Exército e sendo tratados como oficiais do Exército.

Durante a guerra, muitas pessoas desfrutaram de seu primeiro sabor da bebida. A Coca-Cola daquela época talvez fosse mais saborosa do que a de hoje. Ainda não havia a manipulação que existe atualmente.

domingo, outubro 22, 2023

A Tentativa de Assassinato do Papa João Paulo II


tentativa de assassinato do Papa João Paulo II ocorreu em 13 de maio de 1981, uma quarta-feira, na Praça de São Pedro, no vaticano.

O papa foi baleado e gravemente ferido por Mehmet Ali Agca, um terrorista turco, enquanto estava entrando na praça. João Paulo II foi atingido duas vezes e sofreu perda de grande quantidade de sangue.

Agca foi detido imediatamente e posteriormente condenado à prisão perpétua por um tribunal italiano.

Mais tarde, o Papa perdoou o terrorista pela tentativa de homicídio. Ele também recebeu o perdão do então presidente da Itália, Carlo Azeglio Ciampi, a pedido do religioso e foi deportado para a Turquia em junho de 2000.

Quando ele entrou na Praça de São Pedro para discursar em uma audiência em 13 de maio de 1981, João Paulo II foi baleado e gravemente ferido por Mehmet Ali Agca, um perito atirador turco que era membro do grupo militante fascista Lobos Cinzentos. 

O assassino usou uma pistola semiautomática 9 mm Browning, atingindo-o no abdômen e perfurando seu cólon e intestino delgado várias vezes. João Paulo II foi levado às pressas para a Policlínica Gemelli.

No caminho para o hospital, ele perdeu a consciência. Passou por cinco horas de cirurgia para tratar sua perda maciça de sangue e feridas abdominais. 

Os cirurgiões realizaram uma colostomia, reencaminhando temporariamente a parte superior do intestino grosso para deixar a parte danificada inferior curar. 

Quando ganhou rapidamente a consciência antes de ser operado, ele instruiu os médicos para não remover o seu Escapulário de Nossa Senhora do Carmo durante a operação. 

O Papa afirmou que Nossa Senhora de Fátima ajudou a mantê-lo vivo durante todo o seu calvário.

Em 2 de março de 2006, uma comissão parlamentar italiana, a Comissão Mitrokhin, criada por Silvio Berlusconi e dirigida pelo senador da Forza Itália, Paolo Guzzanti, concluíram que a União Soviética estava por trás do atentado contra a vida de João Paulo II, em retaliação do apoio dado pelo Papa para a organização Solidariedade, o movimento católico de trabalhadores pró-democracia.

Uma teoria que já havia sido apoiada por Michael Ledeen e a Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos.

O relatório italiano declarou que certamente os departamentos de segurança da Bulgária Comunista foram utilizados para evitar que fosse descoberto o papel da União Soviética.

O relatório afirmou que a Inteligência militar soviética (Glavnoje Razvedyvatel'noje Upravlenije - e não a KGB - foi responsável.

O porta-voz do Serviço de Inteligência das Relações Exteriores da Rússia, Boris Labusov, chamou a acusação de ‘absurda’.

Embora o Papa tivesse declarado, durante uma visita em maio de 2002, para a Bulgária, que não acreditava que aquele país estivesse envolvido com a tentativa de assassinato. 

Seu secretário, Cardeal Stanislaw Dzwisz, alegou em seu livro A Life with Karol, que o Papa estava particularmente convencido que a ex-União Soviética estava por trás da tentativa de assassinato.

Bulgária e Rússia contestaram as conclusões da comissão italiana, apontando que o Papa negou a conexão búlgara.

Agca passou 19 anos em prisões italianas, sendo depois extraditado para a Turquia, onde foi condenado à prisão perpétua pelo assalto a um banco nos anos 1970 e pelo assassinato de um jornalista em 1979, pena depois comutada para dez anos de prisão. 

Dois dias depois do Natal em 1983, João Paulo II visitou a prisão onde seu pretenso assassino estava sendo mantido. Os dois conversaram privadamente por 20 minutos.

Coincidentemente, os tiros disparados contra o Papa foram feitos no dia 13 de maio. Nesta data, em 1917, Nossa Senhora de Fátima teria feito a sua primeira aparição aos três pastorinhos.

O Pontífice sempre afirmou que a Virgem Maria teria "desviado as balas" e salvo a sua vida nesse dia.

Um ano depois, a 13 de maio de 1982 e já recuperado, João Paulo II visita pela primeira vez o Santuário de Nossa Senhora de Fátima para agradecer à Virgem por ter lhe salvo.

O Santo Padre ofereceu uma das balas que o atingiu ao Santuário. Essa bala foi posteriormente colocada na coroa da Virgem, onde permanece até hoje. 

Não entendo o motivo de não falarem dos médicos que fizeram a cirurgia no Papa. Será que sem eles o cardeal teria sobrevivido aos tiros?


O mar Morto é um lago de água salgada do Oriente Médio.


 

Com uma superfície de aproximadamente 650 km² em 2014, um comprimento máximo aproximado de 50 km e a uma largura máxima de 18 km, é alimentado pelo rio Jordão e banha a Jordânia, Cisjordânia e Israel.

Em 1930, quando o mar Morto começou a ser monitorado continuamente, sua superfície era de aproximadamente 1 050 km², com um comprimento máximo de 80 km e uma largura máxima de 18 km.

O mar Morto tem esse nome devido à quase ausência de vida em suas águas que decorre da grande concentração de sal naquele repositório, cerca de dez vezes superior à dos outros oceanos. Entretanto existem alguns tipos de arqueobactérias e algas que sobrevivem naquelas águas.

Qualquer peixe que seja transportado pelo Rio Jordão morre imediatamente, assim que deságua neste lago de água salgada. A sua água é composta por vários tipos de sais, alguns dos quais só podem ser encontrados nesta região do mundo.

Na média, os oceanos não têm mais do que 3 g por 100 ml de água, no Mar Morto essa taxa é de 30 a 35 g de sal por 100 ml de água, ou seja, dez vezes superior.

Redução do Nível e da área

O mar Morto perdeu 35% da sua superfície entre 1954 e 2014, em grande parte por causa do aumento na captação das águas de seu afluente, rio Jordão, por parte das autoridades de Israel e Jordânia, única fonte de água doce da região, além do natural processo de  evaporação das suas águas.

Outro fator importante para essa perda, além da captação da água do rio Jordão, tem sido a extração descontrolada principalmente de potássio por indústrias mineradoras e químicas como a Israel Chemicals Ltd., Dead Sea Works e Arab Potash Company, que se instalaram nas décadas de 1940 e 1950. Entre 1930 e 1997, o nível das águas do mar Morto diminuiu 21 metros.

A contínua perda das suas águas causa uma redução em sua área e profundidade, relativamente ao nível médio das águas do mar Mediterrâneo, o que faz com que seja o maior desnível negativo do mundo, em relação ao nível do mar.

Entre 1992 e 2014, a média de aumento deste desnível foi quase 1 metro por ano. Em 1992, o desnível era de 407 metros. Em 2004 era de 417 metros e em 2010 era de 423 metros. Já em 2014, o desnível era de 427 metros.

Em dezembro de 2013, Israel, Jordânia e Autoridade Nacional Palestina assinaram um acordo para construir um aqueduto transferindo a água do mar Vermelho para o mar Morto.

Contudo, ambientalistas advertiram quanto ao risco de que essa transferência poderia afetar o ecossistema do mar Morto, cuja composição química é completamente diferente da dos mares "abertos".

Geografia

O mar Morto é um lago endorreico localizado no vale do rio Jordão, uma característica geográfica formada pela falha transformante do mar Morto. Este movimento lateral esquerdo em falha transformante fica ao longo de uma fronteira de placas tectônicas, entre a placa Africana e a placa Arábica.

Ele corre entre a Falha Oriental da Anatólia na zona da Turquia e no extremo norte da fenda do mar Vermelho ao largo da ponta sul do Sinai.

O rio Jordão é a única fonte de água principal desembocando no mar Morto, embora existam pequenas nascentes perenes sob e ao redor do mar Morto, criando piscinas e poços de areia movediça ao longo das bordas. 

Não existem fluxos de saída de modo que 25% da água seja de depósitos de sal, dos quais, desde os anos 40, tem sido extraído o potássio. Em 1947, foram extraídas do mar Morto 100 000 toneladas de potássio.

A chuva não passa de 100 mm por ano na parte norte do mar Morto e mal atinge 50 mm na parte sul. A aridez da zona do mar Morto é devido ao efeito rainshadow (sombra de chuva) das colinas da Judeia. O planalto leste do mar Morto recebe mais chuvas do que o mar Morto em si.

Para o oeste do mar Morto, as colinas da Judeia têm uma subida menos íngreme e são muito menores do que as montanhas a leste. Ao longo do lado sudoeste do lago há uma formação de halita de 210 m de altura chamada "monte Sodoma".

O mar Morto situa-se no final do rio Jordão. Ele foi criado pela fricção de duas placas tectônicas que formam a chamada fenda Sírio-Africana, uma espécie de rachadura enorme responsável, também, por terremotos na região. Quando a fenda foi criada, água salgada entrou pela fissura.

Há cerca de 18 mil anos, a ligação com o mar Mediterrâneo secou e a água salgada, sem ter para onde escoar, ficou depositada em uma enorme bacia. Com o tempo, o lago diminuiu com a evaporação da água e se transformou no mar Morto.



Castellfollit de la Roca



 

Castellfollit de la Roca é um município da Espanha na comarca da Garrotxa, província de Girona, comunidade autônoma da Catalunha.

Tem 0,67 km2 de área e em 2019 tinha 961 habitantes densidade: 1 434,3 hab./km²).

É um dos municípios mais pequenos da Espanha, limitado pela confluência dos rios Fluvià e Toronell. Castellfullit de la Roca faz parte do Parque Natural da Zona Vulcânica da Garrotxa.

A aldeia está localizada sobre um rochedo basáltico, o penhasco de Castellfullit. Ele tem mais de 50 metros de altura e quase um quilômetro de comprimento. 

Este penhasco basáltico é o resultado da ação erosiva dos rios Fluvia e Toronell em detritos vulcânicos de milhares de anos.

O penhasco é a superposição de duas camadas de lava: a primeira com 217 mil anos de idade, vem da Serra Batet (Olot) e consiste em lajes. 

A segunda, tem cerca de 192 mil anos de idade e vem de vulcões Beguda (Sant Joan les Fonts).

Devido à espetacular imagem da igreja ao lado das casas, este local já foi fotografado e pintado várias vezes.

sábado, outubro 21, 2023

Inquisição na Idade Média


 

Inquisição na Idade Média Em 1184 a Inquisição surge no Languedoc (sul da França) para combater a heresia dos cátaros ou albigenses.

Em 1249, implantou-se também no reino de Aragão, como a primeira Inquisição estatal e, já na Idade Moderna, com a união de Aragão e Castela, transformou-se na Inquisição espanhola (1478 – 1834), sob controle direto da monarquia hispânica, estendendo posteriormente sua atuação à América.

A Inquisição portuguesa foi criada em 1536 e existiu até 1821. A Inquisição romana ou "Congregação da Sacra, Romana e Universal Inquisição do Santo Ofício" existiu entre 1542 e 1965.

O condenado era muitas vezes responsabilizado por uma "crise da fé", pestes, terremotos, doenças e misérias sociais, sendo entregue às autoridades do Estado para que fosse punido.

As penas variavam desde confisco de bens e perda de liberdade até a pena de morte, muitas vezes na fogueira, método que se tornou famoso, embora existissem outras formas de aplicar a pena.

Os castigos aplicados eram reproduções das punições comuns à época, instituídas pelo poder temporal, que, em geral, se encarregava de condenar e queimar os hereges, as feiticeiras ou os sodomitas.

Os tribunais da Inquisição não eram permanentes, sendo instalados quando surgia algum caso de heresia, sendo depois desfeitos.

Posteriormente tribunais religiosos e outros métodos judiciários de combate à heresia seriam utilizados também pelas igrejas protestantes (como por exemplo, na Alemanha e Inglaterra).

Nos países de maioria protestante também houve perseguições - neste caso contra católicos, contra reformadores radicais, como os anabatistas, e contra supostos praticantes de bruxaria; neste caso, os tribunais se constituíam no marco do poder real ou local, geralmente ad-hoc, e não como uma instituição específica.

O delator que apontava o "herege" para a comunidade muitas vezes garantia sua fé e status perante a sociedade.

Ao contrário do que é comum pensar, o tribunal do Santo Ofício era uma entidade jurídica e não tinha forma de executar as penas.

A Igreja não derramava sangue, não estava autorizada a condenar à morte, e está "ficção piedosa" serviu para manter teoricamente as mãos dos inquisidores limpas.

Na realidade, é óbvio que estavam perfeitamente conscientes do destino a que estavam a entregar os sentenciados "relaxados".

O resultado da inquisição feita a um réu era entregue ao poder secular ou nem sequer seguia para lá.

Numa sociedade na qual imperava a fé, é de supor que os poderes civis se apropriassem, na tentativa de combater a desordem social ou os inimigos públicos, das prerrogativas religiosas.

No século XIX, os tribunais da Inquisição foram suprimidos pelos estados europeus, mas foram mantidos pelo Estado Pontifício.


O pecado de todos!

 


Uma sondagem de opinião feita num programa de TV, e mostrada em pequenos e sucessivos instantâneos, revela uma série de rostos contraídos pedindo penas severas de tortura e morte, como remédio para a onda de assaltos e homicídios nas grandes cidades. 

O clima de insegurança e de revolta ante a impunidade foi o principal móvel dessa indignação generalizada. O que não foi talvez apreciado devidamente é o potencial de violência contido nos que clamavam por justiça e castigo. 

O homem comum foi atingido fundamente em sua tranquilidade, naquele território onde é indispensável garantir um mínimo de paz.  A perda da segurança desencadeia no homem sentimentos contraditórios e desperta uma energia que visa reconquistar seu oásis, sem o qual não vale a pena viver.

A revolta é compreensível, o cansaço também, mas os remédios sugeridos à autoridade são desproporcionais, inadequados e sintomáticos.

Na pesquisa as pessoas exigiam, no mínimo, a morte dos delinquentes. Muitos imaginavam suplícios variados, como esfolamento e amputação de membros.

As opiniões eram dadas com gravidade, e soavam como sentenças. Era vingança o que se pedia não a aplicação da lei ou a punição de um delito.

Mas não vem ao caso discutir a validade da pena de talião: o importante é examinar o tipo de impulso que levou tantas pessoas a pedir a morte e a tortura dos delinquentes que agem nas grandes capitais. 

Era a mesma violência, exatamente a mesma, que arma o braço dos assaltantes, prepara o furto e induz ao homicídio. Naquele instante, o mundo foi dividido entre ofensores e ofendidos, os segundos exigindo reparação imediata e cruenta de todas as ofensas recebidas.

Eram todos linchadores potenciais que pediam um culpado em suas mãos, para que se pudesse fazer com ele o que não se fez com milhares de outros que escaparam.

Sobre a violência, vítimas e algozes - que trocam suas posições, ao longo da vida, com frequências maiores do que se imagina - não podem fazer muito mais do que conhecer o processo em que estão envolvidos, para então se libertarem de suas contradições e de seu atavismo.

As medidas de ordem legal e administrativa estão, como se sabe, circunscritas a uma reorganização do aparelho policial e esbarram nas dificuldades burocrático-orçamentárias que tem força para adiar todas as decisões, inclusive as indispensáveis. Mas esse aspecto é de certa forma, mecânico. 

A vasta realidade da violência é suscetível de ser entendida quando certos artifícios são afastados do caminho dessa compreensão. A tarefa começa em cada homem, na descoberta da violência existente em cada pessoa, problema às vezes acessível aos outros, mas de difícil transposição para o próprio indivíduo.

O problema é conhecido dos que não ignoram tudo a respeito de si próprios. O grande ato violento é o mesmo impulso violento que se manifesta no cotidiano, e que pode ser disfarçado com um simples pensamento.

Os grandes criminosos que nunca cometeram um crime são numerosos, estão em toda parte, enchem as ruas, as salas, os escritórios, os lares.

São pacientes psiquiátricos e também psiquiatras, são poderosos e humildes, extrovertidos e introvertidos, têm alguma noção de sua realidade ou vivem em total ignorância a respeito.

Tem o tremendo potencial dos que perpetraram às maiores violências, e apenas não puxaram seu gatilho, não apertaram seu botão, não aceleraram seu carro em determinado momento.

Denunciar uma parte da humanidade como violenta equivale a eleger uma outra parte como imune à violência, quando a mente é uma só, a cultura é a mesma, os condicionamentos se equivalem. 

O homem comum, não importa que rótulos tenham colecionado e o que tenha de fato feito na vida, tem de começar por si próprio, com a humildade característica de quem quer saber e confessa que nada sabe ainda. Esse é o grande desafio.

A atitude mais comum quando se trata do assunto é o distanciamento crítico, o julgamento pessoal, a constatação da violência como coisa que ocorre aos outros, e que deve ser classificada, denominada, esconjurada.

Essa colocação não é apenas um erro de perspectiva, mas revela uma tática sutilíssima da mente humana, que visa situar "fora de si mesma" as atitudes reprovadas e os defeitos rejeitados. 

A trucagem pode ser descoberta imediatamente quando temos interesse verdadeiro no assunto. A violência não é alguma coisa dos outros, algo assim que acontece fora de mim e só posso encontrar na rua, nos jornais, nos comentários, nas novelas.

O único modo de flagrar o fato é aqui e agora, pensando, desejando, agindo e vivendo violentamente, ainda que no mornidão aparente de um dia comum.

Os depoimentos mostrados na sondagem de opinião revelaram rostos cansados ou congestionados pela raiva, famintos dessa forma complexa de violência que se exerce em nome do combate à violência.

A justiça com sabor de vingança é um exercício antigo, que não perdeu sua fascinação para muita gente. 

Os homens continuam usando pretextos elevados e motivos nobres para cometer suas velhas abjeções que antigamente dispensavam justificativas.

No século XXI essa mentira ganhou uma certa dignidade aperfeiçoada em proveito político. Os mais altos ideais têm sido invocados para abonar as vilanias mais sórdidas, e pouca gente se incomoda com isso.

Quando esses pretextos não estão disponíveis, situamos os males da época nos outros, elegemos culpados, batemos, queimamos e linchamos o que, se não nos satisfaz plenamente, pelo menos nos deixa perfeitamente a salvo.

Luiz Carlos Lisboa - Do Livro o Som do Silêncio